ThyCAT: teste avalia qualidade de vida em sobreviventes de câncer de tireoide
Estudo1 publicado no periódico Surgery buscou desenvolver um teste adaptativo computadorizado (do inglês, CAT) que permite avaliar de forma rápida e precisa parâmetros de qualidade de vida de sobreviventes de câncer de tireoide. O ThyCAT apresentou forte correlação (r = 0,96) com as 75 perguntas originais do North American Thyroid Cancer Survivorship Study (NATCSS)2 usando uma média de 9.94 perguntas (SD ± 3.03), administradas em <2 minutos. O cirurgião Luiz Paulo Kowalski (foto), Diretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do AC Camargo Cancer Center, comenta o estudo.
Estudo publicado na edição de novembro da Oncogene identificou e avaliou marcadores de risco para câncer de pulmão a partir de testes de sequenciamento genético. A conclusão dos autores indica 13 loci de risco e confirma que a pesquisa de microssatélites pode ajudar a estratificar o risco, fornecer suporte à decisão clínica e identificar potenciais alvos terapêuticos.
O inibidor de EGFR de terceira geração osimertinibe (Tagrisso®) mostrou eficácia superior ao tratamento padrão como primeira linha no câncer de pulmão não pequenas células em pacientes asiáticos virgens de tratamento, com mutação exon 19 ou L858R. Os dados são de uma análise de subgrupo do estudo FLAURA apresentada na ESMO-Asia1, que incluiu 322 pacientes asiáticos, sendo 46 chineses, 120 japoneses e 156 de outras partes da Ásia. A íntegra do estudo foi publicada no New England Journal of Medicine2.
Estudo publicado no JAMA Oncology buscou avaliar os preditores de utilização de testes de deficiência do mismatch repair em adultos e jovens adultos com câncer colorretal de alto risco e a não-aderência às diretrizes de testes. A oncologista Renata D'Alpino (foto), coordenadora de Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta o trabalho.
O US Food and Drug Administration (FDA) aprovou o malato de sunitinibe (Sutent®, Pfizer Inc.) para o tratamento adjuvante de pacientes adultos com alto risco de recorrência do carcinoma de células renais após a nefrectomia1. A aprovação foi baseada no ensaio randomizado de fase III S-TRAC, apresentado na ESMO em 2016 e publicado no New England Journal of Medicine2.
Estudo retrospectivo realizado por pesquisadores chineses na população de Hong Kong mostrou associação positiva entre o uso regular de inibidores de bomba de prótons (IBP) e câncer gástrico. O estudo foi publicado no British Medical Journal GUT. A oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e Diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, comenta os resultados.
Pesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos publicaram estudo de revisão que avaliou a viabilidade de usar fluidos corporais (soro, plasma e saliva) como biomarcadores para diagnóstico, prognóstico e vigilância do câncer de cabeça e pescoço. A primeira autora, Lidia Maria Rebolho Batista Arantes (foto), pós doutoranda em Oncologia Molecular no Hospital de Câncer de Barretos, comenta o trabalho.
Com o objetivo de conhecer mais de perto a epidemiologia do câncer de testículos no Brasil e acompanhar de forma prospectiva os resultados e desfechos clínicos de diferentes instituições, o primeiro banco de testículos criado de forma cooperativa se mantém aberto à participação dos centros brasileiros, públicos e privados. A iniciativa é do LACOG-GU, o grupo de geniturinário do LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group), e tem como investigador principal o oncologista Diogo Bastos (foto), do ICESP.
Maria Inez Gadelha* (foto) participou da I Semana Brasileira de Oncologia, no Rio de Janeiro, em painel promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Acompanhe a fala da especialista, que discutiu caminhos e perspectivas para avançar nos cuidados aos pacientes com câncer e lembrou a responsabilidade de todos na garantia de acesso.
A varfarina é um protetor para o câncer? Estudo publicado no JAMA Internal Medicine1 mostra que o anticoagulante mais usado no mundo reduziu a incidência de câncer em uma população selecionada. O estudo de coorte usou o Registro Nacional da Noruega e concluiu que a taxa de incidência de câncer ajustada por idade e sexo foi significativamente menor entre os usuários de varfarina versus não-usuários. “Este é um assunto controverso. Apesar da inter-relação entre trombose e câncer, os reais mecanismos ainda precisam ser melhor elucidados para que possam ser explorados tanto na prevenção como no tratamento desses pacientes”, afirma Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou a nova cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde, que entra em vigor a partir de janeiro de 2018. A Resolução Normativa com a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde publicada dia 8 de novembro no
A ingestão de fibras após o diagnóstico de câncer colorretal tem impacto na mortalidade? Estudo prospectivo que envolveu 1575 pacientes com CCR estádio I a III mostra que sim e conclui que a maior ingestão de fibras, especialmente de cereais, foi associada a menor risco de mortalidade geral e específica para câncer colorretal. O estudo foi publicado no JAMA Oncology dia 2 de novembro.
Em pacientes com carcinoma hepatocelular localmente avançado ou intermediário não ressecável, a sobrevida global não diferiu significativamente entre a radioterapia interna seletiva com ítrio-90 (90Y) e o tratamento sistêmico com sorafenibe. É o que mostram os resultados do estudo SARAH, sugerindo que a qualidade de vida e a tolerância podem ajudar na escolha entre os dois tratamentos. A oncologista Renata D'Alpino (foto), do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta os resultados.
Um novo teste genético desenvolvido por pesquisadores europeus e apresentado na conferência anual do National Cancer Research Institute foi capaz de prever com precisão os casos de câncer esofágico, com resultados até 8 anos antes do diagnóstico das endoscopias em 88% dos casos.
Estudo apresentado no 2017 Palliative and Supportive Care in Oncology Symposium, realizado em San Diego, Califórnia, demonstrou que a atenção precoce dos médicos de cuidados paliativos para o enfrentamento está relacionada a melhorias nos resultados relatados pelos pacientes (PROs), e o foco em decisões de tratamento e planejamento de cuidados avançados está associado a cuidados de fim de vida de maior qualidade.
As bactérias que vivem no trato digestivo humano podem influenciar a forma como o câncer responde à imunoterapia. É o que mostra estudo do MD Anderson Cancer Center publicado na Science. O estudo considerou pacientes com melanoma metastático tratados com anti PD-1 e abre um novo caminho para melhorar o tratamento com inibidores de checkpoint imune. “Investigações como está são bem-vindas ao descortinar um futuro promissor em que microrganismos poderão ser nossos aliados para obter melhor tratamento do câncer”, afirma Dan Waitzberg (foto), diretor presidente do GANEP Nutrição Humana e coordenador do Grupo de Pesquisa (NAPAN) da FMUSP.