ASCO atualiza diretrizes para o tratamento de pacientes com câncer do colo do útero recorrente ou metastático
Com o objetivo de divulgar recomendações atualizadas para informar os profissionais de saúde sobre as melhores opções de tratamento disponíveis, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) revisou as recomendações para o manejo e cuidados de pacientes com câncer do colo do útero recorrente ou metastático. As diretrizes são estratificadas por recursos e foram publicadas 4 de março no JCO Global Oncology, em artigo de Chuang et al. Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), oncologista Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, da Rede D’Or – Onco Star e do Hospital São Luiz do Itaim, analisa as recomendações.
Qual o impacto da COVID-19 na oncologia da América Latina? Com o objetivo de responder essa e outras questões, estudo internacional (HOLA COVID-19) descreve os desafios enfrentados pelos oncologistas e mostra como as práticas e profissionais se adaptaram para cuidar de pacientes com câncer durante a pandemia. O estudo tem participação dos brasileiros Cristiane Bergerot e Paulo Gustavo Bergerot, do Centro de Câncer de Brasília, CETTRO.
Estudo de revisão sistemática e meta-análise discutiu os efeitos de intervenções psicológicas na saúde sexual de mulheres com câncer de mama. Os resultados foram publicados ahead of print no Journal of Clinical Nursing.
Estudo que avaliou o impacto da coleta de linfonodos na sobrevida de pacientes que receberam quimiorradiação neoadjuvante no câncer retal reportou resultados na Surgery, em artigo de Bliggenstorfer et al. Os resultados mostram que a coleta linfonodal inadequada pode impactar negativamente a sobrevida, apesar do status nodal negativo e de uma resposta patológica completa à terapia neoadjuvante.
Poucos estudos se concentraram no estado nutricional pré-operatório de pacientes com câncer de esôfago elegíveis para cirurgia inicial. Artigo de Noh et al. publicado na Nutrition and Cancer mostra que pacientes com mau estado nutricional no pré-operatório apresentaram maiores taxas de complicações pós-operatórias e baixa sobrevida global após cirurgia inicial para câncer de esôfago. Vinícius Basso Preti (foto), cirurgião oncológico e especialista em terapia nutricional do Hospital Erasto Gaertner e do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, comenta os resultados.
Estudo que buscou estabelecer a associação entre padrões alimentares e câncer de bexiga reportou resultados 7 de março na Nutrition and Cancer, em artigo de Pourkerman et al.
A Gilead Sciences anunciou resultados do estudo de Fase 3 TROPiCS-02 avaliando sacituzumab govitecan (Trodelvy®) em pacientes com câncer de mama metastático HR+/HER2- previamente tratadas com terapia endócrina, inibidores de CDK4/6 e que receberam de duas a quatro linhas de quimioterapia. Em comunicado enviado 7 de março, a farmacêutica destacou que o estudo atingiu o principal endpoint primário e mostrou melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão (SLP) nessa população de pacientes versus a quimioterapia de escolha do médico.
Meta-análise de pesquisadores da Johns Hopkins identificou que a maior estatura em adultos está associada a um risco aumentado de câncer colorretal e adenoma. Os achados estão em artigo de Zhou et al. na Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention e indicam que a altura deve ser considerada como fator de risco para rastreamento do câncer colorretal. A influência das características antropométricas na biologia da neoplasia colorretal não é clara. “Realizamos uma revisão sistemática e meta-análise para determinar se a altura atingida pelo adulto está independentemente associada ao risco de câncer colorretal ou adenoma”, descrevem os autores.
Beatriz Mendes Awni (foto), do Hospital Sírio Libanês, é primeira autora de estudo brasileiro publicado na Case Reports in Oncology. O estudo tem como autor sênior o oncologista Rodrigo Munhoz (foto) e relata o caso de um paciente com lipossarcoma do retroperitônio localmente avançado com mutação de inativação germinativa heterozigótica no gene WRN, que foi tratado com um esquema clássico de ifosfamida e doxorrubicina e desenvolveu toxicidade hematológica e renal exacerbada e prolongada.
Revisão sistemática e meta-análise de Hao Tan et al. publicada online 4 de março no Lancet Oncology descreve a apresentação clínica e os resultados de pacientes com carcinoma hepatocelular relacionado à doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA). Os achados revelam que o carcinoma hepatocelular relacionado à DHGNA está associado a uma proporção maior de pacientes sem cirrose e a taxas de vigilância mais baixas do que o carcinoma hepatocelular devido a outras causas.
Evidências cumulativas mostram que o estroma fibrogênico e a matriz extracelular rígida (ECM) não apenas resultam do crescimento tumoral, mas também desempenham papéis fundamentais na transformação celular e na tumorigênese. É o que descrevem Sharma e colegas em artigo na Science Signaling. "Começamos a compreender melhor o protagonismo do estroma, modificado em condições como infecções persistentes ou condições associadas ao envelhecimento, por exemplo, como fator microambiental indutor de neoplasias", observa Roger Chammas (foto), coordenador do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP.
A água tratada no Brasil pode concentrar níveis alarmantes de agrotóxicos e outras substâncias químicas e radioativas perigosas, que ampliam o risco de câncer e outros agravos à saúde humana. Levantamento feito pela
Análise de sobrevida global atualizada 24 meses após a análise primária revelou que a adição de isatuximabe à pomalidomida-dexametasona continuou a demonstrar benefício significativo na sobrevida livre de progressão de pacientes com mieloma múltiplo recidivado e refratário, projetando-se como novo padrão de tratamento nessa população de pacientes. Os resultados estão em artigo de Paul G Richardson e colegas, no Lancet Oncology.
A Food and Drug Administration aprovou o uso do anti PD-1 nivolumabe (Opdivo®, Bristol-Myers Squibb) associado à quimioterapia com doublet de platina como tratamento neoadjuvante de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) ressecável. Essa é a primeira aprovação do FDA para CPCNP inicial no cenário neoadjuvante.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou na quinta-feira, 3 de março, a lei que obriga os planos de saúde a fornecer quimioterapia domiciliar de uso oral (
Em pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço localmente avançado de alto risco pós-operatório, a quimiorradioterapia com cisplatina semanal (40 mg/m2) produz eficácia comparável ao regime de cisplatina de 3 semanas? Estudo de não-inferioridade reportou resultados no Journal of Clinical Oncology, em artigo de Kiyota et al., mostrando que a quimiorradioterapia com cisplatina semanal pode ser uma opção de tratamento para esses pacientes, com perfil de toxicidade favorável.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou diretrizes atualizadas para uso de bisfosfonatos no câncer de mama, em artigo de Eisen et al. na edição de março do Journal of Clinical Oncology. A nova diretriz, elaborada em conjunto com o Cancer Care Ontario, apoia o início precoce da terapia com bisfosfonatos. Ricardo Caponero (foto), oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, discute as recomendações.