Trastuzumabe deruxtecana obtém revisão prioritária do FDA como opção no câncer de pulmão
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) anunciou a decisão de conceder revisão prioritária à análise de trastuzumabe deruxtecana (Enhertu® da AstraZeneca e Daiichi Sankyo) no tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), em pacientes com doença metastática ou irressecável, com mutação HER2 (ERBB2), previamente expostos a um tratamento sistêmico. A decisão do FDA tem como base os resultados do ensaio clínico randomizado DESTINY-Lung01, que demonstrou taxa de resposta de 54,9% com trastuzumabe deruxtecana nessa população de pacientes. "Os resultados observados com trastuzumabe deruxtecana são bastante promissores e podem representar a opção terapêutica mais eficaz desenvolvida até hoje especificamente para pacientes com mutações no gene HER2", observa O oncologista William Nassib William Junior, diretor médico de Oncologia e Hematologia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e professor adjunto associado do MD Anderson Cancer Center.
Resultados de 5 anos de seguimento do ensaio espanhol DART 01/05 mostraram que o tratamento adjuvante com 2 anos de privação androgênica combinado com radioterapia de altas doses melhorou significativamente os resultados de pacientes com câncer de próstata, considerando controle bioquímico, metástase e sobrevida global, principalmente na doença de alto risco. Agora, Zapatero et al. relatam no Lancet Oncology dados de 10 anos de seguimento, mostrando que pacientes de risco intermediário tratados com radioterapia em altas doses não se beneficiam da privação androgênica de longo prazo. Wagner Matheus (foto), professor livre docente da Unicamp e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção SP – comenta os resultados.
O pesquisador brasileiro Daniel de Carvalho (foto), professor associado na Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto e pesquisador sênior no Princess Margaret Cancer Centre, foi reconhecido pela American Association for Cancer Research (AACR) com o Waun Ki Hong Award for Outstanding Achievement in Translational and Clinical Cancer Research, oferecido a pesquisadores de destaque em pesquisas translacionais e clínicas de câncer com menos de 51 anos de idade.
O oncologista Fernando Maluf (foto), diretor associado da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do comitê gestor do Hospital Israelita Albert Einstein, é coautor de artigo publicado no periódico European Urology que traz os resultados de um Consenso elaborado por 73 especialistas de diversos países sobre o gerenciamento ideal de pacientes com câncer de próstata avançado durante a pandemia de COVID-19. O trabalho é fruto da votação realizada em outubro de 2021, durante a Advanced Prostate Cancer Consensus Conference (APCCC) 2021, e considera 13 questões sobre o tema que podem ajudar os médicos a fazer escolhas de tratamento durante a pandemia.
O oncologista Guilherme Harada (foto), advanced clinical fellow no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, é primeiro autor de estudo selecionado para a AACR 2022 que buscou caracterizar alterações splicing no câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC).
A bióloga Luisa Lina Villa (foto) é coautora de estudo selecionado para apresentação no Congresso Anual da American Association for Cancer Research (AACR 2022) que investigou se a liberação oral do vírus Epstein-Barr (EBV), um marcador de replicação viral ativa, poderia servir como um biomarcador para infecção oral persistente e oncogênica por HPV em homens.
Estudo avaliou a associação entre perda de peso e diagnóstico subsequente de câncer em 2 anos, utilizando dados de peso medidos repetidamente em duas grandes coortes prospectivas. Os resultados foram selecionados para apresentação na AACR 2022, em trabalho que tem como coautor opesquisador brasileiro Leandro Fórnias Machado de Rezende (foto), professor-adjunto do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP).
Estudo realizado por pesquisadores da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) avaliou as mudanças nos comportamentos em relação ao tabagismo durante o início do período pré-vacinação contra a COVID-19, em 2020. Os resultados foram publicados no periódico eClinicalMedicine, em artigo com a participação da brasileira Allini Mafra da Costa (foto), pesquisadora de pós-doutorado no Cancer Surveillance Branch (CSU) da IARC.
Apenas 59% dos centros de câncer ligados ao National Cancer Institute (NCI) e 22% dos centros não-NCI nos Estados Unidos têm um ambulatório de cuidados paliativos integrado à assistência oncológica, como aponta editorial de Neha Kayastha e Thomas W. LeBlanc na edição de abril do JCO Oncology Practice.
CoVac-1, uma nova vacina contra SARS-CoV-2, induziu respostas imunes de células T em 93% dos pacientes com deficiências de células B, incluindo muitos pacientes com leucemia e linfoma. Os resultados foram apresentados na AACR 2022. “Até onde sabemos, a CoVac-1 é atualmente a única candidata a vacina à base de peptídeo desenvolvido e avaliado especificamente para pacientes imunocomprometidos”, destacou Juliane Walz (foto), autora sênior do estudo e professora de imunoterapia no Hospital Universitário de Tübingen, na Alemanha.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a combinação de cabozantinibe (Cabometyx®, IPSEN) e nivolumabe (Opdivo®, Bristol Myers Squibb) para o tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma de células renais avançado. Publicada no Diário Oficial da União (DOU)1 dia 11 de abril, a decisão é baseada nos resultados do estudo de Fase III CheckMate-9ER2.
Pacientes que realizaram exercícios físicos com amplitude de movimentos dos membros superiores no pós-operatório do câncer de mama apresentaram incidência semelhante de complicações (seroma, infecção, hematoma, deiscência, necrose e contusão) em comparação com aquelas que realizaram exercícios com restrição de movimentos. Os dados são de pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), reportados na Breast Cancer Research and Treatment.
Realizada de 8 a 13 de abril, a AACR 2022 destacou no programa científico mais uma promessa no tratamento de tumores sólidos, uma nova CAR T cell (células T do receptor de antígeno quimérico -CAR) em pacientes com tumores sólidos, tanto em monoterapia quanto em combinação com uma vacina de mRNA. Resultados iniciais do ensaio de fase I/II demonstram perfil de segurança aceitável e sinais de eficácia encorajadores. O onco-hematologista Daniel Tabak (foto), diretor do Centro de Tratamento Oncológico (CENTRON), comenta os resultados.
O carcinoma espinocelular da orofaringe (OPSCC, da sigla em inglês) positivo para o papilomavírus humano (HPV+) tem uma das incidências que mais aumentam em países de alta renda, quando comparado a qualquer outro tipo de câncer. Revisão publicada na Nature Review Clinical Oncology apresenta um resumo da epidemiologia, biologia molecular e manejo clínico do câncer de orofaringe HPV+ em um esforço para destacar avanços importantes com impacto na rotina clínica. Quem analisa o trabalho é o oncologista Gilberto de Castro Junior (foto), professor da disciplina de oncologia da Faculdade de Medicina da USP e médico do ICESP e do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Estudo apresentado na AACR 2022 demonstrou que uma variante do gene CTLA-4 associada à doença autoimune foi mais freqüente em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) que apresentaram uma resposta excepcionalmente alta à imunoterapia anti-PD-1 e mais efeitos colaterais imuno-relacionados em comparação com duas coortes, uma de pacientes com câncer de pulmão em geral e outra de indivíduos saudáveis. A oncologista Clarissa Baldotto (foto), Diretora do Núcleo de Integração Oncológica da Oncologia D'Or, comenta os resultados.
Mulheres jovens com câncer de mama (< 40 anos) têm sobrevida semelhante se tratadas com mastectomia ou cirurgia conservadora (lumpectomia), apontam resultados de análise retrospectiva de Pestana et al. O estudo foi apresentado no 23º encontro anual da Sociedade Americana de Cirurgiões de Mama, realizado de 6 a 10 de abril. “Mais uma vez a cirurgia conservadora comparada com mastectomia apresenta resultados iguais em termos de sobrevida, mesmo em mulheres mais jovens, reforçando o conceito de que se possível, este deve ser o tratamento de escolha, em qualquer idade”, avalia Antônio Frasson (foto), mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein.