Machine Learning pode otimizar encaminhamento para cuidados paliativos precoces
Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO)1 avaliou se um sistema de machine learning poderia ajudar a identificar os pacientes que podem se beneficiar do encaminhamento para cuidados paliativos. “Para pacientes com câncer avançado, consultas precoces com especialistas em cuidados paliativos reduzem custos, melhoram a qualidade de vida e prolongam a sobrevida. No entanto, limitações de capacidade impedem que todos os pacientes recebam cuidados paliativos logo após o diagnóstico”, observam os autores.
Pessoas com HIV têm piores resultados em termos de câncer, em parte devido às desigualdades no tratamento oncológico. Estudo publicado no Journal of Clibical Oncology (JCO) analisou as disparidades no tratamento do câncer entre pessoas com HIV, incluindo uma avaliação das mudanças nas disparidades ao longo do tempo.
Dados de estudos populacionais demonstram aumento na incidência de certos tipos de câncer em pacientes com menos de 50 anos, configurando o chamado câncer de início precoce. Análise de Ribelle et al. com dados de mundo real mostra mudanças geracionais na incidência de diversas neoplasias, com resultados que reforçam o alerta para a excessiva carga de câncer em adultos jovens.
Estudo meta-analítico que incorporou dados de 53 estudos de coorte e oito estudos de caso-controle demonstrou relação significativa entre a exposição a material particulado (PM2,5; PM10), dióxido de nitrogênio (NO2) e ozônio (O3) com a incidência e mortalidade por câncer em cinco locais anatômicos: mama, fígado, pulmão, pâncreas e bexiga. Os resultados estão em artigo de Ramamoorthy et al. no JCO Global Oncology.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão aprovou o anticorpo monoclonal anti-claudina 18.2 (CLDN18.2) zolbetuximab (VYLOY™, Astellas) para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer gástrico CLDN18.2-positivo, irressecável, avançado ou recorrente. Zolbetuximab é a primeira e única terapia direcionada ao CLDN18.2 aprovada por qualquer agência reguladora do mundo. A aprovação é baseada nos resultados dos ensaios clínicos de Fase 3 SPOTLIGHT e GLOW.
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Estudo publicado no Lung Cancer Journal mostrou benefício do tratamento local para metástases cerebrais em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação de EGFR tratados com osimertinibe.
O gene MUTYH, associado ao câncer colorretal, parece desempenhar papel também no desenvolvimento de outros tumores sólidos, como sugere estudo com mais de 350 mil amostras de biópsia de pacientes, publicado na JCO Precision Oncology. A análise é de pesquisadores do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, com participação da Foundation Medicine. O oncogeneticista Diogo Cordeiro de Queiroz Soares (foto) comenta os resultados.
Estudo multicêntrico global com participação de 38 instituições definiu critérios para um escore prognóstico internacional para pacientes com linfoma de Hodgkin com predominância de linfócitos nodulares (NLPHL). Os resultados desse esforço global foram publicados no Journal of Clinical Oncology em uma contribuição decisiva para identificar pacientes de alto risco e orientar os próximos ensaios clínicos prospectivos.
Pesquisadores do UT Southwestern Medical Center analisaram uma coorte diversificada de pacientes submetidos a tratamento definitivo para câncer retal e identificaram assinaturas distintas do microbioma intestinal associadas à raça e etnia, assim como a idade de início da doença. O estudo foi publicado no Journal of Immunotherapy and Precision Oncology, com resultados que podem apoiar futuros esforços de prevenção e tratamento baseados na manipulação do microbioma.
Pesquisa publicada na Cancer Discovery revela o papel da epigenética na recorrência do câncer de mama positivo para receptores de estrogênio (ER+), identificando como a terapia hormonal para reduzir o risco de recorrência pode, em alguns casos, desencadear mudanças epigenéticas que alteram o estado de células tumorais, que terminam por “hibernar” para evitar o tratamento e “acordar” anos mais tarde, em uma recidiva difícil de tratar. “Este estudo avança na compreensão da dormência induzida pela terapia, com potenciais implicações clínicas para o câncer de mama”, destacam os autores.
Estudo de Tankel et al., que analisou 15 anos de resultados de uma rede regional de câncer gastrointestinal superior, mostra que os regimes FLOT (fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel) e DCF (docetaxel, cisplatina e 5-fluorouracil) proporcionaram resultados significativos no adenocarcinoma esofágico quando combinados com a ressecção transtorácica em bloco, com sobrevida global em 5 anos de 50,0% e 59,7%, respectivamente. A íntegra do artigo está no Annals of Surgical Oncology. O cirurgião oncológico Daniel Fernandes (foto) analisa os resultados.
Um programa multimodal de estilo de vida que compreende intervenções de aconselhamento sobre atividade física, nutrição e psico-oncologia pode melhorar os comportamentos de saúde e a situação psicossocial em crianças, adolescentes e jovens adultos sobreviventes de câncer? Ensaio clínico randomizado publicado no JAMA Network Open não mostrou diferença significativa entre as coortes que receberam a intervenção e o grupo controle. “No entanto, ambos os grupos relataram necessidades reduzidas, melhoria da qualidade de vida, redução da fadiga e elevada satisfação com o programa”, observaram os autores.
O Comitê de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu um parecer positivo recomendando a aprovação de enzalutamida como monoterapia ou em combinação com terapia de privação androgênica para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático hormônio-sensível (nmHSPC) com recorrência bioquímica (BCR) de alto risco que são inadequados para radioterapia de resgate1. A decisão é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 EMBARK.