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Em pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo, HER2-negativo (HR+/HER2–) e câncer de mama triplo-negativo avançado fortemente pré-tratados, o conjugado de anticorpo-medicamento (ADC) dirigido ao TROP2 datopotamab deruxtecan (Dato-DXd) demonstrou atividade clínica promissora e um perfil de segurança manejável. Os resultados são do estudo TROPION-PanTumor01, publicado por Aditya Bardia (foto) e colegas no Journal of Clinical Oncology (JCO).

O tratamento a longo prazo e os efeitos secundários associados podem afetar a qualidade de vida e motivar o arrependimento do paciente no percurso terapêutico. Metanálise que considerou estudos randomizados controlados avaliando o efeito do tratamento em pacientes com câncer de próstata (CaP) mostrou que um programa de apoio à decisão afeta o nível de arrependimento dos pacientes com CaP e pode ajudar a enfrentar o tratamento da doença.

A mortalidade por câncer colorretal no estado de Sergipe tem aumentado em todas as faixas etárias e em ambos os sexos, refletindo a necessidade de melhorias na saúde pública, como mostra estudo de pesquisadores do Programa de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe, que tem como primeiro autor o médico proctologista Alex R. Moura.

Estudo ecológico que abrange mais de 430 milhões de pessoas em 7 países, de cinco continentes, identificou correlações novas e significativas entre fatores climáticos e incidências de câncer. “Nosso estudo acrescenta uma perspectiva importante de que a adaptação às alterações climáticas pode complementar o rastreio, a prevenção e o tratamento do câncer na melhoria da saúde global da população”, destacam os autores.

O papel dos conjugados anticorpo-droga (ADC) no tratamento do câncer tem evoluído rapidamente, com 14 ADCs aprovados e mais de100 em desenvolvimento. À medida que o número de ADCs aumenta, cresce a necessidade de biomarcadores para otimizar os algoritmos de tratamento e a seleção dos pacientes, como descreve revisão de Solange Peters (foto) e colegas, publicada no Annals of Oncology, que destaca o caráter cooperativo da ETOP IBCSG Partners Foundation para acelerar o progresso e melhorar os resultados dos pacientes.

Estudo que teve como objetivo analisar o efeito da aspirina no microambiente tumoral, na imunidade sistêmica e na mucosa saudável ao redor do câncer colorretal (CCR) mostrou que, além de seu mecanismo farmacológico clássico que envolve a inibição da inflamação, a terapia com aspirina também pode atuar a favor da prevenção e tratamento do câncer colorretal em estágio inicial, aumentando a vigilância imunológica.

Estudo que buscou avaliar a carga global do câncer uterino de 1990 a 2019 mostrou que a maior taxa de incidência nos últimos 30 anos foi observada em mulheres de 55 a 59 anos e que, entre 204 países e regiões, houve aumento da incidência do câncer uterino em 165 países e aumento de mortes pela doença em 77 países, com profundas variações regionais.

Estudo da Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês) buscou avaliar as barreiras ao rastreamento do câncer em 27 países da América Latina e Caribe. O inquérito tem participação do médico brasileiro André Carvalho (foto) e mostra que as barreiras mais frequentes são relacionadas com a eficácia dos serviços. Sistemas de informação, como registros populacionais que dificultam a identificação e o convite da população elegível, também aparecem entre os principais entraves, e mais de 75% dos países relatam a indisponibilidade de serviços.

Estudo realizado pelo Consórcio Internacional de Infecções Respiratórias Agudas Graves e Infecções Emergentes da Organização Mundial de Saúde (ISARIC, OMS) confirma que pacientes com câncer têm maior risco de mortalidade por COVID-19 do que indivíduos sem câncer. Na coorte avaliada, indivíduos com menos de 50 anos em tratamento contra o câncer apresentaram maior risco relativo de morte.

Meta-análise e validação externa do ADNEX (Assessment of Different Neoplasias in the adnexa) para diagnóstico de câncer de ovário indicam que o modelo teve bom desempenho na distinção entre tumores benignos e malignos em populações de diferentes países e ambientes, independentemente do uso de CA125 como preditor. Os resultados estão no British Medical Journal e recomendam ADNEX para apoiar decisões clínicas.

As doenças hepáticas são um problema de saúde sério e crescente em todo o mundo e impõem um fardo significativo aos sistemas de saúde. Artigo no Lancet Regional Health Americas mostra que a mortalidade por câncer de fígado cresce em todas as regiões brasileiras e é a causa mais comum de morte por doenças hepáticas nas regiões Sudeste, Sul e Norte.

Um grupo internacional multidisciplinar foi constituído com o objetivo de melhorar a vida das pessoas que vivem com câncer de mama ou estão em risco de desenvolver a doença. Essa é a proposta da The Lancet Breast Cancer Commission, que conta com a participação do oncologista Carlos Barrios (foto). Organizado em seis áreas temáticas, o relatório da Comissão alerta que até 2040 a incidência de câncer de mama deve superar 3 milhões de novos casos por ano, aumentando mais rapidamente nos países de baixa e média renda.

Jessé Lopes da Silva (foto), oncologista do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeiro autor de estudo que examinou resultados de registros populacionais para investigar as taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama entre grupos raciais específicos no Brasil. Os resultados foram publicados no periódico Breast Cancer Research and Treatment, em artigo que tem a oncologista Andreia Melo como autora sênior.

Estudo de coorte publicado no JAMA Network Open demonstrou que durvalumabe após quimiorradioterapia foi associado a menor risco de progressão e/ou morte em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estágio III irressecável. “Os resultados são consistentes com o estudo de fase 3 PACIFIC e apoiam o uso continuado de durvalumabe de consolidação após quimiorradioterapia como padrão de tratamento para essa população de pacientes”, afirmaram os autores.

Estudo transversal analisou dados de 10.020 sobreviventes de câncer e demonstrou que apenas 4% aderiram a todas as quatro diretrizes de nutrição e atividade física da American Cancer Society. “Os resultados sugerem que entre os sobreviventes do câncer ainda existe uma adesão abaixo do ideal em relação às diretrizes de comportamento saudável”, avaliam os autores. O trabalho foi publicado no JAMA Oncology.