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O nariz eletrônico, também chamado de e-nose, usa sensores e inteligência artificial para detectar câncer no ar exalado e demonstrou excelente sensibilidade e especificidade no cenário de rastreamento do câncer de pulmão. Estudo de fase IIc publicado no Journal of Thoracic Oncology demonstrou que a tecnologia E-nose também apresentou boa concordância com a histopatologia em tumores em estágio clínico I e pode ser uma ferramenta de bioengenharia útil no diagnóstico do câncer de pulmão inicial.

Desde 2020, a Swissmedic (Agência Suíça para Produtos Terapêuticos) participa do Projeto Orbis, um programa colaborativo lançado em 2019 pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para agilizar o acesso dos pacientes a medicamentos contra o câncer. Análise comparativa publicada no Lancet Oncology mostrou que a participação no Projeto Orbis reduziu a lacuna de submissão e o tempo de revisão para pedidos de oncologia na Swissmedic em relação à agência norte-americana, assim como acelerou as decisões de consenso.

Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) fornece evidências da associação entre o uso de talco genital e um risco aumentado de câncer de ovário. "Apesar dos desafios na avaliação do histórico de exposição e dos vieses inerentes aos dados retrospectivos, nossas descobertas são robustas, mostrando uma associação consistente entre o uso de talco genital e o câncer de ovário", disse Katie O'Brien, epidemiologista do National Institute of Environmental Health Sciences e primeira autora do trabalho.

Análise que envolveu uma grande coorte de pacientes com câncer de mama receptor hormonal negativo e HER2 positivo sugere que uma estratégia baseada em ressonância magnética (RM) pode desintensificar a quimioterapia (QT) neoadjuvante. Os resultados foram publicados no Lancet Oncology e mostram que 87% daqueles com resposta radiológica completa na RM após QT neoadjuvante tiveram resposta patológica completa.  Se confirmados na análise de sobrevida livre de eventos, esses dados indicam que um em cada três pacientes poderia ser tratado com apenas três ciclos de QT neoadjuvante. Lucíola de Barros Pontes (foto), oncologista clínica do Hcor, comenta os resultados.

Jessé Lopes da Silva (foto) é primeiro autor de estudo que analisou fatores e tendências associados ao local de morte por câncer no Brasil, no período de 2002 a 2021. A oncologista Andreia Cristina de Melo é autora sênior (na foto, à direita). Os resultados foram publicados no Lancet Regional Health Americas e mostram que apenas 17,7% das mortes por câncer no Brasil ocorrem no domicílio, com tendências distintas ao longo do tempo, associadas a diferenças regionais, raciais e de nível educacional.

Cerca de 1,5 mil participantes da Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai compõem a base de análise do Estudo de Perfil Molecular do Câncer de Mama, com resultados que representam avanços significativos na compreensão de procedimentos oncológicos em cenários de mundo real na América Latina. As pesquisadoras Dirce Maria Carraro (foto), do AC Camargo Cancer Center, Maria Aparecida Nagai, do ICESP, e Marcia Maria Marques, do Hospital de Câncer de Barretos, participam do estudo, publicado no JCO Global Oncology.

Estudo que buscou definir referências globalmente aplicáveis para exenteração pélvica em pacientes com câncer retal primário localmente avançado (LARC) e recidivado (LRRC) estabeleceu 10 parâmetros que representam o melhor padrão de cuidados, a partir de indicadores de 16 centros mundiais altamente especializados. Os resultados estão no Annals of Surgery, em publicação ahead of print, com participação dos brasileiros Samuel Aguiar Jr e Tiago Bezerra (foto), do A. C. Camargo Cancer Center.

Pesquisadores da Johns Hopkins identificaram que variações específicas em três genes relacionados à manutenção do comprimento dos telômeros – as extremidades protetoras do DNA nos cromossomos – podem explicar até 4,5% dos cânceres papilares da tireoide. Os achados estão no The American Journal of Human Genetics e confirmam pesquisas anteriores da mesma instituição, indicando que telômeros muito longos estão ligados ao desenvolvimento de certos tipos de câncer.

A Sociedade Internacional de Neoplasia Anal (IANS) desenvolveu diretrizes de consenso para o rastreamento do câncer anal entre vários grupos de alto risco. As diretrizes foram publicadas no Internal Journal of Cancer e fornecem uma base fundamental para definir consensos e implementar rastreamentos orientados para o risco com foco na prevenção do câncer anal. A coloproctologista Bruna Vailati (foto) analisa as recomendações. 

Entre 2001 e 2018, 41% das indicações de medicamentos contra o câncer que incluíam avaliação de sobrevida global não tinham dados completos no momento da aprovação da Food and Drug Administration (FDA). Dados adicionais disponibilizados após a aprovação revelam que mais de 60% destas indicações não mostraram nenhum benefício de sobrevida estatisticamente significativo nas indicações aprovadas, como descreve artigo de Naci et al. no Lancet Oncology.

Artigo de revisão publicado no Journal of Cancer Survivorship analisou a literatura publicada após o think tank do National Cancer Institute realizado em 2018 - “Medindo o Envelhecimento e Identificando Fenótipos de Envelhecimento em Sobreviventes de Câncer”, que discutiu resultados funcionais físicos e cognitivos entre sobreviventes de câncer tratados com quimioterapia.

A taxa global de mortalidade por câncer nos Estados Unidos diminuiu 33% entre 1991 e 2020, em grande parte devido aos avanços na prevenção, detecção precoce e tratamento. Estes avanços, no entanto, não beneficiaram a todos igualmente. “Uma longa história de racismo, segregação e discriminação contra grupos populacionais marginalizados conduziu a desigualdades estruturais e injustiças sistêmicas que têm um impacto negativo na assistência contra o câncer”, destaca o Relatório de Progresso das Disparidades do Câncer 2024, produzido pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR).

A longo prazo, o investimento em tecnologia de alta precisão para a gestão do câncer do colo do útero resultou em custos mais baixos para os decisores políticos de saúde da Índia,  como demonstra o estudo PARCER, que deixa lições importantes para países de baixo e médio rendimento. Os resultados estão em artigo de Hande et al. no JCO Global Oncology.

A função pulmonar prejudicada está associada a maior risco de desenvolvimento de câncer de pulmão e mortalidade pela doença. É o que demonstra estudo de coorte chinês com 461.183 indivíduos publicado no BMJ Open Respiratory Research. “Nossos resultados destacam a importância de considerar a função pulmonar no rastreio do câncer de pulmão para uma melhor seleção de candidatos”, afirmam os autores.