GEMPAX: gemcitabina e paclitaxel em segunda linha no câncer de pâncreas metastático
Realizado pelo grupo francês UNICANCER, o ensaio clínico de Fase 3 GEMPAX avaliou a eficácia e tolerabilidade de gemcitabina mais paclitaxel versus gemcitabina isoladamente como tratamento de segunda linha para pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático metastático tratados previamente com 5-fluorouracil, oxaliplatina e irinotecano. Os resultados do trabalho foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).
Pesquisadores italianos realizaram uma análise conjunta de 12 ensaios clínicos sobre câncer para descrever a taxa de subnotificação de seis eventos adversos (anorexia, náusea, vômito, constipação, diarreia e fadiga) do tratamento do câncer e explorar sua associação com a sobrevida global. “A maior utilização dos resultados relatados pelos pacientes pode reduzir a subnotificação de sintomas subjetivos durante o tratamento do câncer”, destacaram os autores em artigo publicado no ESMO Open.
Pacientes de câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado que nunca fumaram apresentaram resultados de sobrevida global e sobrevida livre de progressão significativamente melhores após tratamento com quimiorradioterapia com intenção curativa em comparação com pacientes fumantes e ex-fumantes. Os resultados do estudo foram publicados no periódico Lung Cancer.
Estudo que buscou identificar os elementos que contribuem para o envolvimento de pacientes na pesquisa clínica em câncer identificou 58 fatores que pesam na participação efetiva dos pacientes em ensaios clínicos. “Esta revisão fornece um conjunto de recomendações práticas que podem ser utilizadas pela comunidade de pesquisa em câncer”, destacam os autores. O oncologista Fábio Franke (foto) comenta os resultados.
A radioterapia (RT) hipofracionada pós-prostatectomia não é inferior à RT convencionalmente fracionada e é um novo padrão de prática para pacientes que recebem radioterapia pós-prostatectomia. É o que indicam resultados do estudo randomizado de fase 3 (NRG-GU003) publicado por Buyyounouski et al. no JAMA Oncology. O rádio-oncologista Rodrigo Hanriot (foto), Diretor do Departamento de Radioterapia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta o trabalho.
O tratamento com CAR T cells direcionado a duas proteínas de tumores cerebrais pode reduzir o crescimento de tumores sólidos em pacientes com glioblastoma recorrente, como sugerem resultados iniciais de ensaio de fase I publicado por Bagley et al. na Nature Medicine.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou tislelizumab (TEVIMBRA®, BeiGene) para o tratamento do carcinoma espinocelular de esôfago avançado ou metastático após quimioterapia prévia. A decisão foi anunciada 14 de março com base nos resultados de eficácia e segurança do estudo RATIONALE 302.
A ligação social é um determinante-chave da saúde, mas seu papel nos resultados do fim da vida ainda é pouco compreendido. Estudo longitudinal que considerou dados de 19 países analisou a conexão social nos últimos anos de vida dos idosos, indicando que a solidão pode ser um fator de risco para sintomas de fim de vida. Os resultados estão no Lancet Healthy Longevity e refletem a maior coorte europeia de pessoas com 50 anos ou mais.
A pesquisadora brasileira Tathiane Malta (foto), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em Ribeirão Preto, é primeira autora de estudo que buscou investigar a evolução epigenética dos gliomas em resposta ao tratamento. “Partimos do pressuposto que a adaptação ou seleção do tumor esteja relacionada à resistência ao tratamento no glioma”, afirmaram os autores. O trabalho foi publicado no periódico Cancer Research.
Estudo multicêntrico italiano publicado no periódico Cancer Epidemiology Biomarkers Prevention buscou avaliar se a adesão a uma dieta de redução do risco de diabetes poderia influenciar favoravelmente o risco de câncer colorretal.
O diagnóstico de câncer de mama metastático pode afetar o bem-estar físico e emocional, mas apesar da prevalência de depressão, ansiedade e angústia entre esses pacientes, o suporte psicossocial permanece como uma necessidade não atendida, com profundas barreiras que acabam por afetar ainda mais grupos minoritários.
Estudo que buscou descrever a prevalência de sintomas físicos, emocionais e sociais de qualidade de vida relacionada à saúde em uma amostra populacional de sobreviventes de câncer de próstata revela a importância de identificar indivíduos mais vulneráveis a piores resultados de longo prazo para direcionar a atenção clínica e mitigar resultados negativos.
A detecção precoce poderia prevenir mais de 90% das mortes relacionadas com o câncer colorretal, destacam Chung et al., em publicação na New England Journal of Medicine, que apresenta resultados de uma nova biópsia líquida baseada no DNA livre de células (cfDNA) para o rastreamento do câncer colorretal. O teste demonstrou 83% de sensibilidade para a detecção do câncer colorretal, 90% de especificidade para neoplasia avançada e 13% de sensibilidade para lesões pré-cancerosas avançadas. O oncologista Virgílio Souza e Silva (foto), médico do AC Camargo Cancer Center, comenta o estudo.
Análise agrupada internacional de 19 estudos de coorte traz evidências de que a prática de níveis mais elevados de atividade física de lazer pode contribuir para a redução do risco de câncer de mama na pré-menopausa. "Esses resultados reforçam a importância de promover um estilo de vida ativo e saudável para a saúde das mulheres", destaca a a epidemiologista brasileira Elisabete Weiderpass (foto), diretora da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC/WHO) e coautora do trabalho publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).
A atividade física adaptada melhorou diversas dimensões da qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático avançado recebendo o tratamento padrão de quimioterapia em primeira linha. Os resultados são do estudo randomizado APACaP GERCOR e foram publicados no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de amivantamabe (RYBREVANT®, Janssen), em combinação com quimioterapia, como primeira linha para o tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado ou metastático com mutações de inserção no éxon 20 do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). A decisão foi publicada 11 de março no Diário Oficial da União.
O estudo European Stop Kinase Inhibitors (EURO-SKI) é o maior ensaio clínico para investigar a cessação dos inibidores da tirosina quinase (TKIs) em pacientes com leucemia mieloide crônica em remissão molecular estável. A análise final após 3 anos de acompanhamento demonstra que os principais endpoints foram alcançados, com sobrevida livre de recorrência molecular de 61% aos 6 meses e de 46% aos 36 meses, com taxa de sobrevida global de 98% em 3 anos. O hematologista Nelson Hamerschlak (foto), coordenador de Hematologia e Transplante de Medula do Hospital Israelita Albert Einstein, analisa os principais achados.