Emulsificantes de aditivos alimentares e risco de câncer
Análise que incluiu 92 mil adultos da coorte francesa NutriNet-Santé reforçou a associação entre o consumo de certos emulsificantes e um risco aumentado de determinados tipos de câncer, particularmente câncer de mama e próstata. O trabalho foi publicado na PLOS Medicine.
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas ressecável, tislelizumabe neoadjuvante mais quimioterapia seguido de cirurgia e tislelizumabe adjuvante demonstrou benefício significativo na sobrevida livre de eventos em comparação com placebo neoadjuvante mais quimio seguido de cirurgia e placebo adjuvante. Os resultados são do estudo de Fase 3 RATIONALE-315, apresentado no ESMO Virtual Plenary e publicado no Annals of Oncology.
As necessidades de determinantes sociais da saúde são preditores independentes de problemas de saúde física e mental relatados por pacientes cirúrgicos. É o que aponta análise retrospectiva de Malapati e colegas que incluiu mais de 8 mil pacientes submetidos à cirurgia. Os resultados foram publicados no Annals of Surgery.
Nos últimos anos, a teranóstica ampliou as opções terapêuticas disponíveis para pacientes com câncer de próstata. Revisão de Bauckneht et al. publicada na Cancer Treatments Reviews explora este campo dinâmico e seu potencial para revolucionar a medicina de precisão no câncer de próstata.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no Brasil o uso do radioligante lutécio-177 vipivotida tetraxetana (Lu-177) para o tratamento do câncer de próstata metastático resistente a castração. Lu-177 (Pluvicto®, Novartis) é indicado para pacientes com expressão de antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) previamente tratados com inibição da via do receptor de andrógeno (AR) e quimioterapia baseada em taxano, reduzindo o risco de morte em 38% e o risco de progressão radiográfica ou morte em 60% na comparação com o padrão de cuidado.
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação de EGFR após terapia com TKI EGFR e quimioterapia à base de platina, o tratamento com o conjugado de anticorpo-medicamento patritumab deruxtecana (HER3-DXd) foi associado a uma sobrevida global clinicamente significativa. É o que sugerem os resultados de análise publicada no Annals of Oncology.
A quimioterapia neoadjuvante com linfadenectomia em pacientes com carcinoma espinocelular de pênis localmente avançado é bem tolerada e ativa para reduzir a carga da doença e melhorar os resultados de sobrevida a longo prazo. É o que demonstra estudo de mendo real, internacional e multi-institucional publicado no Journal of National Cancer Institute (JNCI). Marcos Tobias-Machado (foto), urologista do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo, em São Paulo, é coautor do trabalho.
Populações vulneráveis, como as que sofrem de câncer, são suscetíveis ao aumento da morbidade e mortalidade por doenças que podem ser prevenidas através da vacinação, mas a hesitação em relação às vacinas tornou-se predominante na sociedade. A afirmação é de pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, que buscaram determinar a percepção do paciente sobre a eficácia e segurança da vacina e as fontes de informação que influenciam as decisões.
Qual o risco de doenças cardiovasculares e, especificamente, de doença cardíaca isquêmica (DCI) em pacientes com câncer de mama tratadas com reforço de dose de radioterapia? Estudo holandês mostra que a ocorrência de DCI reflete clara interação entre boost de dose e idade, com aumento significativo no risco de DIC em pacientes com menos de 40 anos, resultados que podem ajudar na estratificação e monitoramento de riscos. O radio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto) comenta os resultados.
Análise atualizada do estudo de fase 3 HIMALAYA mostrou benefício sustentado de sobrevida global do tratamento com tremelimumabe mais durvalumabe (regime STRIDE) em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável. “As taxas de sobrevida global em quatro anos foram de 25,2% com STRIDE versus 15,1% com sorafenibe”, destacaram os autores. Os resultados foram publicados no Annals of Oncology e representam o acompanhamento mais longo até o momento em estudos de fase 3 no carcinoma hepatocelular irressecável.
Os resultados iniciais do estudo POUT já haviam mudado a prática no câncer urotelial músculo-invasivo do trato urinário superior (ureter e pelve renal) não metastático após nefroureterectomia, com base no benefício de sobrevida livre de doença. Agora, a análise final com resultados de sobrevida global acrescenta suporte adicional ao valor da quimioterapia sistêmica adjuvante com gemcitabina e platina após nefroureterectomia nesse cenário da doença. O oncologista Carlos Dzik (foto), líder nacional da área de Tumores Geniturinários do Grupo DASA, comenta o estudo.
Estudo que avaliou a associação entre a modificação do tratamento primário e a tolerabilidade em idosos com câncer avançado mostrou que a modificação do tratamento foi associada à melhora da tolerabilidade dos regimes quimioterápicos, achado que pode contribuir para otimizar a dosagem do tratamento do câncer nessa população de pacientes. “Instrumentos para nos ajudar a encontrar o equilíbrio ideal são muito bem-vindos para guiar as decisões terapêuticas”, diz o oncologista Ricardo Caponero (foto), que comenta os resultados.
Pesquisadores do departamento de urologia da Universidade de Iowa revisaram o manejo da hidronefrose associada ao câncer de ovário para identificar o manejo ideal, preditores de resolução e o papel da cirurgia ovariana na hidronefrose. Os resultados estão em artigo de Faidley et al. na Urology.
Aproximadamente 30% dos pacientes com câncer de mama em estágio inicial apresentaram alteração na expressão de HER2 após tratamento neoadjuvante. Os resultados são de estudo de Paolo Tarantino (foto) e colegas publicado no European Journal of Cancer.
Pacientes com câncer metastático tiveram maiores taxas de hospitalização (59% vs. 49%) e maior mortalidade em 30 dias (18% vs. 9%) após o diagnóstico de COVID-19, comparados a pacientes com câncer sem disseminação metastática. Os dados são baseados no COVID-19 and Cancer Consortium (CCC19) e mostram que pacientes com metástases pulmonares apresentaram a maior taxa de mortalidade em 30 dias após COVID-19.
Estudo publicado no periódico Cancer Research buscou avaliar a interação entre a capacidade de metabolização dos carcinógenos do tabaco e a intensidade do tabagismo na mediação da suscetibilidade genética à tumorigênese pulmonar relacionada ao tabagismo.