Cirurgia bariátrica e câncer de cólon
O risco de câncer de cólon pode ser maior em indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica, como sugere estudo publicado no International Journal of Cancer. A obesidade é um fator de risco bem estabelecido para câncer colorretal. No entanto, estudos anteriores indicam risco aumentado de CRC também em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. "Apesar de não ser um estudo conclusivo sobre o tema, ele é bastante intrigante, e traz à luz novos questionamentos sobre a oncogênese desse tipo de câncer", afirma o cirurgião oncológico Jorge Lyra (foto), Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que comenta o trabalho.
Artigo de Campbell, P.J. et al publicado na Nature descreve os resultados das análises integrativas de 2.658 genomas inteiros de câncer e seus tecidos normais correspondentes em 38 tipos diferentes de tumores do Consórcio Pan-Cancer Analysis of Whole Genomes (PCAWG), do International Cancer Genome Consortium (ICGC) e do The Cancer Genome Atlas (TCGA).
A ressecção cirúrgica permanece como principal abordagem curativa no tratamento do câncer gástrico, mas pode afetar a qualidade de vida (QV). Estudo brasileiro publicado na Journal of Gastrointestinal Oncology (JGO) avaliou dados de 104 pacientes de três regiões do País e concluiu que o tipo de tratamento instituído, o tempo pós-operatório e os fatores sociodemográficos e anatomopatológicos influenciam a qualidade de vida. O cirurgião oncológico Rodrigo Pinheiro (foto), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), é o primeiro autor do trabalho.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento apalutamida (ERLEADA®, Janssen Cilag) para o tratamento do câncer de próstata metastático sensível à castração (mCSPC). A aprovação se baseou nos dados do estudo fase III TITAN, que mostrou redução de 33% no risco de morte com a adição de apalutamida ao tratamento de deprivação androgênica (ADT).
A geneticista Patrícia Ashton-Prolla (foto), coordenadora do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação e professora do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, é uma das autoras do World Cancer Report 2020, publicação multidisciplinar lançada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Erradicar o H. pylori pode reduzir o risco de câncer gástrico em indivíduos infectados e com histórico de câncer gástrico em familiares de primeiro grau? Artigo de Choi et al. publicado na New England Journal of Medicine mostra que sim.
A Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) publicou um consenso com orientações sobre prevenção, rastreamento, monitoramento e tratamento de doenças cardiovasculares relacionadas ao câncer ou seu tratamento1. “É uma leitura obrigatória para todos os profissionais de saúde da área de cardiologia e oncologia”, afirma a cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), coordenadora da Cardio-oncologia da Santa Casa de São Paulo e Vice-Presidente do Grupo de Estudos de Cardio-oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O estomatologista Daniel Cohen (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeiro autor de trabalho publicado na Scientific Reports1 que traça um perfil epidemiológico do melanoma da mucosa no Brasil, com ênfase nos preditores de morte precoce da doença. “Os dados epidemiológicos dos melanomas das mucosas no Brasil são escassos, daí a motivação para a realização deste trabalho de pesquisa”, afirmam os autores.
Revisão sistemática e meta-análise liderada pelo cirurgião oncológico Raphael Araújo (foto), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), buscou comparar as taxas de morbimortalidade pós-operatória entre pacientes com câncer de cabeça do pâncreas submetidos à cirurgia upfront e aqueles que receberam terapia neoadjuvante. Os resultados do estudo multicêntrico foram publicados no Journal of Surgical Oncology.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou o Clinical Cancer Advances 20201, um relatório anual que destaca os principais avanços do ano, assim como identifica necessidades não atendidas e oportunidades de pesquisa no tratamento do câncer. O relatório reconhece a maneira como as terapias sistêmicas melhoraram a eficácia da cirurgia, em muitos casos minimizaram a extensão necessária e até eliminaram a necessidade da abordagem para alguns pacientes.