NELSON trial e triagem para câncer de pulmão
Resultados reportados na New England Journal of Medicine com dados de longo prazo do NELSON trial mostram que a triagem tomográfica em indivíduos de alto risco diminui a mortalidade por câncer de pulmão, além de permitir a detecção da doença em estágios mais precoces em relação aos controles.
Como parte de uma estratégia global para eliminar o câncer do colo do útero, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe a meta de eliminar quatro casos por 100 mil mulheres e expandir a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para alcançar 90% de cobertura até 2030, além de reforçar o rastreamento do câncer do colo do útero para 70% da população e ampliar o tratamento de lesões precursoras em 90% das mulheres afetadas. As metas globais foram publicadas em artigo no Lancet, que estima os resultados em 78 países de baixa e média renda. Quem comenta é Luisa Lina Villa (foto), chefe do Laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP.
O uso adjuvante da combinação de dabrafenibe mais trametinibe reduziu o risco de recidiva versus placebo em pacientes com melanoma ressecado estádio III com mutação BRAFV600. As evidências são do estudo COMBI-AD, de Fase 3, que agora reporta em artigo no Lancet Oncology os resultados da análise exploratória pré-especificada da assinatura genômica, mostrando que a carga mutacional e a expressão do gene IFNγ são biomarcadores prognósticos para sobrevida livre de recidiva. Vinícius Vazquez (foto), chefe do Departamento de Melanoma e Sarcoma do Hospital do Amor, comenta os resultados.
Não há consenso sobre a definição de recorrência peritoneal (RP) e recorrência local (RL) na recidiva intra-abdominal do câncer colorretal. Artigo de Dumont, F. et al. na Surgical Oncology discute a caracterização de RP e RL, prognóstico e implicações clínicas. O cirurgião oncológico Daniel Cesar (foto), do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e membro da comissão de câncer colorretal da SBCO, comenta os resultados.
O cirurgião oncológico Ranyell Spencer (foto) é primeiro autor de consenso publicado em janeiro no Journal of Surgical Oncology, com recomendações para o tratamento de sarcomas de partes moles de extremidades (STSs, da sigla em inglês).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o inibidor da proteína BCL-2 venetoclax (Venclexta®, Abbvie) em combinação com obinutuzumabe, para tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC), sem tratamento prévio.1 A aprovação foi baseada no estudo de fase III CLL 14, apresentado no Congresso da Associação Europeia de Hematologistas (EHA) em 2019.
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia identificaram o mecanismo molecular ativado pela presença de tetra-hidrocanabinol (THC) que acelera o crescimento do câncer em pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço positivo para HPV (papilomavírus humano). Os achados foram publicados 13 de janeiro na Clinical Cancer Research e abrem caminho para novas estratégias de tratamento.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu revisão prioritária para a indicação de olaparibe (Lynparza®) em pacientes com câncer de próstata resistente à castração metastático com mutações deletérias na linhagem germinativa ou no reparo da recombinação homóloga (HRR), que progrediram após tratamento prévio com os novos agentes hormonais.
A ASCO publicou em janeiro recomendações para uso de imagem em pacientes com câncer de próstata avançado. O guideline descreve as técnicas disponíveis e fornece diretrizes para subgrupos específicos, incluindo pacientes com suspeita de doença de alto risco, doença metastática não diagnosticada e recém-diagnosticada, casos suspeitos de recorrência após tratamento local e pacientes em progressão durante tratamento sistêmico.
Estudo publicado por Krook et al na Molecular Cancer Therapeutics mostra como a resistência ao tratamento com inibidor do receptor do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR) se desenvolve em pacientes com colangiocarcinoma. Os autores mostram, ainda, que a adição de um inibidor de mTOR às células restaurou sua sensibilidade ao inibidor de FGFR.
Em artigo publicado em janeiro, a NEJM Journal Watch discute um tema que está em alta: a inteligência artificial pode ajudar a resolver discrepâncias entre diagnósticos endoscópicos e patológicos de pólipos colorretais ≤ 3 mm?