Anvisa aprova regulamento para uso medicinal de produtos derivados da Cannabis
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira, 03 de dezembro, o novo regulamento para produtos derivados de Cannabis. A Resolução dispõe sobre os procedimentos para a concessão de autorização sanitária para fabricação e importação desses produtos, e estabelece requisitos para comercialização, prescrição, dispensação, monitoramento e fiscalização.
Especialistas de sociedades médicas envolvidas no tratamento de tumores geniturinários estiveram reunidos no III Simpósio Internacional GU Review, em São Paulo, para votação do I Consenso Brasileiro de Câncer de Pênis. Apesar de ser um tumor raro em países desenvolvidos, a incidência do câncer de pênis aumenta significativamente em países subdesenvolvidos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, representa cerca 2% dos tumores malignos do sexo masculino, sendo mais prevalente nas regiões Norte e Nordeste do País.
A suplementação de ácidos graxos ω-3 marinhos reduz o risco de lesões precursoras de câncer colorretal na população geral dos EUA? Estudo publicado no JAMA Oncology concluiu que a suplementação diária de ácido graxo ω-3 marinho não reduziu o risco de adenomas convencionais ou pólipos serrilhados na população avaliada, que incluiu mais de 25 mil adultos, mas mostrou papel em indivíduos com baixos níveis plasmáticos de ácido graxo ω-3 no baseline e entre afro-americanos. A nutricionista Bruna Moraes (foto), gerente de dados da Unidade Clínica de Terapia Celular do Hospital das Clínicas da FMUSP, comenta o trabalho.
Novas evidências publicadas pela Biblioteca Cochrane fornecem valioso conjunto de informações sobre as diferentes vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) e cronogramas de dose, reforçando o papel da vacina na prevenção de lesões precursoras de câncer, em homens e mulheres.
Vinícius de Lima Vazquez (foto), cirurgião do Hospital do Amor, é autor sênior de estudo que descreve o perfil mutacional do melanoma em uma coorte de pacientes brasileiros. “Nosso estudo fornece as frequências relativas de genes drivers no desenvolvimento do melanoma após terapia-alvo. Estes resultados permitem previsões mais precisas do impacto financeiro dessas opções de tratamento no sistema de saúde brasileiro”, argumentam os autores, em artigo no Journal of Global Oncology.
O antiangiogênico ramucirumabe, um anticorpo monoclonal humanizado antagonista de VEGFR2, não alcançou o endpoint secundário de sobrevida global em pacientes com carcinoma urotelial avançado refratário à platina. Os resultados estão em artigo de Petrylak et al, no Lancet Oncology. O oncologista Eduardo Zucca (foto), do Hospital do Amor, comenta os novos dados do estudo RANGE.
Qual a melhor sequência de tratamento no câncer de próstata metastático resistente a castração (CPRCm) quando se consideram acetato de abiraterona mais prednisona e enzalutamida entre as opções terapêuticas? Estudo de fase II publicado no Lancet Oncology sugere que abiraterona seguida de enzalutamida fornece o maior benefício clínico. Andrey Soares (foto), diretor científico do LACOG-GU, comenta os resultados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação do imuno-oncológico daratumumabe (Dalinvi®, Janssen)1 em combinação com lenalidomida e dexametasona (D-Rd)2 para para pacientes com mieloma múltiplo recém-diagnosticados inelegíveis ao transplante autólogo de medula óssea. A aprovação foi baseada em dados do estudo clínico fase 3 MAIA.
Estudo multicêntrico realizado no Reino Unido com sobreviventes de câncer testicular, linfoma e leucemia, com idade entre 25 e 50 anos, mostra que o tratamento com testosterona nessa população foi associado à diminuição da gordura abdominal e da massa corporal gorda e ao aumento da massa magra. “É um estudo muito interessante que reforça a necessidade de acompanhamento da dosagem dos níveis de testosterona em pacientes tratados para tumor de testículo”, destaca o oncologista Diogo Bastos (foto), presidente do LACOG-GU e médico do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês.
Estudo brasileiro publicado no periódico Lung Cancer trouxe mostrou os resultados de quatro pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) com rearranjo RET refratários à quimioterapia tratados com alectinibe. O oncologista Maurício Fernando Silva Almeida Ribeiro, médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e primeiro autor do estudo, comenta o trabalho.
Estudo randomizado de fase III demonstrou que o tratamento com o inibidor da FLT3 gilteritinib (Xospata, Astellas) resultou em sobrevida significativamente mais longa e em porcentagens mais altas de pacientes com remissão em comparação com a quimioterapia de resgate em pacientes com leucemia mieloide aguda recidivada ou refratária com mutação no FLT3. Os resultados publicados no New England Journal of Medicine embasaram a aprovação do medicamento como monoterapia pela Comissão Europeia. Otávio Baiocchi (foto), professor adjunto da Unifesp e diretor da Unidades de Linfoma e Mieloma Múltiplo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, comenta o trabalho.