Inibidor de PARP rucaparib mostra resultados em pacientes com câncer de pâncreas
Resultados de estudo de fase II reportados 10 de maio no Journal of Clinical Oncology (JCO) por Reiss et al. mostram que rucaparib ajudou a controlar o crescimento do tumor em pacientes com câncer de pâncreas com mutações BRCA ou PALB2. Em seis meses, 59,5% dos pacientes que receberam rucaparib estavam livres de progressão. Em 12 meses, a SLP foi de 54,8% e a taxa de controle da doença alcançou 66,7%.
Rodrigo Cavagna (foto) é primeiro autor de estudo realizado no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor) com o objetivo de avaliar a frequência de mutações KRAS p.Gly12Cys em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) atendidos na instituição. Os resultados foram publicados 6 de maio no JCO Global Oncology.
Qual é o regime de quimioterapia ideal para pacientes idosas vulneráveis com câncer de ovário? Estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que carboplatina como agente único foi menos viável e ativa em comparação com o regime convencional de carboplatina-paclitaxel a cada 3 semanas. “Apesar dos efeitos tóxicos relativamente altos em todos, um regime de doublet convencional (carboplatina e paclitaxel a cada 21 dias) deve ser oferecido a todas as pacientes idosas com câncer de ovário, independentemente da vulnerabilidade”, destaca a publicação. A oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), professora e pesquisadora da UFMG, e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), comenta os resultados.
Pesquisadores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), com participação de Paulo Henrique Peitl Gregório (na foto, à esquerda) e Ricardo Mingarini Terra, foram destaque em sessão oral do 15º encontro anual do International Mesothelioma Interest Group (iMig), realizado online de 7 a 9 de maio. A apresentação do ICESP mostrou que cerca de 78% dos pacientes com mesotelioma atendidos na instituição têm doença avançada ao diagnóstico (EC III/IV) e esperam em média mais de um ano entre a manifestação dos sintomas e o início do tratamento.
Estudo brasileiro genotipou 1.682 indivíduos brasileiros com suspeita de síndrome de risco hereditário de câncer, de todas as regiões do país. Os autores usaram painéis multigênicos NGS adequados para a detecção de variantes patogênicas da linhagem germinativa associadas à suscetibilidade ao câncer. Os resultados foram publicados no periódico medRxiv, em versão preprint (ainda sem revisão por pares), em artigo que tem o cirurgião Jarbas Maciel de Oliveira, coordenador da oncologia do Hospital Memorial Arcoverde e da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE), de Arcoverde, como primeiro autor. João Bosco de Oliveira Filho, coordenador médico do Programa de Medicina de Precisão do Hospital Israelita Albert Einstein, é o autor sênior do trabalho.
Estudo publicado no periódico Vaccine examinou a eficácia da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) em uma amostra nacional de mulheres de 16 a 25 anos que utilizam o sistema público de saúde no Brasil. “Observamos na faixa etária com acesso a vacinação, um percentual de 50% de vacinados, muito parecido com os resultados de um estudo recém-publicado no JAMA Oncology que avalia a vacinação em uma população semelhante nos Estados Unidos, e muito aquém do que se gostaria, que era uma vacinação em torno de 80%”, observa Eliana Wendland (foto), epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e coordenadora do estudo POP-Brasil.
O aplicativo (app) HAprog já está disponível para download gratuito em smartphones nas plataformas IOS* e Android**, como uma nova ferramenta prognóstica para pacientes ambulatoriais com câncer em fase avançada. O app foi desenvolvido por pesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), liderados pelo médico paliativista Carlos Eduardo Paiva (na foto, à esquerda), como produto da tese de doutorado do oncologista Daniel D’Almeida Preto.
Pacientes com carcinoma cervical neuroendócrino de alto grau em estágio inicial geralmente são submetidos à histerectomia radical com linfadenectomia pélvica seguida de radioterapia e/ou quimioterapia adjuvante. Para explorar o papel da cirurgia radical nessa população, estudo publicado no International Journal of Gynecologic Cancer buscou determinar a taxa de envolvimento parametrial e a taxa de envolvimento parametrial sem outras indicações de tratamento adjuvante nessas pacientes. Quem comenta é o cirurgião oncológico Reitan Ribeiro (foto), médico do Hospital Erasto Gaertner e do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP).
Estudo publicado na Cancer Epidemiology avaliou o seguimento das mulheres rastreadas para câncer do colo do útero no Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo. O artigo é fruto da tese de doutorado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) de Caroline Madalena Ribeiro (foto), da Divisão de Detecção Precoce e apoio à Organização de Rede do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A oncologista Aline Lara Gongora (foto), médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, é primeira autora de estudo transversal publicado no JCO Global Oncology (LACOG 0420), que avaliou o impacto da pandemia de COVID-19 em ensaios clínicos em oncologia na América Latina. O oncologista Diogo Bastos é o autor sênior do trabalho.
Estudo liderado pelo oncologista Fabiano de Almeida Costa (na foto, à esquerda), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP-FMUSP), buscou caracterizar a correlação da fusão BRD4-NOTCH3 com características clínicas e determinar a frequência dessa fusão na população oncológica. O trabalho foi publicado no periódico Lung Cancer. O oncologista Gilberto de Castro Jr. é o autor sênior do trabalho.
A oncologista Viviane Teixeira L. de Alencar (foto), formada pelo A. C. Camargo Cancer Center, é primeira autora da revisão sistemática e meta-análise que avaliou o potencial benefício dos inibidores de checkpoint imunológico (ICIs) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com metástases cerebrais sem tratamento local prévio (unBM). Os resultados foram publicados no Journal of Thoracic Oncology, em artigo que tem o oncologista Vladmir Cordeiro de Lima como autor sênior.
O estudo CROSS estabeleceu a quimiorradioterapia neoadjuvante para câncer de esôfago seguida de cirurgia como padrão-ouro de tratamento para pacientes com câncer de esôfago ou de junção gastroesofágica localmente avançado ressecável. No entanto, existiam dúvidas sobre os resultados a longo prazo. “Essa análise publicada no Journal of Clinical Oncology1 demonstrou os resultados do acompanhamento de 10 anos dos pacientes do estudo CROSS publicado em 2012 no NEJM2 e confirmou o benefício da abordagem”, afirma o cirurgião oncológico Daniel Fernandes (foto), diretor da Unidade II do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O oncologista Gustavo Gössling (foto), fellow do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da UFRGS, é primeiro autor de estudo publicado no periódico The Oncologist que buscou identificar características clínico-patológicas e moleculares associadas à sobrevida livre de progressão e sobrevida global após metastasectomia pulmonar para câncer colorretal metastático em uma coorte retrospectiva brasileira.
O oncologista Rafael José Vargas Alves (foto), médico do Hospital Santa Rita (Porto Alegre/RS) e professor do curso de Medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), é o primeiro autor de estudo publicado no International Journal of Technology Assessment in Health Care que estimou o custo do tratamento do câncer de próstata metastático (CPM) pela metodologia Custeio Baseado em Atividade e Tempo (do inglês, time-driven activity-based costing - TDABC) na perspectiva de um hospital filantrópico do Sistema Único de Saúde (SUS).
As taxas de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) são monitoradas para adolescentes de 13 a 17 anos. No entanto, pouco se sabe sobre as taxas de vacinação em jovens adultos. Usando dados do National Health Interview Surveys de 2010-2018, pesquisadores da Michigan Medicine demonstraram que apenas 16% dos homens e 42% das mulheres entre 18 a 21 anos receberam pelo menos uma dose da vacina contra o HPV em qualquer idade. Os resultados foram publicados no Jama Network.