Atlas do transcriptoma mapeia 17 principais tipos de câncer
Mathias Uhlén, professor de microbiologia do Royal Institute of Technology da Suécia, é o primeiro autor de um novo atlas que mapeou o transcriptoma genômico dos 17 principais tipos de câncer (A pathology atlas of the human cancer transcriptome). O estudo foi publicado em acesso aberto na revista Science1 e é apontado como um novo marco na oncologia de precisão. Quem analisa é o oncologista André Murad (foto), professor adjunto e Coordenador da Disciplina de Oncologia da UFMG e Diretor Clínico da Personal - Oncologia de Precisão e Personalizada e do Laboratório Personal de Genética Molecular.
O Grupo de Trabalho da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica assina as diretrizes brasileiras de manejo de toxicidades associadas ao uso de inibidores de checkpoint, em artigo publicado no Brazilian Journal of Oncology. “O perfil de toxicidades dos novos agentes imunoterápicos difere consideravelmente daquele observado com quimioterapia citotóxica ou mesmo terapia-alvo”, explica o oncologista Rodrigo Munhoz (foto), que participou da elaboração do trabalho.
O estudo CHECKMATE-214, que avalia nivolumabe em combinação com ipilimumabe versus sunitinibe no carcinoma de células renais avançado ou metastático, cumpriu um dos objetivos primários. A combinação alcançou taxa de resposta objetiva (ORR) superior, de 41,6% versus 26,5% para sunitinibe. A mediana de duração da resposta não foi alcançada para a combinação e foi de 18,17 meses para sunitinibe.
Artigo publicado na edição de agosto do Annals of Oncology traz os resultados do estudo OPTION, mostrando que a administração de um agonista do hormônio liberador de gonadotropina durante a quimioterapia reduziu o risco de falência ovariana em pacientes com câncer de mama precoce.
No AURELIA, estudo randomizado, aberto, de fase III, a adição de bevacizumabe à quimioterapia para câncer de ovário resistente à platina melhorou significativamente a sobrevida e a taxa de resposta sem progressão versus quimioterapia isoladamente, mas não aumentou a sobrevida global (SG). Estudo publicado em agosto no Annals of Oncology (vol.28, nº 8) explorou o efeito do uso de bevacizumabe após progressão da doença em pacientes randomizadas para quimioterapia e mostrou impacto na sobrevida global.
Uma atualização da ASCO esclarece o papel da imunoterapia no tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado e fornece novas recomendações sobre o uso de terapias-alvo em pacientes com alterações nos genes EGFR, ALK e ROS1. O oncologista Mauro Zukin, (foto), Diretor Técnico do Americas Centro de Oncologia Integrado e vice-presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), destacou a importância da atualização. “A revisão do guideline da ASCO para câncer de pulmão não pequenas células chega em boa hora, clareando um cenário que vem mudando rapidamente em período recente”, observa.
A edição de agosto do Annals of Oncology traz as recomendações da ESMO para diagnóstico, manejo e seguimento de toxicidades relacionadas à imunoterapia1. A tendência aponta para um número crescente de pacientes expostos a esses tratamentos, o que evidencia a importância clínica de conhecer e manejar as toxicidades imuno-relacionadas.
Pesquisa internacional liderada pela Universidade da Carolina do Norte pode melhorar a detecção do melanoma amelanótico, hoje diagnosticado em estágios avançados. Os resultados foram publicados no JAMA Dermatology e descrevem características-chave ligadas ao melanoma amelanótico, inclusive variantes do gene MC1R.
Um novo agente experimental, uma molécula chamada ERX-11, foi capaz de bloquear o crescimento de tumores de mama com expressão positiva de receptores de estrogênio (ER+), tanto entre tumores hormônio-sensíveis quanto em células tumorais resistentes, que progrediram ao tratamento inicial com inibidores de aromatase ou terapia anti-estrogênica. Os resultados são de estudos pré-clínicos e foram publicados dia 8 de agosto no eLIFE.
O trastuzumabe foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento em primeira linha do câncer de mama HER2-positivo metastático. O anticorpo monoclonal estava disponível desde 2013 apenas para pacientes câncer de mama HER2-positivo inicial e estádio III em associação a outro quimioterápico ou em monoterapia. A decisão foi divulgada pelo Ministério da Saúde na quinta-feira, 03 de agosto, e publicada através da Portaria n° 29 no Diário Oficial da União. O prazo para disponibilização da tecnologia é de até 180 dias. O oncologista Carlos Barrios (foto), diretor executivo do LACOG e do Hospital do Câncer Mãe de Deus, comenta a decisão.