Laparoscopia de estadiamento no câncer de pâncreas
Estudo publicado no Journal of the American College of Surgeons revela que a realização de um pequeno procedimento cirúrgico em pacientes recém-diagnosticados com câncer de pâncreas ajuda a identificar a disseminação precoce e a determinar o estágio da doença. “Este é um estudo com grande casuística que corrobora resultados anteriores sobre o papel da laparoscopia de estadiamento no câncer de pâncreas, principalmente em pacientes que serão submetidos a quimioterapia neoadjuvante", afirma o cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), líder do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo Cancer Center.
Diante da escassez de dados sobre o fim da vida de pacientes com câncer de próstata, Banner et al. reportam resultados de estudo que avaliou os padrões de prescrição de medicamentos e hospitalizações durante o último ano de vida, em artigo publicado online na Prostate Cancer and Prostatic Diseases.
Aproximadamente 20% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) recebem diagnóstico de doença em estágio III e não há consenso atual sobre o tratamento mais adequado para esses pacientes. Estudo de Provencio et al publicado na New England Journal of Medicine (NEJM) mostra que o tratamento perioperatório com o anti PD-1 nivolumabe adicionado à quimioterapia resultou em uma porcentagem maior de pacientes com resposta patológica completa e sobrevida mais longa do que a quimioterapia isolada. O oncologista William Nassib William Jr. (foto) comenta os resultados.
Estudo multicêntrico de braço único realizado em cinco centros acadêmicos na Espanha reportou em publicação online no Lancet Oncology resultados de uma terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) que pode aumentar a disponibilidade desses tratamentos em todo o mundo. “Nosso objetivo foi avaliar a segurança e a atividade do ARI0002h, uma terapia CAR T direcionada ao BCMA desenvolvida pela academia, em pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário fortemente tratados”, descrevem os autores.
Isatuximabe (Isa) é um anticorpo monoclonal anti-CD38 aprovado a partir de dados de eficácia e segurança dos estudos internacionais ICARIA-MM e IKEMA em pacientes com mieloma múltiplo (MM) recidivado/refratário de alto risco. Agora, análise de subgrupo desses estudos apresentada no EHA 2023 mostrou resultados de isatuximabe em pacientes com citogenética de risco ultra-alto estendido (EHR).
A policitemia vera (PV) é uma neoplasia mieloproliferativa clonal caracterizada por eritrocitose descontrolada, sintomas sistêmicos e risco aumentado de complicações tromboembólicas (TE) e cardiovasculares (CV). Na EHA 2023, os pesquisadores apresentaram a segunda etapa do estudo REVIVE, avaliando rusfertida, um mimético de hepcidina de primeira classe, sobre o controle da eritrocitose em pacientes com PV.
A qualidade de vida (QoL) e a recuperação funcional (FR) dos pacientes idosos podem ser restauradas após uma grande cirurgia oncológica? Quais são os fatores de risco para falhar nesses indicadores tão relevantes? Estudo multicêntrico internacional que avaliou pacientes geriátricos submetidos à cirurgia colorretal reportou resultados em publicação online no Journal of Clinical Oncology (JCO), demonstrando que a maioria dos pacientes idosos apresenta boa qualidade de vida e permanece independente após a cirurgia de câncer colorretal.
Estudo publicado na Nature traz dados do Human Breast Cell Atlas, o maior e mais abrangente atlas de tecido mamário normal do mundo, que pode fornecer uma compreensão sem precedentes da biologia mamária e ajudar a identificar alvos terapêuticos para doenças como o câncer de mama.
A estratégia do ‘Watch-and-wait’ deve continuar como o padrão de tratamento na leucemia linfocítica crônica (LLC) em pacientes com doença inicial, como demonstrou estudo apresentado no congresso da European Hematology Association 2023 realizado em Frankfurt, Alemanha. A análise final do estudo CLL12 de fase 3, duplo-cego, controlado por placebo (Abstract 200) não mostrou benefício de ibrutinibe versus placebo em pacientes com LLC inicial, assintomáticos e virgens de tratamento.
Em 2018, a Sociedade Europeia de Oncologia Ginecológica (ESGO), juntamente com a Sociedade Europeia de Radioterapia e Oncologia (ESTRO) e a Sociedade Europeia de Patologia (ESP), publicaram diretrizes baseadas em evidências para o manejo de pacientes com câncer cervical. Diante do grande número de novas evidências abordando o manejo do câncer do colo do útero, as três sociedades decidiram atualizar essas diretrizes, abrangendo questões relevantes sobre diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto) comenta as diretrizes atualizadas, que foram publicadas no International Journal of Gynecologic Cancer.
Mais de 300 mil pacientes são diagnosticados com câncer de mama anualmente, com um terço deles estimado como elegível para teste de deficiência de recombinação homóloga (HRD)/BRCA seguindo as diretrizes da National Comprehensive Cancer Network (NCCN). No entanto, artigo de Mendenhall et al. no JCO Oncology Practice alerta que apenas 35% dos pacientes elegíveis são encaminhados para aconselhamento genético e propõe caminhos para avançar na implementação das diretrizes de conduta.