Biopsias do linfonodo sentinela devem ser evitadas no carcinoma lobular invasivo inicial em pacientes acima de 70 anos
Artigo de Goldhaber et al. no Annals of Surgical Oncology discute uma controvérsia ainda presente no tratamento do câncer de mama em mulheres com mais de 70 anos de idade, com resultados que alertam os cirurgiões para a importância de limitar o uso rotineiro da biópsia de linfonodo sentinela nessas pacientes com carcinoma lobular invasivo com tumores T1.
Estudo publicado online no Annals of Surgical Oncology por Vega et al. da Universidade de Boston não encontrou diferença na taxa de sobrevida global de pacientes com câncer de vesícula biliar com base no volume hepático abordado, desde que o câncer seja completamente removido.
O estudo de Fase 2 NCI Protocol 10250 mostrou benefício clínico significativo da combinação de olaparibe e temozolomida em pacientes com leiomiossarcoma uterino avançado e pré-tratado. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).
Os médicos brasileiros Felipe Roitberg (na foto, à direita) e Fabio Moraes são coautores de artigo publicado no Lancet Oncology que levanta questões centrais sobre o tratamento do câncer e os rumos da pesquisa e desenvolvimento. “A oncologia precisa de uma abordagem recalibrada que seja mais centrada no paciente e priorize o tratamento equitativo do câncer. Uma abordagem que priorize as necessidades dos pacientes com tratamentos que melhorem a sobrevida e a qualidade de vida, promova a tomada de decisões informadas e garanta que esses tratamentos sejam acessíveis a todos os pacientes”, defende a publicação.
Em pacientes com câncer de endométrio avançado ou recorrente com TP53 do tipo selvagem, a adição da terapia de manutenção com selinexor após terapia sistêmica pode prolongar a sobrevida livre de progressão (SLP), como apontam os resultados da análise de subgrupo do estudo de fase 3 SIENDO, destaque da ASCO Plenary Series. A oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto) comenta os resultados.
Estudo de Hall et al. buscou validar prospectivamente a correlação entre o grau de regressão tumoral por ressonância magnética (MR-TRG), um sistema de graduação de regressão existente, mas raramente usado, e o valor preditivo de resposta à terapia neoadjuvante total (TNT) no câncer retal. Publicado online no Journal of Clinical Oncology (JCO), o trabalho mostra que o escore MR-TRG foi capaz de medir objetivamente a magnitude da regressão durante o TNT. O médico radiologista Rubens Chojniak (foto) comenta os resultados.
Duas abordagens de teste baseadas no vírus Epstein-Barr (EBV) mostraram-se promissoras na detecção precoce do carcinoma nasofaríngeo (NPC), mas nenhuma foi validada, nem houve comparação entre o desempenho dos métodos. Estudo de Lou et al. publicado online no Journal of Clinical Oncology (JCO) buscou comparar o desempenho diagnóstico das duas abordagens em uma população independente.
Estudo de revisão publicado na Nature Reviews Clinical Oncology por Lustberg et al. mostra que os eventos tardios ou de longo prazo associados à quimioterapia e a outros tratamentos contra o câncer ainda representam uma grande carga para os pacientes, não apenas com efeito direto na qualidade de vida, mas também com potencial de comprometer a intensidade e a continuação do tratamento, afetando até mesmo o risco de recorrência do câncer.
A Food and Drug Administration (FDA) aprovou quizartinib (Vanflyta, Daiichi Sankyo, Inc.) com indução padrão de citarabina e antraciclina e consolidação de citarabina, e como monoterapia de manutenção após quimioterapia de consolidação, para o tratamento de pacientes adultos com diagnóstico recente de leucemia mieloide aguda (LMA) com duplicação interna em tandem no gene FLT3 positiva, conforme detectado por um teste aprovado pela FDA (LeukoStrat CDx FLT3 Mutation Assay). A aprovação é baseada nos resultados do estudo QuANTUM-First.
Apesar do efeito positivo na qualidade de vida e sobrevida, poucos centros de câncer envolvem seus pacientes em tratamentos baseados em evidência para combater o uso do tabaco. Estudo de Jenssen et al. publicado online no Journal of Clinical Oncology mostra que estratégias direcionadas podem aumentar a adesão ao tratamento contra o uso de tabaco (TUT) na oncologia.
Mulheres diagnosticadas e tratadas para câncer de mama aumentaram o envelhecimento biológico em comparação com mulheres sem câncer de mama, como indica estudo realizado por pesquisadores do National Institutes of Health (NIH) e colaboradores. A associação com o envelhecimento biológico mais rápido foi mais pronunciada para mulheres que receberam radioterapia para o câncer de mama, enquanto a cirurgia não mostrou associação com o envelhecimento biológico.