Resultados promissores de ensaio não invasivo de metilação do DNA para detecção precoce de múltiplos tumores gastrointestinais
Um novo ensaio de metilação de DNA fecal com múltiplos alvos detectou e identificou com precisão o tecido de origem de diversos tumores gastrointestinais. “As fezes são uma amostra promissora para a detecção de câncer GI porque contém as células esfoliadas do hospedeiro e DNA livre de circulação derivado de células cancerígenas do trato gastrointestinal”, esclarece Li-Yue Sun, médico do Guangdong Second Provincial General Hospital e principal autor do estudo. O trabalho foi selecionado para apresentação no ASCO Breakthrough 2023.
Estudo randomizado de fase 3 (PRIME) demonstrou o benefício do tratamento de manutenção com niraparibe na sobrevida livre de progressão (SLP) versus placebo na população com intenção de tratar (ITT) de pacientes com câncer de ovário avançado, em mulheres recém-diagnosticadas que responderam ao tratamento com quimioterapia de primeira linha à base de platina, independentemente da doença residual pós-operatória ou do status do biomarcador. Os resultados foram publicados por Li et al. no Jama Oncology.
O patologista Fernando Soares (foto) é coautor de estudo publicado online na Lung Cancer, com resultados que reforçam a importância de testes moleculares para informar as decisões clínicas no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com mutação KRAS G12C.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a nova edição das listas de Medicamentos Essenciais, com o objetivo de atualizar a incorporação de medicamentos importantes e facilitar o acesso a agentes inovadores com claros benefícios clínicos. Dois novos tratamentos contra o câncer foram adicionados: doxorrubicina lipossomal peguilhada, para o sarcoma de Kaposi, e pegfilgrastim para estimular a produção de glóbulos brancos e reduzir o efeito tóxico de alguns medicamentos contra o câncer na medula óssea.
Análise agrupada que buscou validar o ganho de sobrevida com a adição de inibidores de ciclinas CDK4/6 em pacientes idosas com câncer de mama avançado receptor hormonal (RH+) mostrou benefício significativo dos inibidores de ciclinas nessa população de pacientes, reduzindo em 21% o risco de mortalidade. Os resultados foram reportados por Petrelli et al. em artigo no The Breast.
A perda do cromossomo Y é observada em vários tipos de câncer. Estudo de Theodorescu e colegas publicado na Nature descreve implicações biológicas da perda do cromossomo Y, revelando como se correlaciona com o prognóstico de pacientes com câncer de bexiga.
Há uma necessidade de biomarcadores para identificar com mais precisão pacientes sensíveis à terapia anti-EGFR. Estudo de Chowdhury et al. publicado online no JCO Precision Oncology aponta a importância do perfil de transcrição e dos subtipos moleculares de consenso (CMS), demonstrando que o subtipo CMS 2 (canônico) respondeu à terapia anti-EGFR, independentemente da localização do tumor primário.
Na prática clínica, existe atualmente uma variedade de nomogramas para prever metástases linfonodais (LNM) do câncer de próstata. Ao mesmo tempo, alguns estudiosos introduziram o aprendizado de máquina (machine learning - ML) na previsão de LNM do câncer de próstata. Revisão sistemática e meta-análise que buscou explorar o valor preditivo de vários nomogramas e modelos de ML recém-desenvolvidos para LNM em pacientes com câncer de próstata foi publicada por Wang et al. na Prostate Cancer and Prostatic Disease. “Esta publicação evidencia a contínua evolução das ferramentas preditivas na oncologia”, avalia Luiza Aleixo (foto), oncologista do HB Onco, em São José do Rio Preto (SP).
Em análise primária do estudo de Fase 2 em andamento DESTINY-PanTumor02, o conjugado de anticorpo-medicamento (ADC) trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/Astrazeneca) demonstrou resultados clinicamente significativos de sobrevida livre de progressão e sobrevida global, dois endpoints secundários do estudo, em pacientes com múltiplos tumores sólidos avançados, previamente tratados, que expressam HER2. A informação foi divulgada em comunicado da farmacêutica Astrazeneca.
A cearense Ana Cleire Marques Diógenes, de 61 anos, é a primeira paciente a completar a terapia de células T com receptor de antígeno quimérico (CAR T) como parte do protocolo de pesquisa do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em estudo que tem como investigador principal o oncohematologista Nelson Hamerschlak (foto). “Ela alcançou remissão completa”, comemora Hamerschlak, que até meados de 2024 pretende incluir nesta primeira fase do estudo um total de10 pacientes. “Por ser um estudo de Fase I, a ênfase é na análise de segurança”, explica.
Em editorial1 no Journal of Clinical Oncology (JCO), Siefker-Radtke et al. analisam combinações, sequenciamento e a contribuição de componentes como novos padrões de tratamento de primeira linha no carcinoma urotelial metastático. “Enfortumabe vedotina (EV) com pembrolizumabe juntou-se agora à gemcitabina, carboplatina mais avelumabe de manutenção como padrão de linha de frente para pacientes com carcinoma urotelial metastático cirurgicamente irressecável e inelegíveis para cisplatina”, descrevem.