O seu paciente de câncer hesita em tomar vacinas?
Populações vulneráveis, como as que sofrem de câncer, são suscetíveis ao aumento da morbidade e mortalidade por doenças que podem ser prevenidas através da vacinação, mas a hesitação em relação às vacinas tornou-se predominante na sociedade. A afirmação é de pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, que buscaram determinar a percepção do paciente sobre a eficácia e segurança da vacina e as fontes de informação que influenciam as decisões.
Qual o risco de doenças cardiovasculares e, especificamente, de doença cardíaca isquêmica (DCI) em pacientes com câncer de mama tratadas com reforço de dose de radioterapia? Estudo holandês mostra que a ocorrência de DCI reflete clara interação entre boost de dose e idade, com aumento significativo no risco de DIC em pacientes com menos de 40 anos, resultados que podem ajudar na estratificação e monitoramento de riscos. O radio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto) comenta os resultados.
Análise atualizada do estudo de fase 3 HIMALAYA mostrou benefício sustentado de sobrevida global do tratamento com tremelimumabe mais durvalumabe (regime STRIDE) em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável. “As taxas de sobrevida global em quatro anos foram de 25,2% com STRIDE versus 15,1% com sorafenibe”, destacaram os autores. Os resultados foram publicados no Annals of Oncology e representam o acompanhamento mais longo até o momento em estudos de fase 3 no carcinoma hepatocelular irressecável.
Os resultados iniciais do estudo POUT já haviam mudado a prática no câncer urotelial músculo-invasivo do trato urinário superior (ureter e pelve renal) não metastático após nefroureterectomia, com base no benefício de sobrevida livre de doença. Agora, a análise final com resultados de sobrevida global acrescenta suporte adicional ao valor da quimioterapia sistêmica adjuvante com gemcitabina e platina após nefroureterectomia nesse cenário da doença. O oncologista Carlos Dzik (foto), líder nacional da área de Tumores Geniturinários do Grupo DASA, comenta o estudo.
Estudo que avaliou a associação entre a modificação do tratamento primário e a tolerabilidade em idosos com câncer avançado mostrou que a modificação do tratamento foi associada à melhora da tolerabilidade dos regimes quimioterápicos, achado que pode contribuir para otimizar a dosagem do tratamento do câncer nessa população de pacientes. “Instrumentos para nos ajudar a encontrar o equilíbrio ideal são muito bem-vindos para guiar as decisões terapêuticas”, diz o oncologista Ricardo Caponero (foto), que comenta os resultados.
Pesquisadores do departamento de urologia da Universidade de Iowa revisaram o manejo da hidronefrose associada ao câncer de ovário para identificar o manejo ideal, preditores de resolução e o papel da cirurgia ovariana na hidronefrose. Os resultados estão em artigo de Faidley et al. na Urology.
Estudo multicêntrico que analisou a detecção do câncer de próstata (CaP) clinicamente significativo por meio de uma abordagem transperineal (TP-TBx) comparou o uso de técnicas cognitivas (PrecisionPoint) versus técnicas de fusão de software. Os resultados mostram que ambas demonstraram resultados semelhantes na detecção do CaP clinicamente significativo, mas o custo, a necessidade de tempo adicional e os resultados semelhantes das plataformas de fusão por software conferem maior valor ao TP-TBx cognitivo.
Aproximadamente 30% dos pacientes com câncer de mama em estágio inicial apresentaram alteração na expressão de HER2 após tratamento neoadjuvante. Os resultados são de estudo de Paolo Tarantino (foto) e colegas publicado no European Journal of Cancer.
Pacientes com câncer metastático tiveram maiores taxas de hospitalização (59% vs. 49%) e maior mortalidade em 30 dias (18% vs. 9%) após o diagnóstico de COVID-19, comparados a pacientes com câncer sem disseminação metastática. Os dados são baseados no COVID-19 and Cancer Consortium (CCC19) e mostram que pacientes com metástases pulmonares apresentaram a maior taxa de mortalidade em 30 dias após COVID-19.
Estudo publicado no periódico Cancer Research buscou avaliar a interação entre a capacidade de metabolização dos carcinógenos do tabaco e a intensidade do tabagismo na mediação da suscetibilidade genética à tumorigênese pulmonar relacionada ao tabagismo.
Estudo de base populacional relatado no Lancet Healthy Longevity comparou o risco de fratura óssea e fraturas osteoporóticas graves em sobreviventes dos 20 tipos de câncer mais comuns. Os resultados mostram que o risco de qualquer fratura óssea aumentou em 15 dos 20 tipos de câncer avaliados, enquanto o risco de grandes fraturas osteoporóticas aumentou em 17 dos 20 tipos de câncer, achados que podem contribuir para informar estratégias de prevenção e redução de danos.