Disparidades étnicas e raciais no câncer de mama triplo negativo
Pesquisadores da Duke University avaliaram a resposta patológica completa (pCR) à quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de mama triplo negativo, de acordo com raça/etnia, assim como a sobrevida global (SG). Os resultados sugerem que a probabilidade de alcançar pCR e SG em pacientes com TNBC parece estar associada à raça/etnia.
Dados do primeiro estudo avaliando a associação genômica ampla para câncer colorretal de início precoce, diagnosticado <50 anos de idade, mostram novos loci de risco e genes de suscetibilidade, além de novas evidências associadas a fatores metabólicos e ao sistema imune.
Carolina Alves Costa Silva (foto), oncologista e doutoranda no Gustave Roussy, é primeira autora de estudo publicado na Nature Communications que demonstrou o valor prognóstico de biomarcadores de metagenômica e metabolômica combinados em pacientes com melanoma estágio IIIB/C submetidos a tratamento adjuvante com células dendríticas naturais autólogas no estudo MIND-DC.
Para pacientes com câncer de bexiga não-músculo invasivo de alto risco, o uso de 12 instilações do bacilo Calmette-Guérin (BCG) foi uma alternativa viável à indução padrão com 3 anos de terapia de manutenção, o que pode fornecer uma opção de tratamento alternativa em cenários de escassez do tratamento. É o que demonstra estudo de pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center publicado no JAMA Oncology.
Análise que incluiu 92 mil adultos da coorte francesa NutriNet-Santé reforçou a associação entre o consumo de certos emulsificantes e um risco aumentado de determinados tipos de câncer, particularmente câncer de mama e próstata. O trabalho foi publicado na PLOS Medicine.
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas ressecável, tislelizumabe neoadjuvante mais quimioterapia seguido de cirurgia e tislelizumabe adjuvante demonstrou benefício significativo na sobrevida livre de eventos em comparação com placebo neoadjuvante mais quimio seguido de cirurgia e placebo adjuvante. Os resultados são do estudo de Fase 3 RATIONALE-315, apresentado no ESMO Virtual Plenary e publicado no Annals of Oncology.
As necessidades de determinantes sociais da saúde são preditores independentes de problemas de saúde física e mental relatados por pacientes cirúrgicos. É o que aponta análise retrospectiva de Malapati e colegas que incluiu mais de 8 mil pacientes submetidos à cirurgia. Os resultados foram publicados no Annals of Surgery.
Nos últimos anos, a teranóstica ampliou as opções terapêuticas disponíveis para pacientes com câncer de próstata. Revisão de Bauckneht et al. publicada na Cancer Treatments Reviews explora este campo dinâmico e seu potencial para revolucionar a medicina de precisão no câncer de próstata.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no Brasil o uso do radioligante lutécio-177 vipivotida tetraxetana (Lu-177) para o tratamento do câncer de próstata metastático resistente a castração. Lu-177 (Pluvicto®, Novartis) é indicado para pacientes com expressão de antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) previamente tratados com inibição da via do receptor de andrógeno (AR) e quimioterapia baseada em taxano, reduzindo o risco de morte em 38% e o risco de progressão radiográfica ou morte em 60% na comparação com o padrão de cuidado.
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação de EGFR após terapia com TKI EGFR e quimioterapia à base de platina, o tratamento com o conjugado de anticorpo-medicamento patritumab deruxtecana (HER3-DXd) foi associado a uma sobrevida global clinicamente significativa. É o que sugerem os resultados de análise publicada no Annals of Oncology.
A quimioterapia neoadjuvante com linfadenectomia em pacientes com carcinoma espinocelular de pênis localmente avançado é bem tolerada e ativa para reduzir a carga da doença e melhorar os resultados de sobrevida a longo prazo. É o que demonstra estudo de mendo real, internacional e multi-institucional publicado no Journal of National Cancer Institute (JNCI). Marcos Tobias-Machado (foto), urologista do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo, em São Paulo, é coautor do trabalho.