Pesquisa investiga ensaios clínicos de CAR T em tumores sólidos
O hematologista Marco Aurelio Salvino (foto), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é coautor de estudo multicêntrico internacional que realizou um levantamento sobre a quantidade, tipos de tumores e fases de estudo de ensaios clínicos relacionados a terapias com células CAR-T em tumores sólidos registrados na plataforma ClinicalTrial.Gov. O trabalho foi selecionado para apresentação em pôster no European CAR T-cell Meeting.
A queimação na boca, também conhecida como disestesia oral, é uma condição subnotificada entre pacientes com câncer, que pode representar um sintoma precoce da doença ou mesmo um efeito adverso do tratamento. Em revisão sistemática de Ana Gabriela Normando (foto), Alan Roger Santos-Silva e Joel B. Epstein, a prevalência de disestesia oral foi de 13,6% em pacientes que apresentaram eventos adversos orais induzidos por quimioterapia.
Estudo de Li et al. fornece o primeiro mapeamento imune de pacientes com hepatocarcinoma associado a esteatose hepática não alcoólica (HCC-EHNA), com achados que indicam um alvo potencialmente acionável nessa população de pacientes. “Nosso trabalho oferece pela primeira vez um roteiro que integra informações espaciais, fenotípicas e funcionais do microambiente imune do HCC-EHNA e destaca mecanismos potenciais que causam o fracasso da terapia com inibidores de checkpoint imune nesses pacientes”. O oncologista Duílio Reis da Rocha Filho (foto) comenta os resultados.
Resultados de estudo qualitativo publicado no JAMA Dermatology sugerem que apesar do excelente prognóstico, os sobreviventes de melanoma localizado apresentam altas taxas de medo da recorrência do câncer e expressam intensas experiências negativas de sobrevida que podem afetar o bem-estar psicológico.
Alguns pacientes com câncer internados em cuidados paliativos têm sobrevida relativamente longa de 1 ano ou mais. Neste estudo caso-controle, Ferraz-Gonçalves e colegas buscaram identificar fatores associados à sobrevida prolongada de pacientes admitidos em um serviço de cuidados paliativos de um hospital oncológico público, onde são atendidos cerca de 10 mil novos casos a cada ano. O oncologista Auro del Giglio (foto), titular de Hematologia e Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC, comenta os resultados.
Estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI) investigou a associação entre a qualidade da dieta, risco e sobrevida do câncer de ovário em uma grande coorte prospectiva.
A policitemia vera é uma neoplasia mieloproliferativa crônica caracterizada por eritrocitose. Estudo de Kremyanskaya et al. relatado na New England Journal of Medicine mostrou resultados de rusfertide, um peptídeo injetável que mimetiza o principal hormônio regulador do ferro, a hepcidina, e demonstrou resultados encorajadores no controle da eritrocitose em pacientes com policitemia vera dependente de flebotomia.
A U.S. Food and Drug Administration (FDA) concedeu revisão prioritária ao pedido de licença biológica suplementar (sBLA) para o anticorpo biespecífico epcoritamabe (EPKINLY®, Abbvie/Genmab) para adultos com linfoma folicular (FL) recidivante ou refratário (R/R) após duas ou mais linhas de tratamento. O sBLA é baseado nos resultados do ensaio clínico Fase 1/2 EPCORE™ NHL-1.
Estudo de Alaimo et al. buscou determinar o impacto do downstaging promovido pela terapia neoadjuvante na sobrevida global de pacientes com colangiocarcinoma intra-hepático (CCI), de acordo com o estadiamento. Os resultados mostram que a terapia neoadjuvante deve ser considerada em pacientes com CCI com doença T avançada e/ou metástases nodais. “Este artigo representa um marco importante na literatura sobre cirurgia hepática e deve ser um ponto de referência para médicos oncologistas e cirurgiões envolvidos no tratamento de tumores do fígado”, diz o médico Felipe José Fernández Coimbra (foto), que analisa os principais achados.
Estudo que analisou a maior corte populacional envolvendo indivíduos com subfertilidade revelou que padrões distintos de câncer familial foram observados nas coortes de azoospermia e oligozoospermia grave, sugerindo heterogeneidade no risco de câncer familial, com implicações importantes para melhorar a avaliação do risco e o aconselhamento dos pacientes.
Olaparibe mostrou atividade antitumoral em pacientes com câncer de pâncreas avançado com mutações BRCA1/2, como indicam resultados do ensaio de fase 2 TAPUR publicados online no JCO Precision Oncolgy. “Certamente, o estudo atual contribuiu com uma nova modalidade terapêutica para o câncer de pâncreas”, analisa o oncogeneticista José Claudio Casali da Rocha (foto), que comenta os resultados.