Apresentação dos sintomas e tempo para o diagnóstico de câncer
Estudo que analisou o tempo até o diagnóstico de 10 tipos de câncer sólidos apontou o encaminhamento mais curto em uma experiência europeia e seu impacto nos desfechos, indicando que a via de emergência hospitalar resultou em diagnósticos mais rápidos comparada ao encaminhamento pela atenção primária.
A triagem precoce das mutações nos genes de reparo de recombinação homóloga (HRR), especialmente BRCA1/2, é fundamental para melhorar o prognóstico do paciente com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC), possibilitando tratamento direcionado e melhor prognóstico. É o que mostra estudo de Olmos et al, que corrobora a base de evidências e amplia a compreensão sobre alterações de HRR e os resultados no tratamento do mCPRC. “Fica a forte recomendação para que a testagem se universalize e se torne mais acessível”, destaca o oncologista e oncogeneticista Bernardo Garicochea (foto), que comenta o trabalho.
A ressecção cirúrgica é a pedra angular do tratamento curativo no câncer gástrico, mas a abordagem ideal permanece obscura. Revisão sistemática de Naqvi et al. publicada no Journal of Surgery Oncology mostra que evidências de baixo valor ainda dificultam o consenso sobre o manejo cirúrgico ideal. “Esta é a primeira revisão a avaliar os principais resultados de ensaios cirúrgicos no câncer gástrico, fornecendo um panorama abrangente dos últimos 25 anos”, destacam os autores. O médico Felipe José Fernández Coimbra (foto) analisa os principais achados.
As trajetórias dos escores de síndrome metabólica estão associadas à ocorrência de câncer, especialmente câncer de mama, endométrio, rim, colorretal e fígado. “Nossos resultados enfatizam a importância do monitoramento e avaliação em longo prazo da síndrome metabólica”, ressaltam os pesquisadores do estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society.
Venetoclax em monoterapia demonstrou respostas profundas e duradouras em pacientes com leucemia linfocítica crônica recidivante ou refratária, incluindo pacientes pré-tratados com com inibidor de quinase associado ao receptor de células B (BCRi). Os resultados são do estudo de Fase 3b VENICE-1, publicado no Lancet Oncology. O hematologista brasileiro Alan Skarbnik (foto), diretor do Programa de Doenças Linfoproliferativas do Novant Health Cancer Institute, em Charlotte, Estados Unidos, é coautor do trabalho.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu aprovação acelerada ao inibidor de BTK zanubrutinibe (Brukinsa®, Beigene) em combinação com o anticorpo monoclonal anti-CD20 obinutuzumabe para pacientes com linfoma folicular recidivado ou refratário após duas ou mais linhas de terapia sistêmica. A decisão foi anunciada 7 de março com base nos resultados do estudo BGB-3111-212 (NCT03332017).
O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer os testes moleculares para detecção de HPV oncogênico no rastreamento do câncer do colo do útero. A decisão foi publicada 7 de março no Diário Oficial da União. “Agora temos uma ferramenta oferecida a toda a população através do SUS para a melhor prevenção secundária do câncer do colo do útero, diz Luísa Lina Villa (foto), chefe do laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP, que comenta a incorporação.
Um composto natural encontrado no gengibre amargo (Zingiber zerumbet), a zerumbona apresenta propriedades antiproliferativas, antioxidantes, antiinflamatórias, analgésicas, antimicrobianas e antiespasmódicas. Estudo piloto realizado por pesquisadores brasileiros apresentou resultados promissores da zerumbona na melhoria da qualidade de vida e no controle dos sintomas em pacientes com câncer sem opções de tratamento. O trabalho tem como primeira autora a oncologista Larissa Vieira de Queiroz (foto) e como autor sênior o oncologista Auro Del Giglio, professor da Faculdade de Medicina do ABC.
O impacto da exposição ao tabaco na saúde varia de acordo com a raça e a etnia e está intimamente ligado à dose interna de nicotina, um marcador da absorção de agentes cancerígenos. Estudo que analisou como a metilação do DNA responde ao tabagismo em seis grupos raciais e étnicos em três coortes prospectivas traz novos insights para explicar essa heterogeneidade como preditor de morbidades relacionadas ao tabagismo. O oncogeneticista José Claudio Casali (foto) analisa os resultados.
Thiago Camelo Mourão (foto), uro-oncologista do A.C.Camargo Cancer Center, é primeiro autor de estudo que buscou analisar a evolução das taxas de mortalidade por câncer de pênis e as modalidades de tratamento adotadas no Brasil nos últimos anos. Os resultados foram publicados no JCO Global Oncology.
Durvalumabe em combinação com quimiorradioterapia foi bem tolerado, com um perfil de segurança manejável e demonstrou atividade antitumoral encorajadora em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estágio III irressecável. Os resultados são do estudo de Fase 1 CLOVER, publicados no periódico Lung Cancer.