Significância clínica, epidemiológica e patológica da expressão ERBB2-low no câncer de mama
Estudo de coorte com 2.200 pacientes publicado no JAMA Network Open mostrou diferenças no status dos receptores hormonais, histórico familiar e raça e etnia autorrelatadas entre o status ERBB2-low e ERBB2-negativo. “Nos tumores negativos para receptores hormonais, o status ERBB2-low foi associado a uma melhor sobrevida em comparação com o status ERBB2-negativo”, observaram os autores, sugerindo que o câncer de mama ERBB2-low pode ser uma entidade biológica distinta. A patologista Filomena Marino Carvalho (foto) analisa os resultados.
Pesquisadores do UT Southwestern Medical Center analisaram uma coorte diversificada de pacientes submetidos a tratamento definitivo para câncer retal e identificaram assinaturas distintas do microbioma intestinal associadas à raça e etnia, assim como a idade de início da doença. O estudo foi publicado no Journal of Immunotherapy and Precision Oncology, com resultados que podem apoiar futuros esforços de prevenção e tratamento baseados na manipulação do microbioma.
Pesquisa publicada na Cancer Discovery revela o papel da epigenética na recorrência do câncer de mama positivo para receptores de estrogênio (ER+), identificando como a terapia hormonal para reduzir o risco de recorrência pode, em alguns casos, desencadear mudanças epigenéticas que alteram o estado de células tumorais, que terminam por “hibernar” para evitar o tratamento e “acordar” anos mais tarde, em uma recidiva difícil de tratar. “Este estudo avança na compreensão da dormência induzida pela terapia, com potenciais implicações clínicas para o câncer de mama”, destacam os autores.
Estudo de Tankel et al., que analisou 15 anos de resultados de uma rede regional de câncer gastrointestinal superior, mostra que os regimes FLOT (fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel) e DCF (docetaxel, cisplatina e 5-fluorouracil) proporcionaram resultados significativos no adenocarcinoma esofágico quando combinados com a ressecção transtorácica em bloco, com sobrevida global em 5 anos de 50,0% e 59,7%, respectivamente. A íntegra do artigo está no Annals of Surgical Oncology. O cirurgião oncológico Daniel Fernandes (foto) analisa os resultados.
Um programa multimodal de estilo de vida que compreende intervenções de aconselhamento sobre atividade física, nutrição e psico-oncologia pode melhorar os comportamentos de saúde e a situação psicossocial em crianças, adolescentes e jovens adultos sobreviventes de câncer? Ensaio clínico randomizado publicado no JAMA Network Open não mostrou diferença significativa entre as coortes que receberam a intervenção e o grupo controle. “No entanto, ambos os grupos relataram necessidades reduzidas, melhoria da qualidade de vida, redução da fadiga e elevada satisfação com o programa”, observaram os autores.
O Comitê de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu um parecer positivo recomendando a aprovação de enzalutamida como monoterapia ou em combinação com terapia de privação androgênica para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático hormônio-sensível (nmHSPC) com recorrência bioquímica (BCR) de alto risco que são inadequados para radioterapia de resgate1. A decisão é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 EMBARK.
Mulheres diagnosticadas com câncer de mama durante a gravidez ou no primeiro ano após o parto têm pior prognóstico do que aquelas diagnosticadas antes da gravidez, refletindo a biologia tumoral adversa e o estágio avançado no momento do diagnóstico. É o que revelam dados de grande estudo de base populacional, indicando, ainda, pior prognóstico para as mulheres diagnosticadas durante o segundo e terceiro trimestres do período gestacional. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto) comenta os resultados.
O estudo de fase III SWOG S1216 mostrou que biomarcadores ósseos elevados estão associados a um risco aumentado de morte no câncer de próstata sensível a hormônios (CPSH), independentemente do status de metástases ósseas, identificando três grupos de risco com diferentes resultados de sobrevida global (SG). Agora, análise de subgrupo do S1216 relata a associação de biomarcadores ósseos com SG em homens com CPSH e metástases ósseas, descrevendo quatro grupos de pacientes com desfechos diferenciais de SG com base em biomarcadores ósseos.
Resultados de estudo de coorte publicado no JAMA Oncology sugerem que entre as mulheres com uma variação na sequência BRCA1, a vigilância por ressonância magnética (RM) foi associada a uma redução significativa na mortalidade por câncer de mama em comparação com mulheres que não foram submetidas à vigilância por RM.
O oncologista brasileiro Gabriel Aleixo (foto), médico na Universidade da Pensilvânia, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Geriatric Oncology que avaliou as diferenças raciais na composição corporal e na sobrevida em pacientes com tumores gastrointestinais. “A maioria dos estudos até o momento avaliou pacientes predominantemente brancos, e o papel da composição corporal entre minorias raciais é desconhecido”, observam os autores.