Causas e formas de morte em pacientes com câncer de cabeça e pescoço
Quais as causas e formas de morte em pacientes com câncer de cabeça e pescoço? Resultados de estudo de coorte retrospectivo sugerem que mais da metade dos pacientes avaliados morreram de causas concorrentes e que a sedação paliativa e a eutanásia foram mais comuns em pacientes com câncer de cabeça e pescoço como causa básica de morte, notadamente entre aqueles com maior nível socioeconômico. Os resultados foram publicados no JAMA Otolaryngology- Head & Neck Surgery.
A agência norte-americana Food and Drug Administration aprovou o tratamento com irinotecano lipossomal (Onivyde®, Ipsen Biopharmaceuticals, Inc.) com oxaliplatina, fluorouracil e leucovorina para o tratamento de primeira linha do adenocarcinoma pancreático metastático. A decisão foi anunciada 13 de fevereiro com base nos resultados de eficácia e segurança do ensaio NAPOLI 3.
Em pacientes com idade <60 ou entre 60 a 69 anos, a nefrectomia parcial no carcinoma de células renais metastático (mRCC) foi associada a menor mortalidade por causas não relacionadas ao câncer. Por outro lado, em pacientes mais velhos (≥ 70 anos), a nefrectomia parcial não foi associada a menor mortalidade por outras causas, como descrevem Siech et al. na Surgical Oncology.
O epidemiologista Adalberto M. Filho (foto), do National Cancer Institute, é coautor de trabalho publicado no periódico Frontiers in Oncology que descreve novos métodos para identificar tendências e padrões por faixa etária, período do calendário e coorte de nascimento que permitam avançar na pesquisa de vigilância do câncer.
Progressos importantes com o desenvolvimento de terapias inovadoras têm marcado o cenário do câncer de mama avançado e 2023 não foi exceção. Artigo de revisão publicado na Breast enfoca os principais avanços apresentados em 2023 e terapias que impactaram a prática clínica, a exemplo dos inibidores da quinase 4/6 dependentes de ciclina (CDK4/6i) na doença metastática HR-positivo e de conjugados anticorpo-droga (ADCs) que têm remodelado o paradigma de tratamento.
A combinação do anti PD-L1 durvalumabe com o inibidor de ATR quinase ceralasertib mostrou benefício clínico em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado que falharam após imunoterapia anti PD-(L)1 e terapia com doublet de platina. É o que apontam resultados do estudo HUDSON de fase 2, relatados por Benjamin Besse (foto) e colegas na Nature, sugerindo que esse regime pode ajudar a superar a resistência imunológica e revigorar a atividade antitumoral.
Em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação de EGFR e sem tratamento prévio, o tratamento inicial com osimertinibe demonstrou uma menor taxa de progressão cerebral clinicamente significativa em comparação com a abordagem sequencial, mas foi observada uma sobrevida global comparável com ambas as estratégias de tratamento. Os resultados do estudo randomizado de Fase 2 APPLE foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu a Consulta Pública nº 125 para avaliar a incorporação de osimertinibe (Tagrisso®) no tratamento adjuvante com intenção curativa para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação do EGFR atendidos pelo sistema privado de saúde. A Consulta Pública fica aberta até 28 de fevereiro e para participar basta acessar o link:
O modelo de machine learning COLOXIS é preditivo dos benefícios da oxaliplatina no cenário do tratamento adjuvante do câncer colorretal. Os resultados fornecem evidências para uma mudança no tratamento adjuvante da doença, reservando a oxaliplatina apenas para pacientes COLOXIS+, que se beneficiariam do tratamento. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).
Marcelo A. Soares (foto), do Programa de Oncovirologia do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é autor sênior de estudo que comparou quatro metodologias para detecção e genotipagem do papilomavírus humano (HPV) e destaca como essa caracterização é uma ferramenta importante no rastreio e prevenção do câncer. A pesquisadora Juliana Domett Siqueira é a primeira autora do trabalho.
Artigo de Matteo et al. no Journal of Clinical Oncology mostra que olaparibe melhorou os resultados versus abiraterona ou enzalutamida no câncer de próstata metastático resistente a castração (mCRPC) em pacientes com mutações nos genes BRCA e progressão da doença após tratamento com agente hormonal de próxima geração. Os dados são de análise do estudo PROfound e evidenciam benefício significativo de olaparibe na sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) e sobrevida global (SG) em relação aos controles.