Manejo da leucemia linfocítica crônica em países com recursos limitados
Artigo de revisão descreve as questões relacionadas ao manejo da leucemia linfocítica crônica em alguns países com recursos limitados nos continentes africano, asiático e sul-americano, com foco na base de evidências para informações epidemiológicas e clínicas sobre a doença, a disponibilidade de recursos diagnósticos e terapêuticos e a participação em ensaios clínicos. O trabalho foi publicado no The Cancer Journal, em artigo que tem o onco-hematologista Carlos Chiattone (foto), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) e do Hospital Samaritano, como primeiro autor.
Novo estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington identificou forte associação entre altos níveis de atividade física e a capacidade de manter a função cognitiva entre pacientes com câncer de mama tratadas com quimioterapia. A pesquisa estabelece as bases para futuros ensaios clínicos com o objetivo de investigar se o exercício moderado a vigoroso pode evitar o que é comumente referido como sintomas “quimioencefálicos”, um declínio na função cognitiva experimentado por muitas pacientes com câncer de mama. Os resultados foram reportados 18 de agosto no Journal of Clinical Oncology, em artigo de Salerno et al. Daniella Ramone (foto), oncologista do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, analisa os resultados.
O bevacizumabe biossimilar MB02 demonstrou eficácia semelhante ao medicamento de referência, em combinação com carboplatina e paclitaxel, no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) não escamoso avançado, com perfil de segurança e imunogenicidade comparáveis. Os resultados são do estudo de Fase III STELLA, publicados no periódico BioDrugs.
Estudo publicado no periódico Supportive Care in Cancer descreve a prevalência e as manifestações orais da doença do enxerto versus hospedeiro em pacientes submetidos ao transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas no A.C.Camargo Cancer Center. Ana Cláudia Scaraficci (na foto, à direita) é a primeira autora do trabalho, que tem a estomatologista Graziella Chagas Jaguar (foto) como autora correspondente.
Não há consenso se os tumores hilares renais devem ser melhor tratados por nefrectomia radical ou parcial. Para contribuir com o debate, um estudo liderado pelo urologista brasileiro Ricardo Alvim (na foto, à direita), professor assistente do Departamento de Urologia UPMC, na Universidade de Pittsburgh, e Lucas Nogueira, preceptor de Uro-oncologia do Hospital das Clinicas da UFMG, buscou descrever comparativamente a segurança e eficácia da nefrectomia parcial e radical em tumores hilares renais. Os resultados foram publicados no periódico Urology.
Os médicos especialistas em radio-oncologia Fabio Ynoe de Moraes (foto), professor assistente no Departamento de Oncologia na Queen’s University, Canadá, e André Gouveia (foto) do Américas Centro Oncologico Integrado, Rio de Janeiro, são autores de artigo publicado na Nature Reviews Urology que discute uma série de considerações práticas para implementação da radioterapia hipofracionada em países de baixa e média renda.
O oncologista brasileiro Marcelo Negrão (foto), do MD Anderson Cancer Center, em Houston (EUA), é primeiro autor de estudo publicado no Journal for ImmunoTherapy of Cancer que investiga as diferenças em carga mutacional, expressão de PD-L1 e sua relação com desfechos clínicos em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com alterações alvo tratados com inibidores de checkpoint imune.
Artigo publicado no Lancet Regional Health – Americas discute os desafios e aponta possíveis soluções para mitigar o impacto do câncer de mama no Brasil, com atenção especial para a melhoria do diagnóstico precoce e do início do tratamento, etapas limitantes de todo o processo. Gustavo Bretas (foto), oncologista do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Grupo Oncoclínicas, é o primeiro autor do trabalho, que tem como coautores os médicos Nelson Luiz Renna e José Bines.
A oncologista Juliana Ominelli (foto), do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeira autora de estudo de revisão que discute as evidências e perspectivas do tratamento neoadjuvante em câncer retal localmente avançado. O trabalho foi publicado no periódico Clinical Colorectal Cancer.
Estudo brasileiro reforça evidências da associação causal entre a exposição ao amianto e o aumento da mortalidade por neoplasias pleurais malignas, câncer de pulmão e asbestose. Os resultados foram publicados no periódico American Journal of Industrial Medicine, em artigo que tem a epidemiologista Gisele Fernandes (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, como primeira autora.
Pesquisadores do Moffitt Cancer Center acreditam que uma combinação do inibidor de checkpoint imune com terapia celular adotiva pode oferecer resultados em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado. O estudo clínico de fase 1 foi publicado na Nature Medicine. “O trabalho é o primeiro a demonstrar atividade de TILs em câncer de pulmão avançado como tentativa de resgate após a falha de anti-PD1”, observa o oncologista Gustavo Schvartsman (foto), do Hospital Israelita Albert Einstein.
O conjugado anticorpo-droga (ADC) trastuzumabe-deruxtecana (Enhertu®) demonstrou sobrevida livre de progressão (SLP) superior em comparação com trastuzumabe entansine (T-DM1) em pacientes com câncer de mama metastático iressecável HER2-positivo previamente tratados com trastuzumabe e um taxano. Os resultados são de análise interina planejada do estudo head to head de Fase III DESTINY-Breast03, interrompido precocemente por recomendação do Comitê Independente de Monitoramento de Dados (IDMC) após atingir seu endpoint primário de SLP.
Estudo de coorte retrospectivo avaliou a resposta clínico-patológica a terapias neoadjuvantes e a resposta patológica completa (pCR) como biomarcadores de sobrevida no câncer de mama HER2 positivo (HER+). Os resultados foram reportados por Davey et al. na The Breast em acesso aberto e mostram que dados clínico-patológicos podem predizer pacientes que alcançam pCR no câncer de mama HER2+, assim como demonstram que pCR é um biomarcador adequado de sobrevida nesse contexto. Antônio Frasson (foto), mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta os achados.
Até o momento, não havia clara definição se a crioterapia é diferente à conização por bisturi de alta frequência (CAF) quanto ao clareamento da infecção pelo HPV de alto risco e à recorrência de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) dentre mulheres HIV positivas. Agora, estudo randomizado comparou CAF e crioterapia realizado no Quênia incluiu 354 mulheres HIV positivas, com HPV de alto risco e NIC 2 ou mais. A análise complementar do trabalho foi publicada em agosto no Jama Oncology. A cirurgiã oncológica Audrey Tsunoda (foto) comenta os resultados.