SABR mostra resultados de longo prazo no câncer de pulmão inicial
Estudo prospectivo que avaliou a radioterapia estereotática ablativa (SABR, da sigla em inglês) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio inicial operável reportou no Lancet Oncology resultados de longo prazo. Nesta análise, Chang et al. mostram que a sobrevida de longo prazo após SABR não foi inferior à sobrevida após cirurgia vídeo-assistida (VATS L-MLND) nessa população de pacientes. “A atualização do estudo de não inferioridade realizado pela equipe do MDACC solidifica a SABR para tumores iniciais de pulmão de células não não pequenas em pacientes não operáveis ou que não desejam operar”, avalia o radio-oncologista Daniel Przybysz (foto).
O oncologista Felipe Roitberg (foto), atualmente na Organização Mundial de Saúde, é coautor de estudo publicado no Lancet Oncology, com dados sobre o acesso ao tratamento do câncer em 82 países.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) suspendeu desde 20 de setembro o fornecimento de radiofármacos e radioisótopos para o diagnóstico e tratamento do câncer, entre outras aplicações. Sem recursos, o IPEN viu despencar o orçamento - de 165 milhões em 2020 para cerca de R$ 91 milhões em agosto de 2021 - e argumenta que faltou verba para a compra de insumos. A paralisação tem impacto imediato na assistência oncológica.
Romualdo Barroso (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, é primeiro autor de estudo que avaliou a segurança de omitir corticosteroides após o ciclo 2 durante a porção de paclitaxel do regime de dose densa (DD) doxorrubicina-ciclofosfamida (AC)-paclitaxel. Os resultados foram publicados no periódico The Oncologist.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu nova Consulta pública para avaliar a proposta de incorporar ao SUS o tratamento com os inibidores de ciclinas (CDK 4/6) ribociclibe, abemaciclibe e palbociclibe para o tratamento de câncer de mama HR+ HER2-.
Artigo de revisão discute os dados disponíveis sobre combinações de terapia-alvo com terapia endócrina para as configurações iniciais e avançadas do câncer de mama luminal, o subtipo mais comum de câncer de mama, incluindo medicamentos aprovados e agentes em desenvolvimento. O trabalho foi publicado no periódico Expert Review of Anticancer Therapy, em artigo que tem os oncologista Marcelle Goldner e Noam Pondé (foto) como primeiro autor e autor sênior, respectivamente.
Análise prospectiva que envolveu 7.195 mulheres com alto risco de câncer de mama mostrou tendências temporais e fatores que influenciam a adoção da mastectomia bilateral redutora de risco. Os dados foram reportados por Evans e colaboradores na The Breast. Fábio Bagnoli (foto), mastologista da Santa Casa de São Paulo, do Hospital Paulistano (Américas Serviços Médicos) e do Hospital Israelita Albert Einstein, analisa os resultados.
Thiago Bueno de Oliveira (foto), oncologista do A.C.Camargo Cancer Center, é primeiro autor de artigo de revisão publicado no periódico Current Oncology Reports que busca avaliar o papel da quimioterapia de indução em pacientes com câncer de cavidade oral localmente avançado. O trabalho discute perspectivas futuras, incluindo a incorporação de inibidores de checkpoint e biomarcadores para a seleção de pacientes.
Gustavo Nader Marta (foto), radio-oncologista do Hospital Sírio-Libanês, é primeiro autor de análise retrospectiva que utiliza um grande banco de dados nacional de base populacional para determinar as taxas de sobrevida de pacientes com diagnóstico de glioblastoma no Brasil considerando a influência da idade, modalidades de tratamento, práticas públicas e privadas e nível de escolaridade. Os resultados foram publicados na Lancet Regional Health – Americas.
Um painel multidisciplinar de especialistas avaliou a base de evidências (PubMed, EMBASE e Cochrane Library) para formular recomendações para a prevenção e tratamento da hipofunção das glândulas salivares e xerostomia induzidas por terapias não cirúrgicas no tratamento do câncer. As diretrizes atualizadas estão em artigo de Mercadante et al, no Journal of Clinical Oncology. Quem comenta o trabalho é o estomatologista Daniel Cohen Goldemberg (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A radioterapia inguinofemoral é uma alternativa segura à linfadenectomia inguinofemoral em pacientes com câncer vulvar que apresentem micrometástases de linfonodo sentinela, como demonstram resultados de estudo internacional relatados por Oonk et al no Journal of Clinical Oncology (JCO). A radio-oncologista Célia Viegas (foto), médica do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do São Carlos Saúde Oncológica, comenta os resultados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de nivolumabe em combinação com ipilimumabe e dois ciclos de quimioterapia à base de platina para o tratamento de primeira linha do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático em adultos cujos tumores não têm mutação EGFR sensibilizante ou translocação de ALK. A decisão é baseada nos resultados do ensaio CheckMate-9LA.
As metástases cerebrais de tumores sólidos são um achado comum, ocorrendo em até 25% dos pacientes, particularmente no melanoma, câncer de pulmão e no câncer de mama, o que dimensiona a importância das diretrizes publicadas em agosto pela European Association of Neuro-Oncology (EANO) e a European Society for Medical Oncology (ESMO). “A atualização das recomendações da EANO/ESMO traz um excelente compilado dos dados mais recentes para o manejo destes pacientes”, analisa a oncologista Camilla Yamada (foto), que comenta as principais diretrizes.
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta aproximadamente 2–4% da população mundial. Estudo populacional conduzido por pesquisadores coreanos e publicado em julho no British Journal of Dermatology identificou que sobreviventes de câncer, especialmente sobreviventes de doenças oncohematológicas, têm um risco aumentado de desenvolver a doença. O oncohematologista Guilherme Perini (foto), hematologista no Hospital Israelita Albert Einstein e coordenador da Hematologia do Grupo Américas, analisa os resultados.
Artigo de Desai et al. publicado 2 de setembro no JAMA Oncology descreve os esforços dos principais registros de câncer e COVID-19, com informações sobre a história, fatores de risco e desfechos de pacientes oncológicos durante a pandemia. A revisão traz dados de 14 dos principais registros de câncer e COVID-19, compreendendo mais de 28,5 mil pacientes, e mostra consequências em todo o mundo, associadas a atrasos no diagnóstico, interrupções no tratamento e acompanhamento, sem falar de aumentos importantes nas taxas de infecção e mortalidade.
Resultados de novo estudo de pesquisadores da Johns Hopkins, publicado 2 de setembro no JAMA Oncology, mostram que o maior número de casos de câncer de orofaringe até 2045 vai ocorrer entre indivíduos mais velhos e que não foram vacinados. “O impacto da vacinação será sentido a longo prazo, daí a importância da prevenção e diagnóstico precoce, especialmente em uma geração que não se beneficiou do acesso à vacina contra o HPV”, analisou Eliana Wendland (foto), epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.