Revisão do estudo monarchE e valor clínico da expressão do receptor de progesterona no câncer de mama luminal
Revisão publicada no Lancet Oncology discute o estudo monarchE e o potencial benefício do inibidor de CDK4/6 abemaciclibe no tratamento hormonal adjuvante de pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo/HER2-negativo de alto risco. Nesta edição, os médicos Silvio Bromberg e Daniel Gimenes analisam ainda os resultados de estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, que avalia o papel da expressão de progesterona no câncer de mama luminal, com ênfase na definição de positividade e seu significado prognóstico em comparação com a expressão de Ki67. Ouça.

Sandro Martins, do Hospital Universitário de Brasília, é coautor de estudo publicado no periódico Cancer Epidemiology que descreve um modelo conceitual que otimiza o rastreamento e o manejo do câncer do colo do útero em ambientes com recursos limitados, utilizando uma abordagem baseada em risco. “A triagem e o gerenciamento baseados em risco em ambientes com recursos limitados podem otimizar a prevenção, concentrando os recursos de triagem e tratamento nos pacientes de maior risco, minimizando as intervenções em pacientes de menor risco”, destacam os autores.
O estudo de Fase 3 EMBARK demonstrou que a combinação de enzalutamida e leuprolida reduziu o risco de metástase ou morte em 58% em comparação com placebo mais leuprolida (hazard ratio [HR]: 0,42; 95% CI, 0,30–0,61; P <0,0001) em pacientes com câncer de próstata hormônio-sensível não metastático com alto risco de recorrência bioquímica (BCR). Os resultados foram apresentados na Sessão Plenária do Congresso Anual da Associação Americana de Urologia (AUA 2023) e publicados no Journal of Urology.
No estudo randomizado de Fase 3 QuANTUM-First, o tratamento com o inibidor oral de FLT3 tipo 2 quizartinib mais indução padrão e tratamento de consolidação e até 3 anos de continuação com quizartinib em monoterapia demonstrou ganho de sobrevida global de 16,8 meses em comparação com a terapia padrão no grupo placebo em pacientes adultos com leucemia mieloide aguda (LMA) FLT3-ITD-positivo recém-diagnosticados. Os resultados foram publicados The Lancet.
Estudo de coorte retrospectivo buscou gerar evidências adicionais sobre a associação entre asma e câncer, tanto no geral como por tipo de câncer. Os resultados foram publicados no periódico Cancer Medicine e sugerem uma associação positiva entre asma e risco geral de câncer na população norte-americana.
O tratamento com um inibidor de aromatase por 5 anos é o padrão de cuidados no câncer de mama positivo para receptores hormonais (RH+) na pós-menopausa. Estudo japonês que avaliou os efeitos de estender este tratamento para 10 anos reportou os resultados no Journal of Clinical Oncology (JCO), indicando que o tratamento prolongado com anastrozol melhorou significativamente a sobrevida livre de doença (SLD), mas não teve efeito significativo na sobrevida global ou SLD distante.
Estudo publicado na Nature apresentou dados de análise evolutiva longitudinal de 126 tumores de câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) de 421 pacientes recrutados prospectivamente no TRACERx project que desenvolveram doença metastática em comparação com uma coorte controle de 144 tumores não metastáticos. O oncologista André Murad (foto) comenta os resultados.
O Hospital Israelita Albert Einstein está prestes a iniciar o recrutamento de pacientes para estudo clínico brasileiro de Fase I com células CAR-T, tecnologia que representa o que há de mais avançado no tratamento do câncer. Ainda em fase inicial, o estudo tem o objetivo de determinar a dose recomendada de células CAR-T para futuro estudo de fase II e tem como principal investigador o hematologista Nelson Hamerschlak (foto).
A chinesa Boan Biotech anunciou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aceitou o Pedido de Licença Biológica para Boyounuo® (bevacizumabe injetável) no Brasil. O antiangiogênico biossimilar foi lançado na China em 2021, adotado para o tratamento de diferentes tipos de câncer, incluindo colorretal metastático e câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado ou recorrente.
O cirurgião Orlando Torres (foto) é autor sênior do recente artigo de revisão publicado no Journal of Gastrointestinal Oncology (JGO) que enfoca os diferentes aspectos cirúrgicos para duodenopancreatectomia (DPT), pancreatectomia distal e total (TP), incorporando lições das visões ocidental e oriental no tratamento do câncer pancreático. “Com base nos dados atuais, a seleção do paciente continua sendo fundamental e uma abordagem cirúrgica radical traz resultados mais satisfatórios, levando a crer que mais é melhor”, destacam os autores. O cirurgião Eduardo de Souza Fernandes é o primeiro autor do trabalho.