Obesidade, câncer e desnutrição: como enfrentar?
A epidemia de obesidade deve provocar cerca de 700 mil novos casos de câncer até 2035, além de representar uma forma grave de desnutrição. O alerta foi reforçado na edição de janeiro do Lancet, em editorial que observa ainda o enorme déficit de nutrientes vitais na população dos Estados Unidos. Alice Zelmanowicz, coordenadora do Programa de Prevenção do Câncer do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, comenta com exclusividade para o Onconews.
Sobreviventes de câncer de tireoide têm um risco aumentado para desenvolver um segundo câncer, de acordo com os resultados de um estudo publicado na edição de 1° de janeiro do Journal of the National Cancer Institute, do Reino Unido.
A edição de janeiro do Lancet Oncology publicou os resultados do ENDEAVOR, estudo randomizado de fase 3 que confirmou a eficácia e segurança do carfilzomib (kyprolis®) com dexametasona em pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário. A hematologista brasileira, Vânia Hungria (foto), é uma das autoras do artigo.
O FDA concedeu revisão prioritária para o lenvatinib para tratamento de pacientes com carcinoma de células renais (CCR) avançado ou metastático irressecável em combinação com everolimus após uma terapia VEGF anterior. A agência havia concedido designação de terapia breakthrough para o lenvatinib para indicação experimental em julho de 2015.
Pesquisadores do Translational Genomics Research Institute (TGen) identificaram uma proteína chamada SGEF associada à resistência à temozolamida e ao desenvolvimento de metástases no glioblastoma multiforme (GBM). A descoberta abre caminho para um novo alvo terapêutico no tratamento da doença.
A Anvisa aprovou o uso do dabrafenibe (Tafinlar) para pacientes com melanoma metastático ou irressecável, com status positivo da mutação BRAF V600E. A decisão da Anvisa baseou-se nos resultados de eficácia e segurança do estudo randomizado de fase III BREAK-3, que inscreveu 250 pacientes com melanoma metastático.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alertam que poderá ocorrer limitação para o uso da BCG intravesical até março. Segundo comunicado da Fundação Ataulpho de Paiva, que fornece a BCG para o tratamento do câncer de bexiga no Brasil, devido à grande demanda para o tratamento de pacientes em recidiva de câncer de bexiga em 2015, a produção de janeiro e fevereiro não acompanhará o aumento na demanda.
Pesquisadores de Harvard e de duas universidades europeias analisaram mais de 200 mil gêmeos de países nórdicos para avaliar o risco de câncer familiar e identificaram forte associação para quase todos os 23 tipos de câncer investigados. A associação foi observada tanto nas neoplasias mais incidentes, como câncer de mama, próstata e cólon, quanto em tumores menos frequentes, como câncer de testículo, de cabeça e pescoço, melanoma, câncer de estômago e de ovário.
No novo rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), em vigor desde 1º de janeiro, o cenário do câncer de próstata resistente à castração foi o que recebeu o maior número de incorporações e ampliou indicações de uso. O novo rol considerou ainda procedimentos como a laserterapia para o tratamento da mucosite oral e de orofaringe, assim como a termoterapia transpupilar para o melanoma intraocular.
O anti PD-1 pembrolizumab (Keytruda®) obteve do FDA mais uma indicação, agora como primeira linha para o tratamento inicial de pacientes com melanoma irressecável ou metastático. O anúncio foi feito no dia 18 de dezembro pela agência norte-americana, em uma decisão que teve como base os resultados de dois novos estudos clínicos.
As conclusões do estudo britânico que sugerem benefícios do rastreamento do câncer de ovário foram publicadas no Lancet, na edição online de 17 de dezembro, e apontam “evidências encorajadoras”, com redução significativa na mortalidade com o rastreamento multimodal anual (MMS). "É um estudo muito importante, o maior já realizado no rastreamento de câncer de ovário. A principal inovação no desenho do estudo é não se ater apenas à dosagem do CA125, mas sim ao algoritmo que considera sua variação conjugada com outros fatores, como idade e histórico da paciente”, analisa Angélica Nogueira, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).