Custo, Valor e Qualidade
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica amplia o debate sobre custo, valor e qualidade da assistência na oncologia. É esse o objetivo do 2016 ASCO Quality Care Symposium, encontro que acontece nos dias 26 e 27 de fevereiro em Phoenix, no Arizona, e entre os highlights destaca o excesso de exames de imagem para o estadiamento do câncer de mama, o que sem dúvida impacta os custos e a qualidade da assistência.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma nova indicação de palbociclibe (IBRANCE), agora em pacientes com câncer de mama metastático com receptor hormonal positivo, sem expressão de HER 2. A decisão do FDA tem como base os resultados do PALOMA-3, estudo que demonstrou a eficácia e segurança do novo agente terapêutico nesse grupo de pacientes.
O Ministério da Saúde inicia o ano de 2016 com um déficit de pelo menos R$ 2,5 bilhões em seu orçamento. Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) sancionada em janeiro, a pasta conta com a previsão de R$ 118, 5 bilhões – cifra 2% menor que a estabelecida no ano passado (R$ 121 bilhões). Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) acredita que até o fim do ano novos cortes comprometam ainda mais o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Pacientes com câncer de cólon estadios 2 e 3 podem se beneficiar do uso de quimioterapia adjuvante. É o que demonstra estudo retrospectivo realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, publicado em janeiro na edição online do New England Journal of Medicine.
O medicamento crizotinibe (Xalkori) foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento em primeira e segunda linha de câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) positivo para a alteração genética ALK (quinase do linfoma anaplásico). “É uma aprovação importante, ainda que tardia. Para esses pacientes, o crizotinibe tem melhor eficácia clínica e menos efeitos colaterais quando comparado à quimioterapia", afirma o oncologista Gilberto Lopes, diretor médico do Grupo Oncoclínicas.
A ASCO emitiu uma nova diretriz para a utilização dos testes de biomarcadores tumorais para orientar as decisões sobre terapia sistêmica adjuvante em câncer de mama. “Essas diretrizes irão mudar em futuro próximo com a apresentação dos resultados do MINDACT e OncotypeDx. Por ora, temos várias opções a considerar, cada uma com seus prós e contras, sendo que o custo ainda pesa muito na decisão”, afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), chefe-geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes.
A presença de sangue na urina ou hematúria é um achado comum e pode ser um sinal de câncer oculto no trato urinário. Artigo de Matthew Nielsen e Amir Qaseem (
O efeito terapêutico da dissecção de linfonodos durante a prostatectomia radical para o câncer de próstata ainda está em debate. Artigo do grupo italiano de pesquisa liderado por Marco Moschini, publicado na Nature, avaliou o impacto da dissecção de linfonodos sobre a mortalidade específica por câncer em pacientes tratados com cirurgia para câncer de próstata localmente avançado.
Liderado pela Union for International Cancer Control (UICC), o movimento do Dia Mundial do Câncer (
O custo atual do tratamento do câncer em 15 países europeus é tema de artigo publicado na edição de janeiro do Lancet Oncology, refletindo os resultados da pesquisa liderada por Wim van Harten, do Instituto de Câncer da Holanda. O estudo do grupo holandês mostra disparidades importantes e chama a atenção para uma ação conjunta em busca de caminhos mais sustentáveis.
A ASCO atualizou suas diretrizes sobre a utilização de antieméticos, recomendando a combinação oral de netupitanto e palonosetrona (NEPA) mais dexametasona como uma opção de tratamento adicional para pacientes com câncer que são submetidos a regimes de quimioterapia altamente emetogênicos. O oncologista Ricardo Caponero e a presidente da ANCP, Maria Goretti Sales Maciel, comentam com exclusividade para o Onconews.