Tempo para início do tratamento e mortalidade no câncer de pulmão
O cirurgião torácico Fernando Abrão (foto), médico da Faculdade de Medicina Santa Marcelina e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é o primeiro autor de estudo publicado no Journal Of Thoracic Disease que avaliou o impacto da espera para início do tratamento de câncer de pulmão após seu tratamento ter sido definido (tratamento sistêmico, cirurgia ou radioterapia). Os resultados do trabalho sugerem que uma espera de dois meses aumenta em três vezes o risco de óbito em pacientes com doença estádio II. O especialista comenta os principais achados do trabalho, o primeiro a mostrar associação entre espera por tratamento e mortalidade para pacientes com doença localizada.
Nódulos subsólidos (NSS) podem ser considerados fatores de risco de câncer de pulmão e devem ser manejados com vigilância ativa a longo prazo. O manejo conservador de NSS reduz cirurgias desnecessárias e tratamento excessivo. É o que conclui estudo do IALSC publicado no Journal of Thoracic Oncology, que mostrou benefícios da vigilância ativa. O cirurgião torácico Maurício Guidi Saueressig (foto), chefe do Serviço de Oncologia Torácica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, professor da UFRGS e médico do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento, analisa os resultados.
Um grande estudo de coorte com base em dados populacionais considerou todas as mulheres que tiveram reprodução assistida na Grã-Bretanha, de 1991 a 2010, para avaliar os riscos de câncer de ovário, mama e corpo do útero. A análise final não mostrou aumento do risco de câncer de mama ou de útero invasivo em mulheres que tiveram reprodução assistida, mas revelou aumento do risco de câncer de mama in situ e em tumores ovarianos invasivos e limítrofes. Os resultados foram publicados no BMJ1. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Diretora Multi Especialidades e Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP, comenta o trabalho.
Estudo publicado na Oncotarget1 por pesquisadores da Universidade de Grenoble, França, mostra que a inibição farmacológica combinada das proteínas PI3K e Src impede o crescimento e invasão celular e induz o mecanismo apoptose no carcinoma renal de células claras (CRCC). Os achados fornecem evidências pré-clínicas para uma estratégia capaz de melhorar o tratamento deste tipo de neoplasia. O biólogo molecular Gabriel de Souza Macedo (foto), pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, comenta os resultados.
O tratamento do câncer de testículo aumenta o risco de neoplasia maligna subsequente (NMS). Não se sabe se mudanças no tratamento do câncer testicular ao longo do tempo afetaram o risco de NMS. Estudo que avaliou cerca de 6 mil pacientes tratados de 1976 a 2007 mostra resultados em artigo no Journal of Clinical Oncology (JCO). Diogo Assed Bastos (foto), oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital Sírio-Libanês, comenta o trabalho.
O U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma nova indicação para a enzalutamida (xtandi®), agora para o tratamento de pacientes com câncer de próstata resistente à castração não-metastático. Enzalutamida é o primeiro é único tratamento oral aprovado pelo FDA para a doença resistente à castração metastática e não-metastática. A aprovação foi baseada nos resultados do estudo de fase III PROSPER1, apresentados em fevereiro na ASCO GU e publicados no New England Journal of Medicine em junho.
Estudo de Paul C Lyon e colegas publicado no Lancet Oncology avaliou a segurança e viabilidade de uma nova abordagem, a infusão intravenosa de doxorrubicina lipossomal termossensível (LTLD, da sigla em inglês) como tratamento para tumores hepáticos, ativada por hipertermia (>39·5°C) através de ultrasson focal. Os resultados mostram pela primeira vez o potencial terapêutico e segurança da LTLD associada ao ultrasson no tratamento oncológico1. Quem comenta o trabalho é o oncologista Ramon Andrade De Mello (foto), médico do Hospital Estadual de Bauru/SP, Diretor de Pesquisa Clínica do Centro Oncológico NAIC e professor e pesquisador das Universidades do Algarve e do Porto, em Portugal.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o anticorpo monoclonal anti-PD-L1 durvalumabe (Imfinzi®, Astrazeneca) para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado, irressecável (Estágio III) que não progrediram após terapia de quimioradioterapia concomitante à base de platina. Publicada no Diário oficial da União dia 02 de julho, a aprovação é baseada nos dados do estudo fase III PACIFIC, apresentado na ESMO 2017 e publicado no New England Journal of Medicine. O oncologista clínico Guilherme Geib (foto), coordenador da Unidade de Oncologia Torácica do Hospital Moinhos de Vento, comenta a aprovação.
Um painel baseado em biomarcadores de proteínas circulantes pode melhorar o modelo atual de predição de risco e os critérios de rastreamento para câncer de pulmão, que considera exclusivamente o histórico de tabagismo? Um estudo publicado dia 12 de julho no JAMA Oncology demonstrou que um simples exame de sangue obteve sensibilidade superior, sem aumentar o número de resultados falso-positivos em comparação com as diretrizes para triagem aprovadas pela US Preventive Service Task Force (USPSTF). O cirurgião torácico Riad Younes (foto), Diretor Geral do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, analisa os resultados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o inibidor de BCL-2 venectoclax (AbbVie) para o tratamento em monoterapia de pacientes adultos com leucemia linfoide crônica (LLC) com deleção 17p e/ou mutações no TP53 não elegíveis ou que não responderam a tratamentos prévios com inibidores de receptor de célula , além de pacientes (sem deleção 17p e/ou mutações no TP53) que não responderam à quimioterapia e a tratamentos prévios com inibidor de receptor de célula B. A aprovação foi publicada no
Os cirurgiões aceitaram a biópsia do linfonodo sentinela como abordagem axilar em pacientes submetidas à cirurgia conservadora da mama? Estudo de Monica Morrow (foto) et al publicado no JAMA Oncology ouviu a opinião de 376 cirurgiões e mostrou variações substanciais na aceitação da biópsia do linfonodo sentinela, sugerindo potencial overtreatment e a necessidade de educação médica, especialmente entre cirurgiões que realizam baixo volume de cirurgias. Os resultados do estudo são tema da análise do cirurgião César Cabello dos Santos (foto), coordenador da Área de Mastologia do CAISM/Unicamp, em Campinas.