Estudo brasileiro avalia apalutamida no câncer de próstata
Ensaio clínico de fase II que tem como investigador principal o oncologista Fernando Maluf (foto)* está aberto para recrutamento de pacientes com câncer de próstata metastático hormônio sensível. O estudo tem o objetivo de avaliar a eficácia e segurança de apalutamida nesse cenário e é promovido pelo LACOG-GU, com participação de dez centros brasileiros, públicos e privados.
Sobreviventes de câncer que consumiram uma dieta balanceada e rica em nutrientes tiveram um risco 65% menor de morrer da doença em comparação com os sobreviventes com uma dieta de baixa qualidade. Os resultados publicados no JNCI Cancer Spectrum sugerem que mais do que focar em um grupo alimentar específico, a dieta dos sobreviventes do câncer deve ser rica em vegetais, frutas, grãos integrais, proteínas e laticínios em quantidades recomendadas para idade, altura e peso. A nutricionista Camilla Martins Avi (foto), coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital de Amor (Hospital de Câncer de Barretos), comenta os achados.
Artigo publicado no JNCI discute a relação causal entre diabetes mellitus na origem do câncer de pâncreas e do diabetes como resultado da doença pancreática. Duílio Reis da Rocha Filho (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará, e consultor científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta o trabalho.
A Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) lançou o Manual de Interpretação de Estudos Oncológicos. A publicação é dirigida a oncologistas e “permite ler nas entrelinhas de uma publicação científica, para estimar melhor o verdadeiro benefício de uma nova intervenção oncológica e compreender as pesquisas relacionadas ao câncer”, sustentam os autores.
Artigo de Sharon Giordano publicado na NEJM1 revisou dados atuais sobre a epidemiologia do câncer de mama em homens, suas características clínicas, prognóstico e tratamento, com foco nos avanços recentes e na maior compreensão da doença. “Apesar de ser semelhante ao câncer de mama feminino em alguns aspectos, o câncer de mama em homens tem características distintas e clinicamente relevantes”, destaca a autora.
Estudo brasileiro confirmou a significativa heterogeneidade molecular dos genes BRCA1 e BRCA2 no Brasil e se projeta como o primeiro estudo a mostrar que perfis de mutações recorrentes podem ser únicos para diferentes regiões do País. Os resultados foram publicados na Scientific Reports em artigo que tem a geneticista molecular Edenir Inêz Palmero como primeira autora, ao lado de Dirce Carraro e Barbara Alemar, com a coordenação da oncogeneticista Patricia Ashton-Prolla*.
Estudo de Shen et al publicado na Cell Reports1 identificou biomarcadores que têm potencial para estratificação de risco e abrem caminho para alvos terapêuticos nos tumores testiculares de células germinativas. Os oncologistas Diogo Assed Bastos (foto) e Flavio Mavignier Cárcano* comentam os resultados.
O uso terapêutico da edição de genes com a chamada técnica CRISPR-Cas9 pode aumentar o risco de câncer. É o que afirmam pesquisadores do Instituto Karolinska e da Universidade de Helsinki, em artigo publicado na Nature Medicine1.
Os resultados de um estudo de mundo real apresentados no 23º Congresso anual da European Hematologic Association (EHA), realizado de 14 a 17 de junho em Estocolmo, Suécia, revelaram que 50% dos casos de pacientes com leucemia linfocítica crônica em tratamento com ibrutinibe que recidivaram ao ibrutinibe tinham mutações do gene da tirosina quinase de Bruton (BTK) em C481 (BTKC481), frequentemente associadas a mutações no gene PLCG2. A ausência de mutações nesses genes foi associada a um maior tempo até a progressão.
A eficácia da combinação ibrutinibe-rituximabe (IR) foi superior ao do braço placebo-rituximabe (R) em todos os pacientes com macroglobulinemia de Waldenstrom (MW), independentemente de fatores prognósticos ou genotípicos. Apresentados por Meletios Dimopoulos, da Universidade de Atenas, durante o 23º Congresso anual da European Hematologic Association (EHA), os dados do estudo iNNOVATE indicam que IR deve ser considerada uma opção terapêutica padrão para pacientes com MW. O hematologista Guilherme Perini (foto), do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta os resultados.
Estudo publicado na Blood1 traz novos dados para compreender o desenvolvimento de linfomas não-Hodgkin de células B em pacientes com neoplasias mieloproliferativas (NMP) tratados com inibidores de JAK 1 / 2. “Nossos resultados indicam que os linfomas associados a inibidores da JAK1/2 ocorrem com frequência, têm características clinicopatológicas uniformes e surgem de um clone de células B que já existia na NMP”, dizem os autores. O oncohematologista Jacques Tabacof (foto), coordenador geral de oncologia e hematologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e médico do Centro Paulista de Oncologia, comenta os resultados.