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Meta-análise de ensaios clínicos randomizados de fase III confirmou a eficácia da quimioterapia baseada em 5-fluorouracil (5-FU) em monoterapia no tratamento adjuvante de pacientes com câncer do trato biliar ressecado. O benefício não foi observado em pacientes tratados com quimioterapia baseada em gemcitabina. Os resultados foram publicados no European Journal of Cancer.

Bruno Almeida Rezende, pesquisador da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, é autor correspondente de estudo que comparou a evolução da disfagia antes e depois da radioterapia (RT) no tratamento de pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP). Os resultados relatados na BMC Cancer mostram que a RT para CCP leva ao desenvolvimento precoce de disfagia e pode afetar negativamente o estado nutricional e a qualidade de vida; a inclusão de quimioterapia ao regime de RT leva à piora mais acentuada dos parâmetros avaliados.

Estudo de Jun J. Mao e colegas, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, é o primeiro ensaio randomizado a demonstrar que um pacote digital de intervenções mente-corpo e exercícios melhorou significativamente a fadiga e os sintomas comórbidos, como ansiedade e depressão. “A adoção de plataformas digitais para terapias complementares não apenas amplia o acesso dos pacientes a tratamentos baseados em evidências, mas também pode representar uma solução sustentável para otimizar recursos hospitalares e reduzir a sobrecarga dos sistemas de saúde”, avalia Germana Hunes (foto), médica especialista em cuidados paliativos.

Estudo de coorte prospectivo mostrou resultados oncológicos e funcionais encorajadores cinco anos após a crioablação parcial primária da glândula em homens com câncer de próstata de risco intermediário. A íntegra do estudo está em artigo de Herbert Lepor e colegas, na Urology. O oncologista Eduardo Zucca (foto), diretor de ensino e pesquisa do Instituto do Câncer Brasil, analisa os resultados.

Como o consumo de café pode reduzir o risco de morte em pacientes com câncer colorretal (CCR) estratificados por doença cardiometabólica (DCM)? Estudo de coorte prospectivo que avaliou 1.769 pacientes com CCR mostrou que o consumo de café foi inversamente associado à mortalidade por todas as causas em pacientes com CCR com e sem doença cardiometabólica. A análise também revelou que consumir 2-4 xícaras/dia de café em comparação com < 2 xícaras/dia foi associado a um risco 31% menor de mortalidade em pacientes com CCR e DCM.

Alessandra Borba de Souza (foto) é primeira autora de estudo que destaca lacunas críticas para a realização de testes genéticos de linha germinativa para câncer de mama (CM) no Brasil. Com dados de mundo real do estudo AMAZONA III - a maior coorte brasileira multicêntrica e prospectiva de CM - o trabalho mostra que esses testes são subutilizados, com sérias implicações para o gerenciamento do tratamento e acesso ao aconselhamento genético nos sistemas de saúde públicos e privados.

Roberto Dias Machado (foto), urologista do Hospital de Câncer de Barretos, é o primeiro autor de estudo que avalia a associação da obesidade com câncer de pênis e o risco de metástases linfonodais em pacientes submetidos à linfadenectomia inguinal. O trabalho foi relatado na BMC Cancer e tem a participação do urologista Rodolfo Borges dos Reis (na foto, à direita).

A crescente tendência de câncer de mama em mulheres e homens ressalta a necessidade de mais monitoramento, alerta estudo de Jean Henri Maselli-Schoueri (foto) e colegas, publicado na BMC Cancer. O trabalho mostra que a menor mortalidade por câncer de mama feminino foi positivamente correlacionada com maior disponibilidade de médicos e cuidados especializados no sistema público de saúde, destacando o papel crítico da capacidade da força de trabalho da saúde e a alocação estratégica de pessoal especializado na melhoria dos resultados dos pacientes.

Estudo de coorte com 15.392 mulheres demonstrou que sobreviventes de câncer de mama que receberam quimioterapia, terapia endócrina ou ambas tiveram declínio significativo na saúde física em comparação com controles da mesma idade durante os primeiros 2 anos após o diagnóstico. “Após 2 anos, o declínio da saúde física foi observado apenas em sobreviventes que receberam quimioterapia”, destacaram os autores. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

A idade é o principal determinante clínico-demográfico dos níveis de atividade física em sobreviventes de câncer colorretal. É o que demonstra análise realizada com participantes do estudo ColoCare que avaliou os níveis de atividade 12 e 24 meses após o diagnóstico e ressecção do câncer colorretal. Os resultados foram publicados no Journal of Cancer Survivorship.