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Fernanda Viviane Mariano (foto), professora na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), é primeira autora de revisão sistemática publicada no periódico Head & Neck que analisou os resultados no carcinoma adenoide cístico, com foco em padrões e fatores relacionados a prognósticos adversos. “Metástase à distância foi o resultado adverso mais frequente, e os fatores prognósticos estão relacionados a tumores avançados e residuais”, destacaram os autores.

“A terapia de privação de andrógeno (ADT) é a pedra angular do tratamento para homens com câncer de próstata avançado. A monoterapia com ADT não é mais considerada o padrão para o tratamento inicial do câncer de próstata metastático sensível a hormônios (mHSPC) e a associação de ADT com uma das mais novas vias inibidoras de sinalização do receptor de andrógeno (ARSI) é atualmente recomendada”. É com essa assertiva que o urologista Marcus Sadi (foto) inicia editorial na Frontiers in Oncology, apresentando 5 pesquisas recentes e seus insights sobre o gerenciamento do câncer de próstata avançado.

Apesar da redução no uso de combustíveis sólidos para cozinhar, a exposição à poluição do ar doméstico continua sendo um fator de risco global, contribuindo consideravelmente para a carga de doenças. Bennitt et al. apresentam os padrões espaciais e tendências temporais da exposição a combustíveis de 1990 a 2021, em 204 países e territórios, em análise que considera doenças atribuíveis, entre elas o câncer.

Mulheres com câncer de mama tratadas com quimioterapia neoadjuvante que receberam suplementação com 2.000 UI de vitamina D tiveram maior probabilidade de atingir resposta patológica completa em relação àquelas que não receberam a suplementação (43% vs 24%). É o que aponta estudo randomizado relatado na Nutrition and Cancer por Michelle Sako Omodei (foto) e colegas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP) em Botucatu.

A combinação da vacina BVAC-C e do anti PD-L1 durvalumabe (Imfinzi®) demonstrou atividade antitumoral durável em pacientes com câncer cervical que progrediram à quimioterapia de primeira linha à base de platina, como apontam resultados do estudo de fase II (DURBAC) apresentados no SGO Annual Meeting on Women's Cancer (SGO 2025). “O estudo sugere que essa estratégia pode melhorar as taxas de resposta e o controle da doença, oferecendo uma nova abordagem de tratamento para os pacientes”, destacou Chel Hun Choi, professor de oncologia ginecológica no Samsung Medical Center, principal investigador do estudo.

O brasileiro Bruno Calazans Odisio (foto), atualmente codiretor do departamento de radiologia intervencionista do MD Anderson Cancer Center, é primeiro autor de estudo randomizado de Fase II (COVER-ALL) que analisa a margem ablativa mínima em pacientes com tumores hepáticos submetidos à ablação térmica percutânea, comparando a avaliação visual com a avaliação baseada em software. Os resultados estão no The Lancet Gastroenterology and Hepatology e sugerem considerar a avaliação baseada em software como um componente padrão da ablação térmica para atingir a margem ablativa mínima.

Estudo brasileiro avaliou a recorrência local, recorrência à distância e morte em pacientes não metastáticas submetidas à cirurgia conservadora da mama ou mastectomia após os atuais regimes de quimioterapia neoadjuvante (NAC). “Nesta coorte de pacientes tratadas para câncer de mama não metastático em instituições com recursos financeiros limitados, a cirurgia conservadora da mama provou ser uma opção segura após a quimioterapia neoadjuvante, mesmo em casos de doença localmente avançada”, afirmaram os autores. Os mastologistas Francisco Pimentel (na foto, ao centro) e Felipe Zerwes (à esquerda) são os primeiros autores do estudo; o mastologista Antônio Luiz Frasson (à direita) é o autor sênior. Os resultados foram publicados na Scientific Reports.

Análise de doença residual molecular (DRM) baseada no DNA tumoral circulante tem o potencial de prever a recorrência do câncer de pulmão de células não pequenas e orientar o tratamento adjuvante com osimertinibe em pacientes com mutação EGFR, como aponta análise post hoc do estudo ADAURA publicada na Nature Medicine. “Se validado para a prática clínica, o uso sistemático do monitoramento de DRM tem o potencial de personalizar o atendimento pós-adjuvante e melhorar os resultados ao identificar pacientes de alto risco que poderiam se beneficiar do reinício ou intensificação do tratamento”, destacam os autores.

Jonas Alex Morales Saute (foto), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, é primeiro autor de artigo que analisa o estado atual dos ensaios clínicos e produtos de terapia gênica (PTG) aprovados para comercialização no Brasil. O trabalho está em acesso aberto no Lancet Global Health Americas e explora avanços e desafios para a produção, aprovação e incorporação de PTG no sistema de saúde pública, incluindo as terapias com células CAR-T, além de aspectos relacionados à sustentabilidade e à acessibilidade global.

Anormalidades pulmonares intersticiais (APIs) estão associadas a resultados ruins de tratamento e sobrevida em pacientes com câncer de pulmão. “Os médicos devem se concentrar nesses pacientes com APIs durante o diagnóstico e tratamento da doença”, alertam os autores de meta-análise publicada na Lung Cancer que explora a ocorrência de APISs e seu efeito prognóstico em pacientes com câncer de pulmão.

O resfriamento e a compressão das mãos podem prevenir a neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ) em pacientes com câncer de mama inicial tratadas com quimioterapia à base de taxano. É o que sugerem os resultados de ensaio clínico randomizado publicado no JAMA Oncology. “Tanto o resfriamento quanto a compressão das mãos são altamente eficazes na prevenção de NPIQ sensorial durante a quimioterapia à base de taxano”, destacam os autores.