Risco de câncer associado à obesidade aumenta entre os mais jovens
Estudo transversal de base populacional identificou que de 2000 a 2016 houve aumento significativo de tumores associados à obesidade em grupos etários mais jovens. Os resultados foram publicados em acesso aberto no JAMA Network Open e sugerem intervenções para reduzir a obesidade, incluindo programas individualizados de rastreamento. O oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), diretor médico geral do Centro de Oncologia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e membro do comitê gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta o trabalho.
Estudo canadense mostrou que a redução precoce da dose de quimioterapia adjuvante com 5-fluorouracil, epirrubicina, ciclofosfamida e docetaxel (FEC-D) afeta negativamente as taxas de sobrevida global em mulheres com câncer de mama HR+/HER2 negativo de risco intermediário ou alto. No entanto, reduções de dose tardias no curso do tratamento não comprometeram a sobrevida. Os resultados foram publicados na edição de agosto da Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN). “O estudo reforça um conceito já consagrado, de que a redução de dose, principalmente nos ciclos iniciais, pode impactar de forma negativa o benefício do tratamento adjuvante”, afirma o oncologista Daniel Gimenes (foto), do Centro Paulista de Oncologia (CPO/Grupo Oncoloclínicas).
Publicados na JCO Precision Oncology, novos resultados do Estudo TAPUR (Targeted Agent and Profiling Utilization Registry) demonstram que palbociclibe como agente único não tem atividade clínica significativa em pacientes com adenocarcinoma pancreático avançado e colangiocarcinoma com mutação ou deleção de CDKN2A. Quem analisa os achados é o oncologista André Márcio Murad (foto), diretor-executivo da Clínica Personal Oncologia de Precisão, em Belo Horizonte/MG, e diretor-científico do Grupo Brasileiro de Oncologia de Precisão (GBOP).
Uma nova ferramenta busca auxiliar na decisão do tratamento contra o câncer de cabeça e pescoço (CCP). Desenvolvida pela Merck, o algoritmo foi criado em parceria com o Grupo Português de Câncer de Cabeça e Pescoço e contou com a participação de membros do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).
O Latin American Cooperative Oncology Group está prestes a iniciar o recrutamento de pacientes como patrocinador de estudo de Fase II que avalia palbociclibe (Ibrance®) mais letrozole (Femara®) no tratamento do câncer de ovário endometrioide ou seroso de alto grau, em pacientes que progrediram à quimioterapia de segunda linha (LACOG 1018). O CPO de Porto Alegre é o centro recrutador e espera incluir 39 participantes. O estudo tem o apoio da Pfizer (ClinicalTrials.gov Identifier: NCT 03936270). O oncologista Carlos Barrios (foto), diretor do LACOG, comenta.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o anti-PD-1 pembrolizumabe (Keytruda®), em combinação com o inibidor de tirosina-quinase axitinibe (Inlyta®) como tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma de células renais (CCR) avançado ou metastático.
A farmacêutica AstraZeneca anunciou dia 14 de agosto resultados positivos do estudo de Fase III PAOLA-1, que avaliou o inibidor de PARP olaparibe (Lynparza®) combinado a bevacizumabe em pacientes com câncer epitelial de ovário (CEO). O ensaio atingiu o endpoint primário e mostrou benefício de sobrevida livre de progressão (SLP) na população por intenção de tratar em relação ao braço tratado com bevacizumabe isoladamente. “Após o significativo benefício com olaparibe em manutenção no CEO com mutação BRCA, demonstrado pelo estudo SOLO1, os resultados do estudo PAOLA são bastante aguardados uma vez que a inclusão independe de status mutacional”, afirma a oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), médica na clínica DOM Oncologia e professora na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O inibidor de PARP olaparibe (Lynparza®) em combinação com o agente quimioterápico temozolamida (Temodal®) mostrou eficácia clínica em pacientes com câncer de pulmão pequenas células recidivado (CPPC). Os resultados foram publicados no Cancer Discovery, periódico da American Association for Cancer Research. O oncologista Gilberto Castro (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), e médico do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês, comenta os resultados.
A atividade física regular está associada à redução do risco de recorrência e morte em pacientes com câncer colorretal não metastático. Agora, estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) demonstrou que pacientes com câncer colorretal metastático que realizaram exercício moderado durante a quimioterapia também apresentaram melhor sobrevida livre de progressão e menos eventos adversos graves relacionados ao tratamento. A análise sugeriu um possível aumento da sobrevida global em pacientes que relataram maior atividade física, mas os dados não foram estatisticamente significativos. “O papel do oncologista em orientar sobre a necessidade de realização do exercício é mandatório”, observa Graziela Zibetti Dal Molin (foto), oncologista da BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo.