Risco de carcinoma hepatocelular após a erradicação do vírus da hepatite C
Estudos anteriores sugerem que a erradicação do vírus da hepatite C (HCV) com agentes antivirais de ação direta (DAAs) reduz o risco de carcinoma hepatocelular (HCC). Agora, um grande estudo retrospectivo publicado na Hepatology demonstrou que o risco de HCC em pacientes com resposta virológica sustentada após o tratamento com DAA não regrediu após 3,6 anos de acompanhamento, especialmente em pacientes com cirrose. “Os resultados sustentam a indicação de rastreamento ultrassonográfico de HCC em pacientes com cirrose induzida pelo HCV, a despeito de cura sorológica”, afirma o oncologista Duílio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro da diretoria do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) a indicação de uso abiraterona em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração que receberam quimioterapia prévia com docetaxel, conforme o modelo da Assistência Oncológica no SUS. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União dia 24 de julho. O prazo máximo para efetivar a oferta do agente terapêutico é de 180 dias.
Estudo prospectivo envolvendo 216.115 participantes por mais de 20 anos de acompanhamento estimou a associação entre história familiar de melanoma e risco de melanoma e câncer de queratinócitos (KCs). Os resultados mostram que o risco foi significativamente maior em indivíduos com história familiar da doença, mesmo controlando fatores de risco pigmentares e ambientais.
Uma nova tecnologia baseada em alterações epigenéticas pode encurtar drasticamente a espera por um diagnóstico definitivo de câncer de mama, discriminando lesões cancerígenas ou benignas a partir do tecido biopsiado em apenas cinco horas. É o que mostram resultados preliminares de estudo liderado por pesquisadores do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, com a participação do brasileiro Antonio Wolff (foto).
O estudo randomizado de fase III PORTEC-3 investigou o benefício da quimiorradioterapia adjuvante versus radioterapia pélvica isolada em mulheres com câncer endometrial de alto risco. Agora, análise atualizada publicada no Lancet Oncology buscou investigar os padrões de recorrência e avaliar a sobrevida post-hoc. O oncologista Eduardo Paulino (foto), do Grupo Oncoclínicas/RJ e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), comenta os resultados.
Novos dados confirmam o benefício do anti-PD-1 nivolumabe (Opdivo®) em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) como tratamento de primeira linha associado à quimioterapia, independentemente do status de PD-L1 (HR 0,86; 95 % CI 0,69-1,08).
Estudo publicado na Cancer mostra que a incidência de câncer colorretal (CCR) em adultos antes dos 50 anos aumentou nos Estados Unidos na última década (12,2% em 2015 contra 10,0% em 2004; P <0,0001). Adultos mais jovens apresentaram doença mais avançada (51,6% com estadio III / IV vs 40,0% no grupo acima de 50 anos).
Um dos mais prestigiados periódicos científicos, o New England Journal of Medicine (NEJM) instituiu novas regras para publicação de artigos. “Editores científicos e estatísticos estão cada vez mais preocupados com o uso excessivo e a interpretação errônea de testes de significância e valores de P na literatura médica”, apontou o NEJM, em editorial que discutiu regras para publicação, agora reforçando critérios para a adoção de limiares estatísticos. Quem comenta é Alvaro Atallah (foto), professor na Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) e diretor do Centro Cochrane do Brasil.
A terapia com células T multi-antígenos específicos demonstrou segurança, tolerabilidade e sinais de atividade clínica em pacientes com adenocarcinoma de pâncreas. Os resultados preliminares de um ensaio clínico de fase I foram apresentados na conferência Immune Cell Therapies for Cancer, realizada pela American Association for Cancer Research (AACR) entre os dias de 19 a 22 de julho em São Francisco, Califórnia.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guideline com recomendações para o manejo do pescoço em pacientes com carcinoma oral de células escamosas e de orofaringe. O Painel de Especialistas realizou uma pesquisa dos trabalhos publicados entre 1990 e 2018 e identificou 124 estudos relevantes para informar a base de evidências para a diretriz. O documento foi publicado na edição de julho do Journal of Clinical Oncology (JCO). Thiago Bueno de Oliveira e Thiago Celestino Chulam, médicos do A.C.Camargo Cancer Center e membros do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) comentam as diretrizes.