INVICTUS: estudo mostra ganho de sobrevida no GIST avançado
O estudo pivotal de Fase III INVICTUS que avaliou ripretinib em pacientes com tumor estromal gastrointestinal (GIST) avançado mostrou resultados surpreendentes em pacientes que haviam falhado a até quatro linhas de tratamento anteriores. “O estudo INVICTUS trouxe uma nova opção de tratamento para pacientes com GIST avançado que já falharam a terapias padrões, aumentando expressivamente a sobrevida livre de progressão quando comparado a placebo. No entanto, a droga ainda não está disponível no mercado mundial e aguarda registro nas agências sanitárias”, observa a oncologista Renata D'Alpino (foto), coordenadora de Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
A Sociedade Europeia de Radioterapia (ESTRO, da sigla em inglês) publicou um guideline com recomendações para a radioterapia pós-mastectomia em pacientes que receberam reconstrução imediata com próteses mamárias. O trabalho tem a participação do brasileiro Gustavo Nader Marta, radio-oncologista do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e discute a importância de ajustar o volume-alvo.
A cirurgia robótica transoral (TORS) com esvaziamento concomitante do pescoço suplantou a radioterapia nos Estados Unidos como tratamento para o carcinoma de células escamosas da orofaringe (OPSCC), ainda que nenhum ensaio randomizado tenha comparado essas modalidades. Agora, resultados do estudo ORATOR mostram as diferenças na qualidade de vida 1 ano após o tratamento. Os resultados foram publicados 12 de agosto no Lancet Oncology.
Estudo de Fase I que buscou determinar a dose máxima tolerada do agente experimental adavosertib (AZD1775) em combinação com gemcitabina e radioterapia em pacientes com câncer pancreático localmente avançado recém diagnosticado mostrou resultados encorajadores.
Como o tromboembolismo venoso (TEV) deve ser prevenido e tratado em pacientes com câncer? A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guideline1 com recomendações atualizadas para profilaxia e tratamento do tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes com câncer. O documento foi publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO). A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), médica do Centro Paulista de Oncologia/Grupo Oncoclínicas e coordenadora do Comitê de Trombose e Hemostasia em Câncer da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH) comenta as diretrizes.
A correlação entre alta carga mutacional tumoral, instabilidade de microssatélites (MSI) e resposta a inibidores de checkpoint imune levou à aprovação da terapia anti-PD-1 de acordo com o status do MSI, independentemente do tipo de câncer. No entanto, a prática mostra que a resposta ao tratamento varia consideravelmente entre os pacientes e apenas uma pequena parcela obtém benefícios sustentáveis. É o que expõem Li Ding e Feng Chen, pesquisadores da Universidade de Shanghai, em artigo no New England Journal of Medicine que se propõe a delinear os melhores preditores de resposta à terapia anti PD-1. Quem analisa os resultados é o oncologista Bernardo Garicochea (foto), diretor do Centro de Medicina Genômica e da Unidade de Oncogenética do Centro Paulista de Oncologia/Grupo Oncoclínicas e diretor científico do Laboratório Idengene.
Estudo que discutiu a toxicidade financeira no tratamento do câncer reforçou o impacto para o paciente. “Há um fardo emocional, físico e financeiro que os pacientes de câncer enfrentam inesperadamente quando são diagnosticados”, observam os autores, em trabalho publicado no Journal of Managed Care and Specialty Pharmacy.
Em decisão que representa a quinta aprovação em cinco anos, a Comissão Europeia aprovou duas novas indicações de uso de ibrutinibe (Imbruvica®). Agora, a decisão inclui o uso de ibrutinibe em combinação com obinutuzumabe em pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC) sem tratamento prévio, além do uso de ibrutinibe mais rituximabe para o tratamento de pacientes com macroglobulinemia de Waldenström (WM).
O uso da informação genômica como parte do cuidado clínico ganha cada vez mais aceitação na prática médica, seja na avaliação de risco individual e familiar, no diagnóstico de doenças raras ou até na análise de segurança e eficácia de medicamentos. O Lancet publicou em agosto uma série especialmente dedicada à genômica, em trabalho que conta com a participação de Manolio, T et al, com recomendações que têm implicações importantes também no contexto da assistência oncológica.
O inibidor de PARP olaparibe (Lynparza, AstraZeneca e MSD Inc.) mostrou resultados positivos em estudo de fase III com pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC) com mutação do gene de reparo de recombinação homóloga (HRRm) e que progrediram ao tratamento hormonal. “Este é o primeiro estudo clínico prospectivo demonstrando a eficácia de um biomarcador preditivo de resposta nesse grupo de pacientes com doença muito agressiva e poucas opções de tratamento”, afirma o oncologista Eduardo Zucca (foto), coordenador do Departamento de Uro-oncologia e investigador principal do estudo no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor).
A United States Preventive Services Task Force (USPSTF) reafirmou sua recomendação contrária ao rastreamento de câncer de pâncreas em adultos assintomáticos (Recomendação D).1 A decisão foi baseada em uma revisão de evidências que avaliou os benefícios e danos da triagem, a precisão dos testes diagnósticos e os benefícios e malefícios do tratamento do câncer de pâncreas assintomático e/ou detectado por rastreamento. A declaração de recomendação foi publicada no JAMA Network.