Eficácia da triagem por FIT nos resultados do câncer colorretal
A triagem bienal por teste imunoquímico fecal (FIT) foi associada a 34% menos casos de câncer colorretal avançado e 40% menos mortes relacionadas à doença. Os resultados de estudo de coorte prospectivo realizado em Taiwan com mais de 3 milhões de indivíduos foram publicados no periódico Gut, do British Medical Journal. Denise Guimarães (foto), endoscopista, pesquisadora e coordenadora do programa de rastreamento do câncer colorretal do Hospital de Câncer de Barretos, comenta os resultados.
Estudo de Duncavage et. al. publicado 11 de março na New England Journal of Medicine mostra que o sequenciamento do genoma inteiro tem precisão e utilidade clínica em doenças oncohematológicas. “Em nosso estudo, descobrimos que o sequenciamento do genoma completo forneceu perfis genômicos com precisão e de forma rápida em pacientes com leucemia mieloide aguda ou síndromes mielodisplásicas”, concluem os autores, acrescentando que o sequenciamento ainda forneceu maior rendimento diagnóstico e uma estratificação de risco mais eficiente comparado à citogenética convencional. O oncohematologista Fabio Pires (foto), médico do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, analisa os resultados.
Estudo publicado na Cancer Epidemiology Biomarkers and Prevention sugere que terapias-alvo endócrinas e uma avaliação de biomarcadores nas vias de sinalização de hormônios e insulina podem ser úteis na prevenção e no tratamento da recorrência do câncer de endométrio. Quem comenta os resultados do trabalho é a oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de niraparibe (Zejula™, GSK) como tratamento de manutenção no câncer de ovário, com indicação para pacientes recém-diagnosticadas e naquelas com recorrência da doença após resposta completa ou parcial à quimioterapia baseada em platina.
O cirurgião de cabeça e pescoço Leandro Matos (foto), do ICESP, é primeiro autor de estudo multicêntrico que propõe uma ferramenta online capaz de prever o risco de morte de pacientes com câncer de cabeça e pescoço devido à pandemia da COVID-19. A calculadora de impacto do câncer COVID-19 (COCIC) também pode contribuir para desenvolver estratégias de mitigação após o pico da pandemia, com base em um modelo matemático. “O impacto da pandemia de COVID-19 em pacientes com câncer é inevitável, mas é possível minimizá-lo com um esforço medido pelo modelo proposto”, destacam os autores do trabalho publicado na Cancer Causes & Control.
Estudo brasileiro publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) avaliou os efeitos da imunoterapia com o OncoTherad associada ao Plasma Rico em Plaquetas na regulação do sistema RANK/RANKL e células T regulatórias no microambiente tumoral do câncer de bexiga não-músculo invasivo induzido quimicamente em camundongos. A bióloga Bianca Ribeiro de Souza Sasaki (foto), do Laboratório de Carcinogênese Urogenital e Imunoterapia da UNICAMP, é a primeira autora do trabalho, selecionado para a seção de pôster do ASCO GU 2021. Wagner Fávaro, anatomista e pesquisador em oncologia e nanomedicina, é o autor sênior do trabalho.
O oncologista Bruno de Paula (foto), clinical fellow na Universidade de Cambridge, é coautor de editorial publicado na British Journal of Cancer1 que discute estudo de nabiximois em spray oromucoso em combinação com temozolomida de dose intensa em pacientes com glioblastoma multiforme recorrente. “Este é o primeiro estudo a avaliar a segurança de nabiximois em combinação com temozolomida de dose intensa, realizado em uma população de pacientes desafiadora”, destaca a publicação.
Revisão multicêntrica retrospectiva conduzida em 12 instituições de seis países latino-americanos buscou descrever os resultados oncológicos e obstétricos em pacientes com diagnóstico de câncer do colo do útero durante a gravidez que tiveram um parto bem-sucedido após quimioterapia neoadjuvante. O oncologista Cristiano de Souza Pádua (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, é coautor do trabalho publicado no International Journal of Gynecological Cancer.
Artigo de Riera et al. publicado no JCO Global Oncology discute atrasos e interrupções no tratamento do câncer provocados pela carga da COVID-19, além de propor caminhos para harmonizar as métricas sobre o impacto da pandemia. As interrupções afetaram amplamente as instalações (até 77,5%), a cadeia de suprimentos (até 79%) e a disponibilidade de pessoal (até 60%), reportam os autores.
Rachel Riera (foto) e colegas já publicaram dados sobre o impacto da COVID-19 em atrasos e interrupções no tratamento oncológico. Agora, reportam no JCO Global Oncology resultados de revisão que reforça a necessidade de métodos padronizados para monitorar as estratégias propostas para mitigar os efeitos da pandemia no tratamento do câncer. “Os resultados enfatizam a raridade de medir e relatar estratégias que abordem especificamente os resultados dos pacientes e, portanto, a escassez de evidências de alta qualidade”, destacam os autores.
O Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) desenvolveu um consenso brasileiro para o manejo dos carcinomas do esôfago e da junção esofagogástrica (JEG), com recomendações em diferentes cenários e ambientes clínicos. O trabalho foi publicado no periódico e-cancer, em artigo1 que tem o oncologista Duilio Rocha Filho como primeiro autor.