FDA analisa revisão prioritária de enfortumabe vedotin no câncer urotelial avançado
A agência norte-americana Food and Drug Administration dos EUA aprovou dois pedidos de licença biológica suplementar (sBLA) para enfortumab vedotin-ejfv (Padcev®, Seagen e Astellas) no câncer urotelial localmente avançado ou metastático como parte do programa piloto Real-Time Oncology Review (RTOR). A data para a Revisão Prioritária é prevista para 17 de agosto de 2021, em análise que está a cargo do Projeto Orbis, uma iniciativa do Centro de Excelência em Oncologia da FDA.
Na primeira linha de tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas não escamoso, a adição de tislelizumab à quimioterapia resultou em melhora significativa da sobrevida livre de progressão e da taxa de resposta objetiva em comparação com a quimioterapia isolada, com perfil de segurança manejável. Os resultados do estudo randomizado de Fase III foram publicados no Jama Oncology.
A Comissão Europeia (CE) aprovou o uso de isatuximabe (Sarclisa®, Sanofi) em combinação com carfilzomibe e dexametasona para pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário (MMRR) que receberam uma a três linhas de tratamento. A decisão marca a segunda aprovação de isatuximabe em combinação com um regime de tratamento padrão em menos de 12 meses na Europa.
O que muda no cenário do câncer nos Estados Unidos nas próximas 2 décadas? Estudo que estimou as taxas de incidência e mortes por câncer nos EUA até 2040 mostra mudanças marcantes no mapa do câncer na América, como reportam Lola Rahib e colegas em artigo no Jama Network Open. As estimativas apontam aumento significativo na incidência de melanoma, mortes por câncer de pâncreas e câncer hepático, e, inversamente, mostram forte redução na incidência de câncer de próstata e mortes por câncer de mama.
No estudo SOLO1, de Fase III, o tratamento de manutenção com olaparibe mostrou benefício significativo de sobrevida livre de progressão na comparação com placebo em pacientes com câncer de ovário avançado recém-diagnosticado e mutação em BRCA após quimioterapia à base de platina. Agora, artigo de Friedlander et al, publicado 13 de abril na Lancet Oncology apresenta análise de qualidade de vida relacionada à saúde (Health Related Quality of Life - HRQoL). Quem comenta os resultados é a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP.
Em pacientes com câncer retal cT3 ou cT4 M0, intensificar a quimioterapia com FOLFIRINOX antes da quimiorradioterapia neoadjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de doença, com resultados que prometem mudar a prática clínica. É o que mostram os dados do estudo UNICANCER-PRODIGE-23 reportados em abril no Lancet Oncology por Conroy et al., indicando benefício significativamente superior no grupo tratado com a abordagem perioperatória. “Apesar dos resultados empolgantes, é preciso fazer uma reflexão sobre o trabalho antes da implementação dos novos esquemas na prática clínica diária”, avalia o cirurgião oncológico Rodrigo Perez (foto), médico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e coordenador do núcleo de coloproctologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Alexander Eggermont (foto) e colegas do EORTC Melanoma Group publicaram no Lancet Oncology resultados inéditos de qualidade de vida em pacientes com melanoma ressecado estágio III tratados com pembrolizumabe adjuvante versus placebo (EORTC 1325-MG/KEYNOTE-054). A análise mostra que o uso adjuvante do anti PD-1 pembrolizumabe não afetou a qualidade de vida, o que suporta a imunoterapia nesse cenário de tratamento.
A monoterapia com pembrolizumabe tem atividade antitumoral em pacientes com câncer de mama metastático fortemente pré-tratados, em tumores com alta carga mutacional (HTMB, da sigla em inglês). Os achados são de nova análise do estudo TAPUR publicada por Alva et. al. no Journal of Clinical Oncology (JCO). A oncologista Daniella Ramone (foto), médica do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte (MG), comenta os resultados.
O carcinoma adrenocortical (ACC) é um tumor pediátrico agressivo e a incidência é 15 vezes maior nas regiões Sul e Sudeste do Brasil comparada às estimativas globais, como aponta estudo multicêntrico internacional organizado por Carlos Rodriguez-Galindo com participação dos brasileiros Emilia Modolo Pinto, Raul C. Ribeiro (foto), Maria Jose Mastellaro, Eliana Caran e Antonio G. de Oliveira Filho. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO) e mostram que mutações germline TP53 foram implicadas em 95% dos casos no Brasil, onde a variante TP53 p.R337H é prevalente.
Estudo publicado no periódico Psycho‐Oncology buscou determinar a prevalência de distress emocional por tipo de câncer e identificar fatores correlacionados com o nível de assistência solicitada. A psico-oncologista Cristiane Bergerot (foto), do Centro de Câncer de Brasília (CETTRO), é a primeira autora do trabalho.