Cemiplimabe mostra atividade e segurança no carcinoma basocelular avançado
Artigo de Stratigos et. al. publicado online no Lancet Oncology reporta dados da análise primária de estudo Fase II que avaliou o tratamento com o anti PD-1 cemiplimabe em pacientes com carcinoma basocelular localmente avançado após terapia com inibidor de hedgehog (HHI). Os resultados mostram que cemiplimabe exibiu atividade antitumoral clinicamente significativa e um perfil de segurança aceitável nessa população de pacientes.
Drogas cardioprotetoras empregadas durante o tratamento adjuvante do câncer de mama inicial não protegem contra o declínio da função cardíaca a longo prazo. É o que apontam novos dados do ensaio PRADA apresentados 16 de maio no encontro do Colégio Americano de Cardiologia (ACC 21) e publicados simultaneamente na Circulation, em acesso aberto.
Artigo de Yu et al. publicado 12 de maio no Lancet Oncology reporta novos dados de enfortumabe-vedotina em pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático. O novo agente experimental é um anticorpo droga-conjugado direcionado à Nectina-4, uma proteína altamente expressa no carcinoma urotelial.
Dados de estudo pivotal com o anti PD-1 pembrolizumabe (Keytruda®) em combinação com quimioterapia no cenário neoadjuvante e como agente único na adjuvância mostram benefício estatisticamente significativo no câncer de mama triplo negativo. O comunicado foi feito pela fabricante MSD, indicando que pembrolizumabe atingiu dois endpoints previstos neste ensaio de Fase III (KEYNOTE-522), demonstrando resposta patológica completa e sobrevida livre de eventos na análise provisória reportada pelo Comitê Independente de Monitoramento de Dados.
Análise interina apresentada na ESMO Virtual Plenary mostrou dados de cemiplimabe (Libtayo®) como a primeira imunoterapia a demonstrar ganho de sobrevida global no câncer cervical avançado na comparação com o padrão de quimioterapia, com benefícios que também se estendem à sobrevida livre de progressão e à taxa de resposta objetiva. Quem comenta é a oncologista Daniella Ramone (na foto, à direita), coautora do trabalho como investigadora principal do protocolo de pesquisa clínica realizado no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor). O estudo contou ainda com a participação das oncologistas Andreia Melo (ao centro), do INCA, e Fernanda Damian (à esquerda), do Hospital São Lucas/PUCRS.
Resultados de estudo de fase II reportados 10 de maio no Journal of Clinical Oncology (JCO) por Reiss et al. mostram que rucaparib ajudou a controlar o crescimento do tumor em pacientes com câncer de pâncreas com mutações BRCA ou PALB2. Em seis meses, 59,5% dos pacientes que receberam rucaparib estavam livres de progressão. Em 12 meses, a SLP foi de 54,8% e a taxa de controle da doença alcançou 66,7%.
Rodrigo Cavagna (foto) é primeiro autor de estudo realizado no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor) com o objetivo de avaliar a frequência de mutações KRAS p.Gly12Cys em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) atendidos na instituição. Os resultados foram publicados 6 de maio no JCO Global Oncology.
Qual é o regime de quimioterapia ideal para pacientes idosas vulneráveis com câncer de ovário? Estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que carboplatina como agente único foi menos viável e ativa em comparação com o regime convencional de carboplatina-paclitaxel a cada 3 semanas. “Apesar dos efeitos tóxicos relativamente altos em todos, um regime de doublet convencional (carboplatina e paclitaxel a cada 21 dias) deve ser oferecido a todas as pacientes idosas com câncer de ovário, independentemente da vulnerabilidade”, destaca a publicação. A oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), professora e pesquisadora da UFMG, e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), comenta os resultados.
Pesquisadores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), com participação de Paulo Henrique Peitl Gregório (na foto, à esquerda) e Ricardo Mingarini Terra, foram destaque em sessão oral do 15º encontro anual do International Mesothelioma Interest Group (iMig), realizado online de 7 a 9 de maio. A apresentação do ICESP mostrou que cerca de 78% dos pacientes com mesotelioma atendidos na instituição têm doença avançada ao diagnóstico (EC III/IV) e esperam em média mais de um ano entre a manifestação dos sintomas e o início do tratamento.
Estudo brasileiro genotipou 1.682 indivíduos brasileiros com suspeita de síndrome de risco hereditário de câncer, de todas as regiões do país. Os autores usaram painéis multigênicos NGS adequados para a detecção de variantes patogênicas da linhagem germinativa associadas à suscetibilidade ao câncer. Os resultados foram publicados no periódico medRxiv, em versão preprint (ainda sem revisão por pares), em artigo que tem o cirurgião Jarbas Maciel de Oliveira, coordenador da oncologia do Hospital Memorial Arcoverde e da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE), de Arcoverde, como primeiro autor. João Bosco de Oliveira Filho, coordenador médico do Programa de Medicina de Precisão do Hospital Israelita Albert Einstein, é o autor sênior do trabalho.