ORIENT-32: novo regime mostra benefício como primeira linha no carcinoma hepatocelular
A China tem alta carga de carcinoma hepatocelular e a infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) é o principal fator causal. A assertiva é de pesquisadores do ensaio de Fase II/III ORIENT-32, que reportaram no Lancet Oncology os resultados do anti PD-1 sintilimabe combinado a bevacizumabe biossimilar (IBI305) versus sorafenibe como tratamento de primeira linha em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável associado ao HBV. O oncologista Duilio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro da diretoria do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
Muitas mulheres em todo o mundo - principalmente as mais pobres - continuam a morrer de câncer cervical, um tumor que pode ser prevenido e tratado. O alerta foi reforçado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no último dia 6 de julho, com o lançamento de um novo guideline para triagem e tratamento do câncer cervical. Quem comenta as diretrizes atualizadas é Jesus Paula Carvalho (foto), coordenador da equipe de ginecologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
Estudo de coorte avaliou a função cognitiva de homens que receberam entre uma e quatro linhas de tratamentos para câncer de próstata avançado. Afinal, existe impacto de docetaxel, enzalutamida, abiraterona ou radio 223 na função cognitiva desses pacientes? Resultados reportados no Jama Network Open dia 2 de julho mostram que não.
Os preços dos novos medicamentos aprovados no tratamento do câncer nos Estados Unidos mais do que dobraram na última década, de acordo com análise publicada pela JAMA Oncology.
A combinação de SBRT mais pembrolizumabe e trametinibe pode ser uma nova opção de tratamento para pacientes com câncer pancreático recorrente após a cirurgia, como sugerem resultados de estudo de Fase II publicado 5 de julho no Lancet Oncology.
O mastologista André Mattar (foto) é primeiro autor de estudo brasileiro publicado 28 de junho no JCO Global Oncology, com dados que mostram o impacto do teste de 21 genes nas decisões de tratamento de pacientes com câncer de mama inicial tratadas em duas instituições públicas de saúde.
Pesquisadores do International Mismatch Repair Consortium buscaram estimar a variação na penetrância para câncer colorretal de genes de reparo de DNA (mismatch repair) entre portadores da síndrome de Lynch por sexo e continente de residência. O estudo foi publicado na Lancet, em artigo que conta com a participação de 4 centros brasileiros. Os oncologistas Edenir Inêz Palmero e Rodrigo Guindalini (foto) são coautores do trabalho.
Na Ásia, a quimioterapia adjuvante após gastrectomia D2 é padrão de tratamento no câncer gástrico localmente avançado ressecável (LAGC). Agora, pesquisadores do estudo de fase III PRODIGY reportam no Journal of Clinical Oncology resultados mostrando benefício de docetaxel neoadjuvante, oxaliplatina e S-1 (DOS) seguido de cirurgia e S-1 adjuvante nessa população de pacientes. “Este estudo reforça o papel de intensificar o tratamento no cenário de doença localizada”, avalia Tiago Biachi (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Antonio Braga (foto), pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense, é primeiro autor de estudo realizado em três centros de referência no tratamento de neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) no Reino Unido, Brasil e Estados Unidos. “O objetivo desse estudo foi identificar fatores preditivos de resistência à terapia de agente único para tratamento da NTG para informar os médicos sobre quais pacientes com escore de risco da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) de 5 ou 6 podem se beneficiar da quimioterapia multiagente inicial”, destacam os autores, em artigo publicado 25 de junho no Lancet Oncology.
Mark M. Awad (foto), do Dana-Farber Cancer Institute, é primeiro autor de artigo que discute a resistência adquirida ao inibidor de KRAS G12C adagrasib em pacientes de câncer. Os resultados reportados na NEJM mostram que diversos mecanismos genômicos e histológicos conferem resistência aos inibidores covalentes KRASG12C, indicando que novas estratégias terapêuticas são necessárias para atrasar e superar essa resistência no tratamento do câncer.