ECOG-ACRIN: Entinostat não tem papel no câncer de mama avançado
Estudo multicêntrico do grupo de pesquisa ECOG-ACRIN reportou em artigo online no Journal of Clinical Oncology (JCO) resultados finais do ensaio de Fase 3 que avaliou entinostat no câncer de mama avançado. Os resultados já haviam sido apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium em 2020 e mostram que apesar dos dados pré-clínicos e de Fase II, o estudo não atingiu nenhum dos endpoints primários e, portanto, não oferece suporte para um papel de entinostat nesse cenário.
A obesidade e a disbiose do microbioma vaginal (DMV) são fatores de risco para resultados adversos de saúde reprodutiva e oncológica em mulheres. “Aqui, investigamos a relação entre obesidade, composição bacteriana vaginal, inflamação local e cirurgia bariátrica”, descreve estudo reportado no Microbiome Journal que tem como pesquisadora sênior a médica Maria Kyrgiou, do Imperial College London. Dan Waitzberg, professor associado do departamento de gastroenterologia da FMUSP e diretor científico da Bioma4me, analisa os principais achados.
Estudo de Jacob Scott e colegas publicado online no Lancet Oncology descreve um algoritmo que utiliza a dose de radiação ajustada pelo genoma para personalizar a prescrição da radioterapia com base no efeito biológico da dose e não apenas na dose física. “Por se tratar de uma análise de 11 coortes de pacientes com dados suficientes para calcularem o chamado GARD (“Genomic Adjusted Radiation Dose”), esse estudo é um importante gerador de hipótese e com necessidade de validação através de estudos prospectivos”, diz o médico Robson Ferrigno (foto), especialista em radioterapia, Coordenador dos Serviços de Radioterapia dos Hospitais BP Paulista e BP Mirante.
A associação do inibidor de PD-1 cemiplimabe (Libtayo®, Sanofi) à quimioterapia melhorou significativamente a sobrevida global na primeira linha de tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático, independentemente da histologia e dos níveis de expressão de PD-L1. Os resultados são do estudo randomizado, multicêntrico de Fase 3 EMPOWER-Lung 3, interrompido precocemente após atingir seu endpoint primário de sobrevida global. Os dados devem embasar a submissão junto às principais agências regulatórias.
Os resultados de um estudo aberto, randomizado, multicêntrico, de fase III (VOYAGER) indicam que avapritinibe não é superior a regorafenibe em termos de sobrevida livre de progressão (SLP) como terceira linha ou tratamento posterior de pacientes com tumor do estroma gastrointestinal (GIST, da sigla em inglês) com doença irressecável ou metastática. No entanto, avapritinibe demonstrou taxa de resposta global e duração de resposta superior em pacientes com mutação PDGFRA D842V.
Julianne Lima (foto), fellow da Royal Marsden NHS Foundation Trust, é primeira autora de estudo que discute imunoterapia e terapia sistêmica no câncer de endométrio e no câncer cervical no cenário da doença recorrente ou metastática.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o inibidor multiquinases cabozantinibe (Cabometyx®, Ipsen) para o tratamento de adultos com hepatocarcinoma que falharam ao tratamento prévio com sorafenibe. A aprovação foi baseada nos resultados do estudo de Fase III CELESTIAL.
A pesquisa clínica em câncer rapidamente se adaptou ao contexto de mudanças imposto pela pandemia de COVID-19, como apontam os resultados de estudo publicado no JAMA Network Open por pesquisadores da SWOG (Southwest Oncology Group) que analisaram as inscrições durante 2020 e início de 2021. "Os centros de pesquisa brasileiros precisam se adaptar a essa nova realidade, que veio para ficar", destaca o oncologista Fábio André Franke (foto), Presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, que comenta os principais achados do estudo da SWOG.
Os coloproctologistas Bruna Vailati, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Hospital Alemao Oswaldo Cruz; e Carlos Ramon da Silveira Mendes, do Instituto Ramon Mendes de Coloproctologia, Salvador, são autores de trabalho publicado no periódico Colorectal Disease que demonstrou que pacientes altamente selecionados submetidos a procedimentos minimamente invasivos em cirurgia colorretal podem receber alta hospitalar com segurança em até 24 horas.
Os inibidores de checkpoint imune (ICI) são cada vez mais utilizados como tratamento em diferentes tipos de câncer. Artigo publicado 19 de julho no Internal Medicine Journal discute as toxicidades endócrinas mais frequentemente relacionadas ao tratamento com ICI, que podem resultar em morbidade e mortalidade significativas se não forem reconhecidas. “É importante que todos os médicos, além de endocrinologistas e oncologistas, compreendam a natureza dessas reações e a abordagem para seu diagnóstico e tratamento. Esta revisão tem como objetivo fornecer uma visão geral da epidemiologia, fisiopatologia, apresentação clínica e manejo desses eventos adversos endócrinos”, destacam os autores. Romualdo Barroso (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, comenta os resultados.