Prevenção e tratamento da xerostomia no tratamento do câncer
Um painel multidisciplinar de especialistas avaliou a base de evidências (PubMed, EMBASE e Cochrane Library) para formular recomendações para a prevenção e tratamento da hipofunção das glândulas salivares e xerostomia induzidas por terapias não cirúrgicas no tratamento do câncer. As diretrizes atualizadas estão em artigo de Mercadante et al, no Journal of Clinical Oncology. Quem comenta o trabalho é o estomatologista Daniel Cohen Goldemberg (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A radioterapia inguinofemoral é uma alternativa segura à linfadenectomia inguinofemoral em pacientes com câncer vulvar que apresentem micrometástases de linfonodo sentinela, como demonstram resultados de estudo internacional relatados por Oonk et al no Journal of Clinical Oncology (JCO). A radio-oncologista Célia Viegas (foto), médica do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do São Carlos Saúde Oncológica, comenta os resultados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de nivolumabe em combinação com ipilimumabe e dois ciclos de quimioterapia à base de platina para o tratamento de primeira linha do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático em adultos cujos tumores não têm mutação EGFR sensibilizante ou translocação de ALK. A decisão é baseada nos resultados do ensaio CheckMate-9LA.
As metástases cerebrais de tumores sólidos são um achado comum, ocorrendo em até 25% dos pacientes, particularmente no melanoma, câncer de pulmão e no câncer de mama, o que dimensiona a importância das diretrizes publicadas em agosto pela European Association of Neuro-Oncology (EANO) e a European Society for Medical Oncology (ESMO). “A atualização das recomendações da EANO/ESMO traz um excelente compilado dos dados mais recentes para o manejo destes pacientes”, analisa a oncologista Camilla Yamada (foto), que comenta as principais diretrizes.
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta aproximadamente 2–4% da população mundial. Estudo populacional conduzido por pesquisadores coreanos e publicado em julho no British Journal of Dermatology identificou que sobreviventes de câncer, especialmente sobreviventes de doenças oncohematológicas, têm um risco aumentado de desenvolver a doença. O oncohematologista Guilherme Perini (foto), hematologista no Hospital Israelita Albert Einstein e coordenador da Hematologia do Grupo Américas, analisa os resultados.
Artigo de Desai et al. publicado 2 de setembro no JAMA Oncology descreve os esforços dos principais registros de câncer e COVID-19, com informações sobre a história, fatores de risco e desfechos de pacientes oncológicos durante a pandemia. A revisão traz dados de 14 dos principais registros de câncer e COVID-19, compreendendo mais de 28,5 mil pacientes, e mostra consequências em todo o mundo, associadas a atrasos no diagnóstico, interrupções no tratamento e acompanhamento, sem falar de aumentos importantes nas taxas de infecção e mortalidade.
Resultados de novo estudo de pesquisadores da Johns Hopkins, publicado 2 de setembro no JAMA Oncology, mostram que o maior número de casos de câncer de orofaringe até 2045 vai ocorrer entre indivíduos mais velhos e que não foram vacinados. “O impacto da vacinação será sentido a longo prazo, daí a importância da prevenção e diagnóstico precoce, especialmente em uma geração que não se beneficiou do acesso à vacina contra o HPV”, analisou Eliana Wendland (foto), epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Caitlin C Murphy, da Escola de Saúde Pública da Universidade do Texas, é primeira autora de estudo que discute obesidade na gravidez e risco futuro de câncer colorretal na idade adulta entre os nascidos vivos. “Nossos resultados sugerem que eventos intra-útero são fatores de risco importantes para o câncer colorretal e podem contribuir para aumentar as taxas de incidência em adultos jovens”, conclui o estudo, em análise publicada 23 de agosto na Gut. Quem analisa os resultados é Dan Waitzberg (foto), professor associado do departamento de gastroenterologia da FMUSP e diretor científico da Bioma4me.
Meta-análise realizada para determinar a abordagem cirúrgica ideal para remoção da cabeça do pâncreas comparou os resultados de pancreatoduodenectomias laparoscópica, robótica e aberta. O cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center, comenta os resultados.
O Comitê Consultivo de Vacinação da National Comprehensive Cancer Network® (NCCN®) atualizou as recomendações para a vacinação de pessoas com câncer contra a COVID-19, incorporando a terceira dose da vacina de mRNA. A decisão foi anunciada 30 de agosto, com base em mudanças regulatórias e dados emergentes.