Considerações práticas para agilizar o tratamento do câncer de mama no Brasil
Artigo publicado no Lancet Regional Health – Americas discute os desafios e aponta possíveis soluções para mitigar o impacto do câncer de mama no Brasil, com atenção especial para a melhoria do diagnóstico precoce e do início do tratamento, etapas limitantes de todo o processo. Gustavo Bretas (foto), oncologista do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Grupo Oncoclínicas, é o primeiro autor do trabalho, que tem como coautores os médicos Nelson Luiz Renna e José Bines.
A oncologista Juliana Ominelli (foto), do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeira autora de estudo de revisão que discute as evidências e perspectivas do tratamento neoadjuvante em câncer retal localmente avançado. O trabalho foi publicado no periódico Clinical Colorectal Cancer.
Estudo brasileiro reforça evidências da associação causal entre a exposição ao amianto e o aumento da mortalidade por neoplasias pleurais malignas, câncer de pulmão e asbestose. Os resultados foram publicados no periódico American Journal of Industrial Medicine, em artigo que tem a epidemiologista Gisele Fernandes (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, como primeira autora.
Pesquisadores do Moffitt Cancer Center acreditam que uma combinação do inibidor de checkpoint imune com terapia celular adotiva pode oferecer resultados em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado. O estudo clínico de fase 1 foi publicado na Nature Medicine. “O trabalho é o primeiro a demonstrar atividade de TILs em câncer de pulmão avançado como tentativa de resgate após a falha de anti-PD1”, observa o oncologista Gustavo Schvartsman (foto), do Hospital Israelita Albert Einstein.
O conjugado anticorpo-droga (ADC) trastuzumabe-deruxtecana (Enhertu®) demonstrou sobrevida livre de progressão (SLP) superior em comparação com trastuzumabe entansine (T-DM1) em pacientes com câncer de mama metastático iressecável HER2-positivo previamente tratados com trastuzumabe e um taxano. Os resultados são de análise interina planejada do estudo head to head de Fase III DESTINY-Breast03, interrompido precocemente por recomendação do Comitê Independente de Monitoramento de Dados (IDMC) após atingir seu endpoint primário de SLP.
Estudo de coorte retrospectivo avaliou a resposta clínico-patológica a terapias neoadjuvantes e a resposta patológica completa (pCR) como biomarcadores de sobrevida no câncer de mama HER2 positivo (HER+). Os resultados foram reportados por Davey et al. na The Breast em acesso aberto e mostram que dados clínico-patológicos podem predizer pacientes que alcançam pCR no câncer de mama HER2+, assim como demonstram que pCR é um biomarcador adequado de sobrevida nesse contexto. Antônio Frasson (foto), mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta os achados.
Até o momento, não havia clara definição se a crioterapia é diferente à conização por bisturi de alta frequência (CAF) quanto ao clareamento da infecção pelo HPV de alto risco e à recorrência de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) dentre mulheres HIV positivas. Agora, estudo randomizado comparou CAF e crioterapia realizado no Quênia incluiu 354 mulheres HIV positivas, com HPV de alto risco e NIC 2 ou mais. A análise complementar do trabalho foi publicada em agosto no Jama Oncology. A cirurgiã oncológica Audrey Tsunoda (foto) comenta os resultados.
A triagem pulmonar por tomografia computadorizada (CTLS, da sigla em inglês) foi associada a uma redução significativa na mortalidade por câncer de pulmão em indivíduos com histórico de tabagismo. É o que conclui meta-análise publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO), em artigo de Francisco Passiglia e colegas. "Esta meta-análise reforça os achados dos dois principais estudos randomizados publicados abordando o rastreamento de câncer de pulmão, o Nelson e o NLST", observa Ricardo Terra (foto), professor associado da Faculdade de Medicina da USP e chefe da Divisão de Oncologia Torácica Cirúrgica do ICESP.
A agência reguladora norte-americana publicou em agosto um novo guideline que deve orientar a pesquisa clínica no câncer de próstata não metastático resistente à castração (nmCPRC). “Esta orientação representa o pensamento atual da Food and Drug Administration sobre este tópico”, esclarece a diretriz, que passa a aceitar a magnitude do benefício de sobrevida livre de metástases (SLM) para apoiar a aprovação do medicamento e estabelece novas regras para os patrocinadores de ensaios clínicos. O oncologista Daniel Vilarim Araújo (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital de Base, em São José do Rio Preto, analisa o novo guideline.