Tratamento adjuvante pós histerectomia no câncer cervical
Quando comparada com a radioterapia isolada, a quimiorradioterapia sequencial ou simultânea melhora a sobrevida livre de doença (SLD) em pacientes com câncer cervical em estágio inicial após histerectomia radical? Artigo de Huang et al. no Jama Network revisita estudo randomizado de Fase III (STARS) que compara os dois esquemas e seus principais resultados. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP e médica da Rede D’Or, analisa os resultados.
A American Society for Clinical Oncology (ASCO) examinou criticamente as diretrizes desenvolvidas pela American Society for Radiation Oncology (ASTRO) e publicou 27 de janeiro um guideline com recomendações para o uso de radioterapia no tratamento de pacientes com câncer de pulmão pequenas células (CPPC). Quem discute as recomendações é Robson Ferrigno (foto), coordenador dos serviços de radioterapia do Hospital BP Paulista.
Resultados de ensaio randomizado de Fase III publicados 26 de janeiro no Journal of Clinical Oncology mostram o benefício da radioterapia de toda a pelve (drenagem linfática pélvica) no câncer de próstata de alto risco em relação à radioterapia somente na próstata (PORT), indicando ganho na sobrevida livre de falha bioquímica (SLRB), principal endpoint do estudo, além de demonstrar benefício de sobrevida livre de doença (SLD) em todos os subgrupos avaliados. Bernardo Salvajoli (foto), médico especialista em radioterapia, comenta os resultados.
Estudo de Gay et al. publicado na Cancer Cell identificou quatro subtipos moleculares no câncer de pulmão pequenas células com base na expressão gênica, achado que representa um grande passo para abordagens personalizadas. A oncologista Clarissa Baldotto (foto), Diretora do Núcleo de Integração Oncológica da Oncologia D'Or, comenta os resultados.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou a combinação de cabozantinibe (Cabometyx®) e nivolumabe (Opdivo®) para o tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma de células renais avançado. A aprovação é baseada nos resultados do estudo de Fase III CheckMate-9ER.
Dois casos de câncer de pulmão pediátrico (em meninos de 23 meses e 6 anos de idade) resultantes da transmissão de mãe para filho de tumores cervicais uterinos foram detectados incidentalmente durante o sequenciamento de próxima geração de amostras pareadas de tumor e tecido normal. É o que descreve artigo de Arakawa et al na New England Journal of Medicine. O cirurgião oncológico Riad Younes (foto), diretor do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, discute os achados.
Dois estudos publicados em janeiro na New England Journal of Medicine fornecem novos dados para compreender a associação entre variantes patogênicas em uma série de genes de suscetibilidade ao câncer e risco de câncer de mama. “Esses dois estudos utilizando um painel de genes de predisposição ao câncer definem os genes cujas variantes patogênicas estão fortemente associadas ao câncer de mama e poderiam ser oferecidos como teste genético para a população em geral”, esclarece a bióloga Emilia Modolo Pinto (foto), pesquisadora do St. Jude Children's Research Hospital.
A oncologista Martine Extermann, do Moffitt Cancer Center, é primeira autora de artigo publicado na edição de janeiro do Lancet Oncology, com recomendações da Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) para a melhoria do cuidado do idoso com câncer. Quem comenta o artigo é a geriatra Theodora Karnakis (foto), membro da SIOG e coautora do trabalho.
“O estudo RAPIDO estabelece a terapia neoadjuvante total como nova opção de tratamento padrão para câncer retal localmente avançado. O estudo também endossa o uso de um curso mais curto de radioterapia. A maior taxa de resposta patológica completa apoia a estratégia neoadjuvante total em pacientes considerados para tratamento não operatório se a resposta clínica completa for alcançada”. A análise foi publicada na NEJM Journal Watch, que discutiu os resultados de Bahadoer, RR et al. publicados 7 de janeiro no Lancet Oncology.
Artigo de Quenèt F et al. publicado online 18 de janeiro no Lancet Oncology reporta resultados finais do ensaio de Fase III (PRODIGE 7) mostrando que a adição de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) à cirurgia citorredutora não mostrou benefício de sobrevida global e ainda aumentou as complicações pós-operatórias em pacientes com metástase peritoneal do câncer colorretal. “A partir de agora, este é um estudo de referência no tratamento dos pacientes com tumores colorretais avançados”, destaca o cirurgião oncológico Felipe Coimbra (foto), diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do AC Camargo Cancer Center.