Biomarcadores prognósticos em adenocarcinomas endocervicais estágio IB (FIGO 2018)
Uma colaboração internacional buscou identificar biomarcadores prognósticos que influenciam a sobrevida livre de recorrência e sobrevida global para subtipos de adenocarcinoma cervical em estágio IB FIGO 2018 recém-definidos. Os resultados foram publicados no International Journal of Gynecological Cancer, em artigo com participação do cirurgião oncológico Glauco Baiocchi (foto), diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center.
Metanálise publicada no Journal of Cancer mostrou que a ressonância magnética tem alta especificidade para detectar infiltração cervical no carcinoma endometrial. O uso de imagem ponderada por difusão e de maior intensidade de campo (DWI ou dispositivo 3.0-T) pode melhorar a sensibilidade agrupada. A ressonância magnética com contraste dinâmico (DCE-MRI) demonstrou maior sensibilidade e especificidade combinadas em relação à T2WI.
A Organização Mundial de Saúde lançou uma estratégia global para eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública e conclamou os 194 países signatários a se comprometerem com a eliminação da doença. A iniciativa é composta de três principais pilares - vacinação, rastreamento e tratamento – que juntas poderiam reduzir mais de 40% dos novos casos e 5 milhões de mortes relacionadas à doença até 2050. “Este é um marco histórico. É a primeira vez que se determina um tipo de câncer para ser eliminado do planeta”, avalia Jesus Paula Carvalho (foto), coordenador da equipe de ginecologia do ICESP.
Estudo de coorte nacional sueco investigou a adoção de estratégias de preservação da fertilidade (PF) em mulheres com câncer de mama no período de 1994 a 2017. Os resultados foram comparados com dados reprodutivos de longo prazo de mulheres com câncer de mama que não participaram de programas de preservação da fertilidade.
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou mais uma opção de dose do anti PD-L1 durvalumabe (Imfinzi, AstraZeneca), apoiando a dose fixa de 1.500 mg a cada quatro semanas no tratamento do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com doença não ressecável estágio III após quimiorradioterapia (CRT) e também no câncer de bexiga avançado, em pacientes previamente tratados.
Nova análise do ensaio randomizado VITAL discute a relação entre suplementação de vitamina D3 e risco de câncer. Os resultados foram publicados no Jama Network Open e sugerem que a vitamina D3 pode reduzir o risco de desenvolver câncer avançado em indivíduos com peso corporal normal, mas não naqueles com sobrepeso ou obesidade.
A edição de novembro do Journal of Clinical Oncology traz artigo de Gallamini et al. mostrando que pacientes com linfoma de Hodgkin apresentando PET- negativo após dois (PET-2) e seis (PET-6) ciclos de quimioterapia com doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina (ABVD) podem ser poupados de radioterapia, independentemente do tamanho da massa nodal.
Ensaio clínico randomizado de Fase III demonstrou que a contagem de células tumorais circulantes (CTCs) pode ser um biomarcador eficaz para decidir entre a quimioterapia e a terapia endócrina como tratamento de primeira linha no câncer de mama metastático receptor hormonal positivo, ERBB2-negativo. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology. O oncologista Alessandro Leal (foto), médico do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta os achados.
É possível descontinuar o tratamento com inibidor de tirosina-quinase (TKI) em pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC)? Existem características moleculares associadas à descontinuação bem sucedida? É o que se propõe a responder o estudo LAST (Life After Stop TKIs), agora com dados reportados 13 de novembro no JAMA Oncology. O hematologista Nelson Hamerschlak (foto), coordenador do Programa de Hematologia e Transplantes de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein, comenta os resultados.
Qual é o panorama do câncer ginecológico no Brasil? A literatura é escassa de dados consolidados sobre a epidemiologia desses tumores no país. Para preencher essa lacuna, artigo publicado no JCO Global Oncology descreve a incidência, morbidade e mortalidade de mulheres no Brasil afetadas com tumores ginecológicos entre os anos de 2000 e 2017. Os oncologistas Eduardo Paulino e Angélica Nogueira-Rodrigues, do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG), são coautores do trabalho.
O enriquecimento dos pulmões com micróbios comensais orais foi associado à doença em estágio avançado, pior prognóstico e progressão do tumor em pacientes com câncer de pulmão. Os resultados são de estudo publicado na Cancer Discovery, periódico da American Association for Cancer Research (AACR). A nutróloga Vânia Assaly (foto), diretora científica da Latin American Lifestyle Medicine Association (LALMA), discute os achados.