Manejo da axila após os estudos monarchE e OlympiA
A publicação dos estudos monarchE e OlympiA reacendeu a discussão sobre uma possível mudança no manejo da axila no tratamento cirúrgico das pacientes com câncer de mama de maior risco com receptor de estrogênio positivo e para pacientes portadoras de mutação germinativa em BRCA1 e BRCA2. Nessa edição do PODCAST ONCONEWS, os médicos Silvio Bromberg e Daniel Gimenes discutem uma sugestão de abordagem axila no cenário de cirurgia upfront e pós-tratamento neoadjuvante. Ouça.
A edição de julho do Lancet Oncology apresenta artigo de Teran et al., que discute barreiras que restringem o acesso a biossimilares na América Latina, especificamente para pacientes com câncer de mama e câncer colorretal. O artigo reflete um consenso de especialistas e aponta que desafios regulatórios ainda estão entre os grandes entraves para aumentar a oferta de biossimilares e o acesso aos cuidados.
Em ensaios clínicos, biópsias de medula óssea (BMO) são realizadas antes/após a terapia para confirmar a resposta completa (CR) em pacientes com linfoma. Análise relatada por Rutherford et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO) mostrou que BMO agrega pouco valor à avaliação da resposta em indivíduos com linfoma folicular (LF) e recomenda eliminar BMO tanto do contexto de ensaios clínicos quanto das diretrizes de diagnóstico e tratamento no LF. O oncohematologista Carlos Chiattone (foto) analisa os resultados.
Análise interina pré-planejada de estudo de Fase III (AEGEAN) mostrou que o tratamento com durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) em combinação com quimioterapia neoadjuvante melhorou significativamente a resposta patológica completa (pCR) em comparação com quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) ressecável. A adição de durvalumabe também melhorou a resposta patológica principal, sem novos sinais de segurança. O estudo continuará avaliando o endpoint co-primário de sobrevida livre de eventos (SLE).
Estudo brasileiro buscou avaliar o grau de conhecimento, atitudes e práticas de vigilância ativa para pacientes com câncer de próstata entre urologistas no Brasil. O urologista Marcelo Wroclawski é o primeiro autor do trabalho publicado na BMC Urology.
Os médicos Fernando Vannucci e Caio César Bianchi de Castro apresentam um overview da cirurgia torácica brasileira em artigo publicado no Journal of Thoracic Disease e destacam o desafio de minimizar e neutralizar as profundas disparidades existentes, tanto em termos de oferta, quanto na qualidade da assistência médica.
Estudo que buscou estabelecer a carga do câncer na África apresentou a caracterização de 34 tipos de câncer a partir das estimativas do GLOBOCAN 2020 e a associação dessa epidemiologia com a realidade socioeconômica dos países africanos. A análise também estima a ocorrência 2,1 milhões de novos casos na África em 2040, com 1,4 milhão de mortes, indicando a necessidade urgente de fortalecer e ampliar ações de controle e gerenciamento do câncer no continente africano.
Estudo do NRG Oncology/RTOG 9601 publicado por Jackson et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO) buscou determinar o desempenho de endpoints clínicos intermediários (ECIs) como endpoints substitutos (surrogates) para sobrevida global (SG) no câncer de próstata recorrente.
Mutações em genes de reparo de recombinação homóloga (HRRm) são comuns no carcinoma urotelial (UC), tornando as células tumorais sensíveis a inibidores de PARP. Análise de Rosenberg et al. no Journal of Clinical Oncology mostrou que a adição do inibidor de PARP olaparibe ao anti PD-L1 durvalumabe não melhorou os resultados de sobrevida em uma população de pacientes com carcinoma urotelial metastático (mUC). Os resultados de eficácia com durvalumabe foram semelhantes aos relatados por outros agentes anti PD-L1, mas análises secundárias sugerem papel potencial para a inibição de PARP em pacientes com UC com HRRm.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o conjugado anticorpo-droga (ADC) trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/Astrazeneca) para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo irressecável ou metastático previamente tratados com um regime anti-HER2 nos cenários metastático, neoadjuvante ou adjuvante, que desenvolveram recorrência da doença durante ou dentro de seis meses após a conclusão do tratamento. Publicada no Diário Oficial da União