Estratificação de escores de risco poligênico para câncer de mama em amostras brasileiras
Escores de risco poligênico (PRS) para câncer de mama têm clara utilidade clínica na previsão de risco, mas sua transferência entre populações e grupos de diferentes ascendências é dificultada por fatores específicos da população avaliada. Nesta edição do PODCAST ONCONEWS, Silvio Bromberg e Daniel Gimenes recebem a oncogeneticista Tatiana Almeida, primeira autora de estudo que buscou avaliar um escore de risco poligênico para câncer de mama composto por 313 variantes de risco (313-PRS) em duas coortes brasileiras. Confira.
O intercâmbio terapêutico (Therapeutic interchange) com a adoção de biossimilares, genéricos e alternativas de baixo custo clinicamente apropriadas é uma forma eficaz de reduzir o custo total de cuidados no tratamento do câncer, mantendo a qualidade do atendimento do Oncology Care Model (OCM), o programa de assistência oncológica do sistema de saúde pública dos EUA (Medicare). “Nosso estudo mostra que gastos mais inteligentes podem ser alcançados e, ao mesmo tempo, concorrem para aumentar a qualidade do tratamento do câncer”, analisam os autores, que apresentam os resultados no 2022 ASCO Quality Care Symposium, realizado de 30 de setembro a 1º de outubro.
Resultados de estudo de Colombage et al. publicados na Breast Cancer demonstram a viabilidade de um programa de treinamento muscular do assoalho pélvico realizado via telessaúde para tratar a incontinência urinária em mulheres com câncer de mama em uso de inibidores da aromatase.
Resultados da maior análise prospectiva avaliando as diferenças entre o sequenciamento de próxima geração (NGS) de DNA de tecido e de tumor circulante (ctDNA) foram publicados no Annals of Oncology. O estudo é do grupo francês de medicina de precisão e considera os critérios da ESCAT (ESMO Scale for Clinical Actionability of molecular Targets) para pacientes com tumores sólidos avançados.
Em uma coorte prospectiva de mulheres idosas clinicamente aptas com câncer de mama, pacientes com alta interleucina-6 e proteína C-reativa pré-quimioterapia tiveram maior probabilidade de apresentar declínio induzido pela quimioterapia no status de fragilidade. Os resultados são de estudo prospectivo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) que buscou avaliar se os marcadores inflamatórios antes da quimioterapia adjuvante estão associados ao declínio clínico induzido pela quimioterapia em uma população de idosas com câncer de mama.
Resultados de estudo brasileiro alertam para a necessidade de políticas e estratégias de saúde pública focadas em mitigar os efeitos de longo prazo da COVID-19 na mortalidade relacionada ao câncer. O estudo dos pesquisadores Mateus Bringel Duarte (foto), Juliana Argenton e José Cavalheira é um dos destaques da edição de setembro do JCO Global Oncology.
O carcinoma renal metastático de células não claras (nccRCC) geralmente é um grupo heterogêneo, excluído dos ensaios clínicos de fase 3. Estudo de vida real relatou na Clinical Genitourinary Cancer dados sobre prognóstico e manejo sistêmico desses pacientes.
O rastreamento do câncer colorretal é recomendado para pessoas com idade entre 50 e 75 anos, mas o teste e a estratégia de rastreamento ideais não estão estabelecidos. Para contribuir com o debate, estudo italiano publicado no Lancet Gastroenterology & Hepatology buscou comparar a colonografia por tomografia computadorizada única versus três rodadas de teste imunoquímico fecal (FIT) para triagem populacional de câncer colorretal.
Em 2020, a ASCO publicou um guideline específico sobre inibidores de PARP (iPARP) no manejo do câncer de ovário. Agora, em resposta ao surgimento de novos dados com impacto na prática médica, a ASCO atualizou as recomendações, em diretriz publicada 23 de setembro no Journal of Clinical Oncology (JCO). Nesta atualização, rucaparibe, olaparibe e niraparibe não têm indicação no câncer de ovário epitelial recidivado em pacientes politratadas.
Quais os limites da viabilidade para a vigilância ativa no câncer de tireoide de baixo risco? Resultados de estudo publicado no JAMA Oncology sugerem que uma estratégia de vigilância ativa mais permissiva, que engloba a maioria dos cânceres de tireoide diagnosticados, parece viável, com os grupos submetidos à cirurgia e vigilância expressando níveis distintos de ansiedade.