ALLIANCE: dose ideal de radioterapia no CPPC
Resultados de estudo de fase 3 (CALGB 30610/RTOG 0538)1 publicados 9 de janeiro no Journal of Clinical Oncology (JCO) mostram que não houve diferença na sobrevida global entre pacientes que receberam radioterapia com 70 Gy uma vez ao dia versus o padrão de 45 Gy duas vezes ao dia como parte do esquema de quimiorradioterapia no câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) em estágio limitado. Robson Ferrigno (foto), coordenador dos Serviços de Radioterapia do Hospital BP Paulista, analisa os resultados.
A norte-americana Food and Drug Administration (FDA) emitiu um guia1 com orientações para ajudar os patrocinadores a identificar a dosagem ideal para medicamentos contra o câncer em desenvolvimento clínico, com a recomendação de uma nova abordagem na definição de dosagens dos oncológicos da nova geração, incluindo as terapias-alvo. “Sem dúvida, o guia da FDA é uma quebra no paradigma dos ensaios clínicos fase 1 e first in human, onde a determinação da dose máxima tolerada é o objetivo inicial”, avalia o oncologista Fábio Franke (foto), Presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil.
Em sua 20ª edição, o ASCO Gastrointestinal Cancers Symposium apresenta de 19 a 21 de janeiro os mais recentes avanços e novas pesquisas no campo da oncologia gastrointestinal. Abrindo a programação científica, o ASCO GI’ 23 reflete sobre controvérsias no câncer gástrico e esofágico em pacientes com doença inicial (Controversies in Early-Stage Gastric and Esophageal Cancers), em sessão que entre outros aspectos analisa o acesso aos cuidados e a expansão das indicações para a terapia endoscópica, além de apresentar dados inéditos de qualidade de vida após esofagectomia reportados pelos pacientes.
A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou 5 de janeiro diretrizes atualizadas para o tratamento com imunoterapia e terapias-alvo em pacientes com câncer gástrico, esofágico e de junção gastroesofágica avançado. O guideline ressalta a importância de testar pacientes para vários biomarcadores para fornecer o atendimento ideal - incluindo status HER2, níveis de PD-L1 e status de mismatch repair. “O cenário em rápida transformação tem feito da publicação de novas diretrizes sobre câncer gastroesofágico um desafio”, observa o oncologista Duílio Rocha Filho (foto).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou recomendações para a vacina contra o papilomavírus humano (HPV). Em documento divulgado no final de 2022, a OMS afirma que um esquema de dose única pode fornecer eficácia e durabilidade de proteção comparáveis ao regime de duas doses.
Revisão publicada no Lancet 20 de dezembro analisa evidências que demonstram o benefício do rastreamento do câncer de pulmão com tomografia computadorizada (TC) de baixas doses e oportunidades para aumentar a eficiência dos programas de triagem.
Em 2022, a ASCO lançou diretrizes de prática clínica para tratamento sistêmico de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio IV, com e sem alterações drivers. Agora, novo guideline publicado 19 de dezembro pela ASCO analisa as evidências e fornece recomendações atualizadas sobre novas terapias para essa população de pacientes.
A agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aceitou o pedido para avaliação prioritária de epcoritamabe (DuoBody®-CD3xCD20, Abbvie), um anticorpo biespecífico de administração subcutânea, para o tratamento de pacientes adultos com linfoma de grandes células B (LGCB) após duas ou mais linhas de terapia sistêmica. Se aprovado, epcoritamabe pode se tornar o primeiro anticorpo biespecífico de administração subcutânea para o tratamento dessa população de pacientes.
A microbiota fecal, que tem fomentado o interesse crescente da pesquisa em câncer, recebeu em 30 de novembro a liberação para uso terapêutico. A norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o Rebyota®, o primeiro produto de microbiota fecal registrado pela agência. O novo agente foi aprovado para a prevenção da recorrência da infecção por Clostridioides difficile (CDI) em indivíduos com 18 anos de idade ou mais, em decisão que representa um marco para uma nova geração de fármacos.