Axitinibe e avelumabe no carcinoma adenóide cístico
Dados de eficácia e segurança do inibidor de VEGFR axitinibe combinado ao inibidor de PD-L1 avelumabe em pacientes com carcinoma adenoide cístico recorrente/metastático (ACC R/M) sugerem que a combinação representa nova opção de tratamento para esta forma de câncer de glândula salivar, caracterizada por crescimento lento, invasão difusa e alto potencial para progressão precoce. Os resultados estão em artigo publicado online no Journal of Clinical Oncology (JCO), que tem como primeira autora a brasileira Renata Ferrarotto (foto), Professora Associada e Diretora de Pesquisa Clínica em Cabeça e Pescoço do MD Anderson Cancer Center.
Qual é a estimativa do custo global do câncer, bem como a distribuição desse custo entre 204 países no período de 2020 a 2050? Estudo de modelagem analítica de decisão publicado no JAMA Oncology demonstrou que o custo econômico global referente a 29 diferentes tumores foi estimado em US$ 25,2 trilhões nesse período, com carga econômica e carga de saúde distribuídas de forma desigual entre as diferentes regiões. “É necessário aplicar todo nosso conhecimento se quisermos reduzir o custo econômico global crescente do câncer”, afirmou o oncologista Gilberto Lopes (foto) em editorial que acompanha a publicação.
Desenvolvido por pesquisadores brasileiros para prever o risco de morte em pacientes com câncer, modelo baseado em inteligência artificial apresentou alto desempenho preditivo em nove diferentes tipos de câncer. Os resultados foram publicados no ScienceDirect por Alexandre Chiavegatto Filho e colegas, demonstrando o potencial de soluções baseadas em machine learning para priorizar decisões de tratamento e alocação de recursos na saúde, especialmente em países pobres e em desenvolvimento.
Os resultados positivos do estudo de Fase III ADAURA demonstram que osimertinibe (Tagrisso®, AstraZeneca) melhora a sobrevida global (SG) de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estágio inicial (IB, II e IIIA) com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm) após ressecção completa do tumor com intenção curativa. O tratamento adjuvante com osimertinibe mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo de SG nessa população de pacientes, cumprindo o principal endpoint secundário do estudo.
Estudo de Raphael Mendonça Guimarães (foto) e colegas analisou a taxa de mortalidade por câncer relacionado ao trabalho no Brasil, no período entre 1990 e 2019. “Nossos resultados demonstraram alta correlação espacial de câncer ocupacional tanto para mortalidade quanto para DALY (Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade) nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, destacam os autores, em artigo na Revista Brasileira de Epidemiologia.
A imunização afeta as sequelas de longo prazo da SARS-CoV-2 em pacientes de câncer? Análise que incluiu quase 2 mil pacientes de câncer sobreviventes ao diagnóstico de COVID-19 demonstra que pacientes não vacinados permanecem altamente vulneráveis às sequelas da COVID-19, independentemente da cepa viral. “Este estudo confirma o papel da imunização prévia contra SARS-CoV-2 como medida eficaz para proteger os pacientes das sequelas de COVID-19, da interrupção do tratamento e consequente mortalidade”, concluem os autores.
Resultados de análise do estudo de Fase 2 em andamento DESTINY-PanTumor02 mostraram que trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/AstraZeneca) alcançou o endpoint pré-especificado de taxa de resposta objetiva (ORR) e demonstrou resposta durável em múltiplos tumores sólidos avançados com expressão de HER2 em pacientes fortemente pré-tratados.
A oncologista Vanessa Petry (foto) é primeira autora de estudo publicado no periódico The Breast que analisou os resultados oncológicos relacionados ao câncer de mama em pacientes com síndrome de Li-Fraumeni (do inglês, LFS - Li-Fraumeni syndrome).
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu dia 02/03 a Consulta Pública 107, com o objetivo de colher contribuições para a atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Entre as propostas está a incorporação do inibidor de PARP olaparibe para tratamento de manutenção no carcinoma epitelial avançado de ovário (FIGO III-IV), incluindo trompa de Falópio ou peritoneal primário, em pacientes com status positivo de deficiência de recombinação homóloga e resposta completa ou parcial à quimioterapia de primeira linha.