Status mutacional do EGFR em pacientes brasileiros com CPCNP
Estudo que analisou retrospectivamente mutações no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), detectadas em um cenário do mundo real em uma grande coorte de pacientes brasileiros com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), mostrou que de 7.413 amostras testadas, a taxa média de detecção positiva de mutações no EGFR foi de 24,2%. O trabalho tem como primeira autora a oncologista Tatiane Montella (foto), do Instituto Oncoclínicas (RJ), e é a maior análise do status mutacional do EGFR em pacientes brasileiros com CPCNP usando múltiplas plataformas.
Os ensaios clínicos fornecem as evidências mais robustas para apoiar a aprovação de novas terapias e informar a tomada de decisões, mas artigo de Candelario et al. publicado online no Annals of Oncology mostra que pacientes de diversas origens raciais e étnicas permanecem sub-representados na pesquisa em câncer.
Apesar de um aumento constante na utilização de cuidados paliativos nos EUA de 2004 a 2020, pacientes com câncer de mama metastático negros não-hispânicos, hispânicos e asiáticos ou das ilhas do Pacífico tiveram menor probabilidade de receber cuidados paliativos do que pacientes brancos não-hispânicos. Os resultados foram apresentados em encontro promovido pela AACR, que acontece de 29 de setembro a 2 de outubro.
Camila Muzi, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeira autora de estudo que descreve as taxas de mortalidade por câncer colorretal (CCR) na América Latina, de 1990 a 2019. Os resultados indicam que em quase 30 anos houve aumento de 20,56% na taxa ajustada de mortalidade por CCR na região.
O número de novos diagnósticos de seis tipos de câncer diminuiu drasticamente nos Estados Unidos no início de 2020, coincidindo com o início da pandemia de COVID-19. Os resultados são do Relatório Anual à Nação sobre o Status do Câncer (parte 2), publicado dia 27 de setembro na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS).
O pesquisador Nickolas Stabellini (na foto, à esquerda), afiliado à Case Western Reserve University, Augusta University e Hospital Israelita Albert Einstein, é primeiro autor de estudo realizado em Cleveland (Ohio, EUA) que buscou desenvolver um modelo de aprendizado de máquina (do inglês, ML- machine learning) específico para tumores sólidos para a predição de readmissões não planejadas em 30 dias. O hematologista Nelson Hamerschlak é coautor do trabalho, publicado no JCO Clinical Cancer Informatics.
Professor Antonio Braga (foto), médico da Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é o principal investigador de ensaio clínico de fase 3 que busca avaliar a eficácia e segurança da segunda curetagem uterina em pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) não metastática de baixo risco.
O oncologista brasileiro Marcio Debiasi (foto) é coautor de análise retrospectiva que descreve os padrões cirúrgicos e os resultados de uma população idosa com diagnóstico de câncer de mama inicial tratada na Unidade de Mama do Champalimaud Clinical Center, em Lisboa. Os resultados foram publicados no European Journal of Plastic Surgery.
A radioterapia por feixe externo (RT) é o tratamento padrão (SOC) para o alívio da dor de metástases ósseas sintomáticas. Estudo liderado por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center buscou avaliar a eficácia da radioterapia para metástases ósseas assintomáticas na prevenção de eventos relacionados ao esqueleto (SRE). O radio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto) analisa os resultados.
Estudo que avalia a eficácia da quimiorradioterapia (CRT) seguida de durvalumabe como terapia neoadjuvante no câncer retal localmente avançado relatou resultados de fase 2, mostrando que a quimiorradioterapia padrão seguida de durvalumabe como estratégia de consolidação foi associada a uma taxa promissora de resposta patológica completa.
Estudo de fase II (PACIFIC BRAZIL) busca avaliar se durvalumabe usado como quimioimunoterapia de indução seguida por quimioimunorradioterapia concomitante e imunoterapia de consolidação pode melhorar os resultados de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) comparado ao padrão de quimiorradioterapia seguida de durvalumabe (como no estudo PACIFIC), com perfil de segurança razoável. O oncologista William William (foto) é o investigador principal.