As lições do Atlas para a pesquisa do câncer
O fim do projeto Atlas, um consórcio internacional que desde 2006 consumiu mais de US$ 375 milhões no esforço de decifrar geneticamente cerca de 10 mil tumores, convida a uma reflexão. Essa é a proposta do artigo assinado por Heidi Ledford, publicado na edição de janeiro da revista Nature, que faz uma crítica aos exageros da genômica.
O FDA determinou o regime de aprovação acelerada do medicamento olaparibe (Lynparza®), um novo agente biológico indicado para o tratamento de mulheres com câncer de ovário avançado associado à mutação BRCA, previamente tratadas com três ou mais regimes de quimioterapia.
O anti-PD1 nivolumabe recebeu aprovação do FDA para o tratamento do melanoma irressecável ou metastático. A droga é da Brystol-Myers Squibb e chega ao mercado norte-americano com o nome comercial de Opdivo®. Nos últimos quatro anos, esse é o sétimo medicamento aprovado nos Estados Unidos para o tratamento do melanoma, patologia até pouco tempo com limitadas opções terapêuticas.
Um dos destaques deste ano da 56ª conferência da sociedade americana de hematologia (ASH), o estudo ASPIRE tem agora seus resultados finais publicados no New England, confirmando o benefício da combinação de carfilzomibe, lenalidomida e dexametasona em pacientes de mieloma múltiplo refratários ou resistentes a outras linhas de tratamento.
O oncohematologista Nelson Hamerschlak, membro do Comitê Científico da ABRALE e Professor Livre Docente pela Universidade de São Paulo (USP), analisou com exclusividade para o Onconews os principais temas que marcaram a hematologia em 2014 e foram destaque na 56ª ASH. O especialista também criticou a posição da Anvisa, que dificulta o acesso do paciente brasileiro a tratamentos mais modernos e efetivos.
Um estudo randomizado publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) traz um novo olhar sobre a citisina na farmacoterapia para a cessação do tabagismo. A citisina, um agonista parcial que se liga com alta afinidade ao receptor acetilcolina nicotínica e é usado para a cessação do tabagismo, quase dobra as chances de parar de fumar em seis meses se comparada à terapia de reposição da nicotina. Essa é a conclusão do grupo de pesquisa da Nova Zelândia, publicada no NEJM, na edição de 18 de dezembro.
O FDA aprovou no dia 12 de dezembro o uso do ramucirumabe (Cyramza®) para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células metastático (CPNPC). Esta é a terceira indicação do ramucirumabe recebida pelo FDA em 2014. Em abril, a agência norte-americana aprovou o medicamento para tratar pacientes com câncer de estômago avançado ou adenocarcinoma de junção gastroesofágica (GEJ). Em 5 de novembro, expandiu o uso da droga em associação com paclitaxel para esse perfil de pacientes. Agora, Cyramza® recebe indicação para o tratamento de CPNPC na combinação com docetaxel.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou dia 8/12 o uso da enzalutamida no Brasil. Depois de um longo período de espera, que se arrasta desde fevereiro de 2013, a enzalutamida finalmente chega para o paciente brasileiro, com o nome comercial de XTANDI®. O agente é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração.
A dor é um dos aspectos mais temidos do câncer, com impacto negativo na qualidade de vida. Para amenizar esse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lançou seu 1º Consenso de Tratamento da Dor Oncológica, que mostra sugestões de abordagens e medidas de tratamentos adequados.
Moshe Shike, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, é o principal investigador de um estudo que avaliou o papel do consumo da soja em mulheres diagnosticadas com câncer de mama invasivo e demonstrou que o consumo de soja também pode trazer prejuízos, exercendo um efeito estimulante sobre o câncer de mama em um subgrupo de mulheres.
No momento em que as doenças raras merecem um novo olhar no contexto da saúde coletiva, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, a Conitec, analisa a incorporação de um novo agente no tratamento do GIST, sigla de tumor estromal gastrointestinal.
O FDA aprovou no dia 3 de dezembro o uso de Blincyto® (blinatumomabe) para o tratamento de pacientes com Leucemia Linfoblástica Aguda (cromossomo Philadelphia de células B). É o primeiro anti CD-19 a receber do FDA a designação de terapia inovadora e a obter revisão prioritária.
A Sociedade Americana de Hematologia (ASH) divulgou hoje, 3 de dezembro, um alerta para a prática clínica racional, promovendo cinco reflexões em torno de procedimentos comumente usados na hematologia. O tema também é objeto de artigo publicado pela ASH, com recomendações de conduta baseada em evidência (disponível em www.hematology.org/choosingwisely).
Mais de 60% das prescrições de medicamentos contra o câncer nos Estados Unidos são para formas de utilização não aprovadas pelo governo. A informação é da revista Nature (vol. 516, nº 7529) e alerta que embora o uso off-label seja comum nos EUA, os resultados de eficácia não estão sendo acompanhados sistematicamente.
Um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Radiologia (RSNA) mostrou que a tomossíntese digital da mama, também conhecida como mamografia 3-D, tem o potencial de aumentar significativamente a taxa de detecção de câncer no rastreamento por mamografia, em mulheres com mamas densas.
O JCO publicou na edição de 1º de dezembro (vol. 32, nº 34) o consenso de especialistas com recomendações para a radioterapia adjuvante de resgate após prostatectomia. O trabalho é assinado por Stephen J. Freedland e colegas e tem a chancela da Associação de Urologia Americana (AUA) e da ASTRO, a sociedade de radio-oncologistas dos Estados Unidos.