Contagem de leucócitos e resposta à imunoterapia no câncer de pulmão
A contagem de glóbulos brancos pode ser capaz de predizer se os pacientes com câncer de pulmão irão se beneficiar da imunoterapia. Os dados foram apresentados durante a European Lung Cancer Conference 2017 (ELCC).
A imunoterapia foi um dos destaques do programa científico da European Lung Cancer Conference (ELCC), com novos dados sobre a atividade de inibidores de checkpoint imunológico. O evento organizado pela European Society for Medical Oncology (ESMO) em parceria com a International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC) reuniu cerca de dois mil participantes entre os dias 5 e 8 de maio em Genebra, na Suíça, para discutir os principais avanços na prevenção, rastreamento, diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão.
Uma subanálise do estudo de fase III CONVERT (LBA2) apresentada na European Lung Cancer Conference (ELCC) demonstra a segurança da utilização do fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) durante a quimiorradioterapia simultânea no câncer de pulmão pequenas células (CPPC).1 O CONVERT é um late breaking abstract
Pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) avançado que necessitam de quimioterapia de resgate são 30% mais propensos a obter uma resposta parcial se tiverem sido pré-tratados com inibidores de checkpoint PD-1/PD- L1 em comparação com aqueles que não foram previamente tratados com imunoterapia. Os dados são da European Lung Cancer Conference 2017 (ELCC), em Genebra, Suíça1.
Os homens precisam ser submetidos ao rastreamento de câncer de pulmão com mais frequência que as mulheres. Os dados são de uma pesquisa apresentada na European Lung Cancer Conference (ELCC)1, que acontece em Genebra, Suíça, entre os dias 5 e 8 de maio. "Isso pode acontecer por diferenças na apresentação clínica e radiológica do câncer de pulmão em mulheres e homens", disse a autora principal do estudo, Mi-Young Kim, radiologista do Asan Medical Center, em Seul, Coreia.
Um guideline publicado em abril pela American Urogynecologic Society (AUGS) traz recomendações específicas para o rastreamento e diagnóstico de câncer urológico em mulheres com presença de hematúria microscópica assintomática. As recomendações trazem distinções importantes em relação ao preconizado pela American Urological Association.
Diagnóstico e intervenções precoces são a chave para reduzir a mortalidade por câncer e é nesse contexto que cresce a importância da biópsia líquida baseada em biomarcadores. Editorial de Z. Szallasi publicado no Annals of Oncology1 chama a atenção para o recente trabalho de Allenson et al 2 e convida a refletir sobre o papel do KRAS no diagnóstico do adenocarcinoma ductal pancreático.
Um painel de especialistas da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) atualizou as diretrizes para a terapia adjuvante no câncer de pulmão não pequenas células ressecado. O guideline foi publicado no Journal of Clinical Oncology no dia 24 de abril.
As terapias hormonais de segunda linha têm papel no tratamento não-quimioterápico de pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC)? Para responder a essa questão, o Journal of Clinical Oncology publicou no final de abril o primeiro parecer clínico sobre o uso de terapia hormonal na segunda linha de tratamento do CPRC. Os pareceres clínicos da ASCO oferecem orientação após publicação ou apresentação de dados com potencial de mudar a prática.
A utilização de terapias-alvo baseada em painéis de sequenciamento multigênico está associada a melhores taxas de sobrevida livre de progressão em pacientes com doze tipos diferentes de câncer metastático previamente tratados. Os resultados do estudo prospectivo Molecular Screening for Cancer Treatment Optimization (MOSCATO 01) foram publicados online no Cancer Discovery, periódico da American Association for Cancer Research.
A edição de maio do Journal of Urology destaca o trabalho de Khurshid A. Guru et al, que desenvolveram e validaram uma ferramenta de avaliação para uso durante a prostatectomia robótica.
Pesquisa da ESMO publicada no Annals of Oncology mostra que 71% dos jovens oncologistas europeus (≤ 40 anos) apresentam evidências de burnout, com sérias consequências na qualidade do atendimento ao paciente, na satisfação profissional e na vida pessoal. Esta é a maior pesquisa de burnout já realizada na Europa entre os oncologistas.
A acirrada disputa entre os modernos inibidores de checkpoint alimenta um mercado de bilhões de dólares e faz da imuno-oncologia o carro chefe do pipeline de grandes companhias farmacêuticas globais (veja gráfico). Agora, depois da geração de agentes anti PD-1/PD-L1, a novidade vem dos inibidores de IDO, a indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO), enzima que cataboliza o aminoácido triptofano e inibe a proliferação de linfócitos T.
O anti PD-1 nivolumabe é ativo e apresentou perfil de segurança manejável em pacientes com carcinoma hepatocelular avançado, como sugerem resultados do estudo de Fase I/II publicado no Lancet dia 20 de abril, em artigo de Anthony B El-Khoueiry et al.
Selecionar pacientes com câncer de mama que obtiveram resposta patológica completa (pCR) após quimioterapia neoadjuvante como tratamento primário pode evitar a cirurgia de mama e axilar. É o que sugere estudo do MD Anderson Cancer Center, publicado no JAMA, que identifica pacientes em menor risco de metástases locais e, portanto, candidatas a opções de tratamento menos invasivos.